LOVE MR FORUM
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

LOVE MR FORUM

Para todos que amam a atriz Michelle Rodriguez, um espaço para discussão entre fãs e admiradores
 
InícioÚltimas imagensProcurarRegistarEntrar

 

 Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)

Ir para baixo 
+2
Mah
Renata Holloway
6 participantes
AutorMensagem
Rain
Fãs
Fãs
Rain


Mensagens : 27
Data de inscrição : 05/01/2010
Idade : 29

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSex Abr 02, 2010 11:44 pm

Ótimo capitulo Renata, ótima história Smile Aliás como todas as outras suas Smile
Mal posso esperar pelo próximo capitulo, por favor poste rápido amiga Smile

Abraço flower
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQua Mar 24, 2010 10:13 am

Capítulo 12- Que tal nós dois?

- Você nunca deve beber demais, Ana-Lucia!
A voz de Teresa Cortez soou tão alta em sua mente que por um momento Ana-Lucia pensou que a mãe estivesse dentro do quarto com ela repreendendo-a pela bebedeira da noite passada. Mas se estivesse ali, sua mãe teria toda a razão. O que tinha na cabeça para ter se embriagado com vodka daquele jeito? Ana pensou. Agora teria que ir trabalhar com uma terrível enxaqueca.
Levantou-se da cama ainda sentindo o gosto forte do álcool na boca e tratou de lavar o rosto e escovar os dentes. Eram pouco mais de quatro e meia da manhã e ela ainda tinha um tempo para se recuperar da ressaca e ficar pronta para o trabalho. Não daria à Danny o gostinho de vê-la ressacada daquele jeito, isso sem falar que aquele seria seu primeiro dia de terapia. Teria que passar no consultório da Dra. Thompson depois do trabalho.
- Bem que estou precisando de terapia!- Ana refletiu enquanto prendia os cabelos em um coque em frente ao espelho. Depois da desastrosa noite com Jack ela ia precisar mesmo fazer análise por um bom tempo. Não se lembrava de quando tinha tido uma noite tão ruim. Ou melhor, lembraria se considerasse a noite em que contou a Danny que estava grávida. Ele reagira tão mal que ela sentiu vontade de espancá-lo somente para poder cair em prantos depois.
- Você está feliz com isso, Ana?- o desgraçado fora capaz de perguntar. – È lógico que estou feliz!- ela respondeu mentalmente querendo acrescentar: seu babaca!
Depois de lavar o rosto e aliviar suas necessidades imediatas, Ana-Lucia deixou o banheiro pensando em uma aspirina e um café forte. Passou direto para a cozinha e chamou por seu gato, mas nada do bicho aparecer.
- Onde está você, meu querido?- ela indagou. – Vem aqui, gatinho...onde você está?
Ela abriu o armário e retirou pó de café, preparou-o na cafeteira em dois minutos e ingeriu o líquido quente com um comprimido de aspirina. Pensou em Jack e seu pênis bem dotado.
- Pra que um homem precisa ter um pênis como esse se não pode usá-lo para satisfazer as necessidades de uma mulher?- resmungou tomando o café. O líquido quente desceu ardendo por sua garganta e Ana fez careta engolindo a aspirina em seguida. Aquela dor de cabeça tinha que passar até a hora em que ela tivesse que ir ao trabalho.
Ana-Lucia caminhou pela sala em busca do gato, mas ao chegar até o sofá encontrou dois gatos preguiçosos dormindo nele. Um deles era o seu gato, mas ele estava esparramado sobre o peito nu e bronzeado de James! O que ele estava fazendo ali? Ana não se lembrava de tê-lo convidado. Só se lembrava de Jack partindo e a deixando frustrada na cama para começar uma bebedeira logo em seguida.
- Mas que diabos!- Ana resmungou e sentindo-se embaraçada rodeou o sofá tirando o gato de cima de James e segurou-o contra o peito, pensando em como seria a melhor forma de acordá-lo. Mas antes que o fizesse, Ana notou que não era imune aos encantos daquele raro espécime masculino que dormia muito confortável em seu sofá e ela ainda se sentia frustrada pela noite anterior.
Seus olhos percorreram com avidez o corpo perfeito de James, o peito bem definido, o abdômen musculoso, o botão metálico da calça jeans aberto, revelando a borda elástica da cueca escura que ele usava.
- Querido Deus!- Ana exclamou seguindo a trilha de pêlos dourada da barriga dele que se enveredava por caminhos ousados além do jeans que revelava uma inconfundível ereção matinal. Por um momento, Ana-Lucia pensou que aquilo era tudo o que ela precisava para curar sua ressaca e começar muito bem o dia, mas então, um par de incríveis e sonolentos olhos azuis a fitaram e ela sentiu-se envergonhada pelos próprios pensamentos lascivos.
- Bom dia, Chica.- disse ele, a voz ainda mais grave e profunda porque ele tinha acabado de acordar.
- O que você está fazendo aqui?- Ana perguntou quase gaguejando, por um momento se esquecendo de que ela trajava apenas sua sexy camisola cinza.
- Você não se lembra!- disse ele sem parecer surpreso.
- E do que exatamente eu deveria me lembrar?- ela perguntou.
James se sentou no sofá não parecendo nem um pouco envergonhado pelo estado em que seu membro se encontrava diante dela. Os olhos dela foram atraídos para lá novamente e Ana corou.
- Desculpe!- disse James. – Certas coisas são involuntárias!- ele acrescentou fitando o corpo dela com interesse.
- Olha, eu tô aqui tentando entender o que está acontecendo... – Ana desconversou, mas suas palavras foram interrompidas por batidas suaves na porta.
- Ana-Lucia, é a mamãe!
- Que horas são?- James sussurrou.
- Quase cinco da manhã!- ela sussurrou de volta.
- Sua mãe costuma vir visitá-la tão cedo?- agora ele estava embaraçado.
- Ela devia estar tirando plantão!- Ana respondeu. – Levanta! Vai pro meu quarto e fica lá!
- Sua mãe vai te deixar de deixar de castigo se souber que tem um homem no seu apartamento?
- Ana-Lucia!- Teresa insistiu.
- Não discute não! Vai pro meu quarto!- Ana mostrou a direção.
James pegou sua camisa no chão e falou com ar malicioso:
- Já conheço o caminho, menina!
Ana pensou em retrucar as palavras dele, mas precisava atender a porta. Assim que ela ouviu a porta de seu quarto se fechar com um barulho suave, abriu a porta da frente e se deparou com a mãe que segurava dois copos plásticos com capuccino em uma bandeja de papel numa mão e um saco com pãezinhos de queijo na outra.
- Bom dia, hija.- disse Teresa. – Estava dormindo?
- Ainda não são nem cinco da manhã, mama.- disse Ana fingindo um bocejo, ela ainda segurava o gato nas mãos.
- Desculpe.- disse Teresa com sinceridade, adentrando a sala. – É que eu estava de plantão e nem me dei conta do horário. Além do mais, eu estava ansiosa para saber sobre o seu primeiro dia de trabalho. Vamos conversar na cozinha enquanto tomamos café.
Ana-Lucia tentou sorrir para a mãe apesar da dor de cabeça que sentia. Teresa seguiu-a direto para a cozinha, porém enquanto atravessavam a sala, ela notou algo estranho perto do sofá.
- Ana, de quem são esses sapatos?
Ela praguejou mentalmente. Quando James tinha ido para o quarto dela, esquecera seus tênis na sala.
- São do Mike!- Ana despejou a primeira coisa que lhe veio à cabeça.
- Do Mike?- Teresa retrucou achando aquilo muito estranho.
- Sim, ele passou aqui ontem à noite para conversamos e deixou os tênis porque estavam fazendo calos nos seus pés. Voltou para casa descalço.
Teresa nada disse, apenas ergueu uma sobrancelha e elas finalmente foram para a cozinha. Tomaram o café e conversaram sobre o novo emprego de Ana. Ela contou à mãe que tinha gostado de seus novos colegas de trabalho.
- E quanto ao Danny?- Teresa perguntou durante a conversa. – Hija, eu não me sinto muito confortável com você trabalhando com ele diretamente. Não depois de tudo o que aconteceu.
- Não estou preocupada com o Danny, mama.- disse Ana e não estava mentindo. Há algum tempo deixara de se preocupar com ele.
- Se é assim, então fico tranqüila.- concluiu Teresa.
Quando ela partiu eram quase seis da manhã. James tinha cochilado na cama de Ana-Lucia, mas acordou quando ela abriu a porta de repente.
- Você ainda não me disse o que está fazendo aqui, James.
- Sua mãe já foi embora?- ele perguntou sentando-se na cama e esfregando os olhos.
- Já!- Ana respondeu. – E então, vai me dizer?
- Você telefonou pra mim noite passada.- disse ele, vestindo a camisa. – Disse que estava sozinha em seu apartamento e queria companhia.
- O que? Eu não fiz isso!- Ana retrucou.
- Fez sim!- James rebateu. – Mas eu devia saber que você não estava no seu juízo perfeito quando me fez esse pedido.
- O que quer dizer com isso?
- Menina, tomar meia garrafa de vodka faz as pessoas perderem a cabeça, sabia?
“Oh, não!”- Ana exclamou em pensamento. Ele estava falando a verdade, sua dor de cabeça era a prova viva disso. – Por favor, diga-me James, o que eu fiz na noite passada?- ela não conseguia se lembrar de nada e estava com medo da verdade. Depois de Jack deixá-la daquele jeito, ela ficara tão zangada e tão bêbada que poderia ter dito ou feito qualquer coisa.
James pensou um pouco e com um traço inegável de humor em seu rosto, disse:
- Ah sim, você fez muitas coisas embaraçosas noite passada.
- Como o que por exemplo?- agora ela estava aterrorizada sobre o que poderia ter feito.
- Você subiu na mesa da cozinha e imitou Jessica Rabitt!
- O quê?
- Isso mesmo! Você até usou uma cenoura como microfone.
- Você não está falando sério, está?
Ele deu uma risada.
- Ë claro que não, Ana. Não se preocupe sobre ontem à noite. Você não fez nada de errado!- ele estava mentindo, não contaria a ela que tirara a roupa e pedira a ele para lhe dar o que seu namorado não lhe dera. Ele não queria embaraçá-la mais do que ela já se sentia. – Nós apenas conversamos e você me falou sobre o Jack.
Ana-Lucia ainda não estava se sentindo aliviada com a resposta dele.
- E o que exatamente eu disse sobre o Jack?
Dessa vez ele foi sincero:
- Você disse que se sentia frustrada porque ele fora embora cuidar de uma emergência e não se preocupara em terminar o que vocês estavam fazendo, pelo menos não terminou pra você.
O rosto de Ana corou totalmente. James lembrou-se de quando a conhecera no avião e a vira corar daquele jeito. Ele pensou que adorava quando ela ficava vermelha.
- Olha, James, o que eu disse...
- Ana!- ele a interrompeu. – Se você quiser que eu esqueça tudo o que você disse ontem à noite eu posso esquecer, desde que você me prometa que não vai deixar esse cara tirar proveito de você outra vez.
Ela sorriu para ele, ainda embaraçada, mas feliz por ele tê-la entendido e não ter feito nenhum comentário maldoso a respeito do que ela tinha feito em sua bebedeira e fora capaz de contar para ele.
- Eu vou indo pra casa. Preciso me preparar para ir trabalhar.- disse ele.
Ana olhou para o rádio-relógio no criado mudo ao lado da cama e disse:
- Bem, ainda são pouco mais de seis da manha. Eu imagino que a aula não comece tão cedo na escola onde você trabalha e eu só preciso estar no trabalho depois das oito. Por que nós não vamos dar uma corrida na praia e tomamos o café da manhã por lá?
James acabou assentindo. Parecia uma excelente idéia porque ele estava gostando muito da companhia dela e ainda não estava com vontade de se despedir.
xxxxxxxxxxxx

Algum tempo depois, eles caminhavam lado a lado na praia. O dia ainda estava amanhecendo e aos poucos a brisa marinha fria ia sendo substituída pelo calor dos raios solares que penetravam as espessas nuvens no céu.
Ana-Lucia se esticou toda, se alongando. James a observou por alguns instantes. Ela usava um conjunto simples de moletom escuro e camiseta branca. Os cabelos estavam presos em uma trança bagunçada que não conseguia prender-lhe a franja que caía pela testa. Não tinha um pingo sequer de maquiagem no rosto e ainda assim era incrivelmente bela em sua simplicidade. Nem parecia que tinha bebido tanto na noite anterior.
- Não vai se alongar?- ela indagou erguendo os braços e forçando os cotovelos.
- Ah não.- respondeu ele. – Eu não sou muito dado a exercícios físicos.
- Sério?- Ana retrucou. Era difícil de acreditar com um físico daqueles, o qual ela tinha prestado bastante atenção ao encontrá-lo adormecido em seu sofá. – Não pratica nenhum tipo de exercício físico?
- Querida, se eu te disser que tipo de exercícios físicos eu gosto de praticar, você pode ficar um pouco horrorizada.
Ana riu.
- Me poupe dos detalhes sórdidos!- era incrível como ela ria tanto quando estava na companhia de James. Naquele momento, seu problema com Jack na noite passada pareceu sem importância. – Que tal uma pequena corrida antes do café da manhã?- ela sugeriu.
- Menina, eu acabei de dizer a você que não sou dado a exercícios físicos.
- Ah, qual é? Estou te desafiando! Você não vai mesmo nem tentar?
Ela sorriu de forma meiga e James considerou a oferta. Era difícil dizer não para aqueles olhos negros cheios de expectativas.
- Está bem! Vamos correr! Mas já que será um desafio, poderíamos apostar alguma coisa.
- È uma boa idéia! Mas o que apostaríamos?- Ana indagou.
- Hummm, você tem medo de altura, certo, Ana-Lucia?- ele provocou se lembrando do avião e do nervosismo dela diante da turbulência.
- Sim, eu não sou grande fã de alturas.- ela confessou.
- Se perder a corrida, seria capaz de pular de bang jump?
Ana sentiu o coração se apertar de medo diante da oferta.
- Bem...
- Ficou com medo, mocinha?- James debochou, brincalhão.
- Eu não tenho medo de nada!- ela retrucou. – Aceito o seu desafio se aceitar o meu!
- E qual seria o seu desafio?
- No meu apartamento tem um quarto que eu não uso.- disse ela. – Está cheio de tranqueiras e sinceramente não tenho coragem de abri-lo e limpar tudo. Estou protelando isso há um tempão. Portanto, se você perder a corrida, vai limpar todo o quarto sozinho.
- Uou!- exclamou James, rindo. – Isso seria pior do que pular de bang jump!
- Você aceita ou não?
- Feito! Mas fique sabendo que eu não perderei a corrida!
Ana-Lucia tinha sérias dúvidas sobre isso. Ele acabara de afirmar que não gostava de exercícios físicos e ela simplesmente não podia viver sem se exercitar. Quem ganharia a corrida? Não era preciso ser vidente para adivinhar.
Eles correram na parte em que a areia da praia não era tão fofa, nem afundava. Partiram do mesmo ponto, lado a lado. O objetivo era cruzar a cabana do salva-vidas em menos tempo e retornar ao mesmo ponto.
Ana-Lucia correu com a segurança de quem estava preparada para aquilo, mas James, ao contrário dela, sentiu que cuspiria os pulmões pela boca muito antes da linha de chegada. O resultado foi o esperado. Ana-Lucia venceu. Quando James finalmente a alcançou, ele achou que fosse ter um enfarto.
- Parece que eu estava competindo comigo mesma, não é?- ela tirou sarro da cara dele. – Ora cowboy, você tem que diminuir a quantidade de manteiga de amendoim que você anda comendo.
- Ok, você venceu, Lucy! Vou ser um bom perdedor e não vou discutir minha derrota!
- Então pode se preparar!- ela avisou. – A limpeza do quarto será toda sua no próximo final de semana se você estiver livre.
- Mal posso esperar por isso.- respondeu ele tentando recobrar o fôlego.
Depois da corrida que foi mais divertida para Ana do que para James, eles tomaram o café da manhã juntos em um pequeno restaurante no calçadão da praia. Ana sentiu o celular vibrar algumas vezes no bolso do moletom e ao verificar o visor viu que havia três ligações de Jack.
James viu a expressão de chateação no rosto dela ao olhar para o celular e indagou:
- Ei, está tudo bem?
- Está tudo ótimo.- respondeu ela, guardando o telefone de volta no bolso e deixando o assunto de lado.
Por volta das sete e quinze da manhã, eles estavam retornando ao estacionamento para pegar o carro de Ana-Lucia. Ela daria uma carona a James e depois voltaria em casa para se preparar para o trabalho.
Ana estava destrancando a porta do carro quando um enorme labrador apareceu de repente e pulou nos pés dela. Ela assustou-se com o cachorro a princípio, mas depois sorriu e acariciou a cabeça do belo animal.
- Olá pra você!- disse ela.
- Amigo seu?- James brincou.
- Vincent!- um garoto chamava pelo cachorro que correu até ele prontamente ao ouvir o som da sua voz.
- Walt, vamos, nós estamos atrasados.- disse um homem se aproximando do garoto com o cachorro. Provavelmente era o pai dele. James reconheceu o menino. Era um de seus alunos.
- Olá, Walt!- ele disse sorridente.
- Olá, professor.- respondeu o menino, deixando James aliviado por não tê-lo chamado de Sr. Sawyer na frente de Ana.
- Esta aqui é minha amiga, Ana-Lucia. Ana, este é um dos meus alunos, o Sr. Potter.
- Na verdade, agora ele é um Dawson.- disse o pai do menino se aproximando deles.
Ana-Lucia olhou para aquele homem e de repente sentiu o sangue gelar nas veias, seguido de uma inexplicável vertigem que fez sua vista escurecer.
- Ana! Ana!- James chamou segurando-a nos braços ao vê-la desfalecer de repente. – Ana, está me ouvindo?

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSáb Mar 13, 2010 9:08 am

Capítulo 11- Talvez

James estava deitado na cama pensando no sexo maravilhoso que tivera com Juliet quando seu telefone tocou. Seria ela ligando? Ele sorriu. Se a bela Juliet estava ligando para ele logo após terem se encontrado, significava que seus planos estavam bastante adiantados. Ele atendeu com um sorriso sedutor estampado na face.
- Alô?
- James? È a Ana.
Ele sentiu um arrepio gostoso na nuca ao ouvir a voz da sua companheira de supermercado.
- Olá, Ana.- ele checou o relógio, passava de meia noite.
- Eu te acordei?
- Não, eu estava acordado.- ele respondeu. – Está tudo bem?- havia algo de errado na voz dela. Ele podia sentir.
- Está tudo bem.- disse ela. – Ouça, eu estou sozinha em casa e pensei se você não podia me fazer companhia.
James ergueu uma sobrancelha e disse:
- Nossa! Acho que sou mesmo um cara de sorte por receber um convite desses. Está falando sério, morena?
Ele estava brincando e esperava que ela dissesse que estava brincando também. Que só tinha telefonado para conversar bobagens no meio da noite. James não se importaria se fosse esse o motivo. Ele gostaria de vê-la outra vez.
- É claro que estou falando sério, homem.- ela riu ao telefone. – Eu estou esperando você. Já autorizei ao porteiro do meu prédio que você suba quando chegar!
O queixo de James caiu. Não, não podia estar com tanta sorte assim. Depois de ter faturado a deusa loira naquela tarde, ele agora estava sendo convidado para ir ao apartamento da doce morena por quem ele se encantara, ainda no avião de volta aos Estados Unidos. James não podia perder uma oportunidade como aquela.
- Chego aí em trinta minutos.- ele respondeu empolgado e desligou o telefone.
Naquele momento ele não quis saber quais eram os reais motivos dela em estar convidando-o para ir ao seu apartamento no meio da noite. Só conseguia pensar que ela deveria ter mudado de ideia sobre ele. Que ela se sentira tão bem quanto ele se sentira quando estiverem juntos. Sem expectativas, sem pretensões. James mal podia esperar para tê-la em seus braços.
xxxxxxxxxxxxxx
O trajeto até o apartamento de Ana foi tranqüilo. Àquela hora da noite o trânsito em LA não estava intenso. James juntou seus trocados e pegou um táxi. Valeria a pena gastar um pouco de dinheiro para ter uma noite maravilhosa.
Conforme Ana-Lucia dissera, o porteiro autorizou a entrada dele no prédio sem problemas. Dentro do elevador, James sentiu-se subitamente nervoso por ir encontrá-la. Estranho, não se sentira assim quando estivera com Juliet durante a tarde. Parecia tão natural estar com ela, levá-la para a cama. Como se estivesse predestinado a fazer isso. Mas com Ana era diferente. A forma como as coisas entre eles se desenvolveram desde o primeiro encontro no avião, depois no aeroporto e o feliz reencontro no supermercado tina sido incrível. Levá-la para a cama seria simplesmente perfeito. E de repente ele percebeu que estava ainda mais ansioso para passar a noite com Ana-Lucia do que tinha se sentido para fazer amor com Juliet àquela tarde. Isso não era bom para os seus planos, definitivamente não!
Ele chegou à porta do apartamento dela e tocou a campainha. Levou quase três minutos para ela ir abri-la. James estava quase tocando a campainha outra vez quando ouviu o barulho do trinco sendo aberto.
- Boa noite, Ana...- ele começou a dizer, mas parou a si mesmo ao ver o que ela estava vestindo. Era uma camisola cinza, com detalhes ousados em renda em ambos os lados do corpo. Os cabelos dela estavam soltos, os cachos espalhados pelos ombros. No rosto não havia um traço de maquiagem, apenas a beleza natural dela. Ana-Lucia parecia ainda mais jovem do que era realmente.
- Entre!- foi tudo o que ela disse, dando espaço para ele passar.
James adentrou o apartamento, meio sem saber o que dizer, por isso tentou brincar para descontrair:
- Então você resolveu ir dormir e me deixar batendo na porta?
Ana se voltou para ele e com um sorriso meigo que contrastava com a ousadia da roupa que vestia, respondeu:
- Por acaso estou com cara de alguém que estava dormindo?
- Bem...- James começou a dizer.
- Eu pensei em ir pra cama, James... Mas não sozinha.
Ela se aproximou dele, decidida. James fitou os olhos negros dela. As pupilas de Ana estavam claramente dilatadas de desejo. Ela era tão linda. O coração dele bateu mais forte. Lembrava-se do gosto dos lábios dela. Queria beijá-los outra vez.
James a agarrou pela cintura e Ana aproximou seu rosto do dele. Ele tocou as mechas sedosas dos cabelos dela e as bocas se encontraram. Ao contrário do beijo trocado da outra vez, este era selvagem e intenso. James sentiu a língua de Ana-Lucia provocando-o e com um suspirou aceitou aquela deliciosa invasão em sua boca. Os corpos estavam grudados, ele podia sentir os bicos dos seios dela roçando sua camisa e a ereção dentro das calças já estava impaciente para ser libertada. Porém um único fato mudou tudo isso. O beijo de Ana-Lucia era um dos melhores que ele já tinha provado, mas era impossível não sentir o gosto amargo do álcool mesclado à doçura dos lábios dela.
- Você andou bebendo, menina?- ele perguntou, afastando-a delicadamente.
Ela deu de ombros.
- E o que isso importa?- Ana tentou beijá-lo novamente, mas dessa vez ele a impediu.
- Hey, menina, eu acho que você bebeu um pouco demais. O que aconteceu?
- Não aconteceu nada!- ela respondeu com irritação na voz. – Será que tem algum problema em uma mulher adulta desejar um pouco de diversão?
- Problema nenhum, chica.- disse ele. – Confesso que estou muito inclinado a tirar a sua roupa agora mesmo e aceitar seu convite. Mas algo aconteceu com você esta noite. Posso ler nos seus olhos.
- Nada aconteceu!- ela disse ficando mais irritada. – Se não está interessado, você pode ir embora agora!
- Eu não vou embora!- retrucou ele. – Não até você me dizer o que aconteceu. Por que me ligou afinal, Ana-Lucia?
Nesse momento ela fraquejou e deu as costas a ele indo para o sofá. James não pôde deixar de notar o contorno delicado do traseiro dela na camisola. Parecia que ela não usava lingerie por baixo. Se isso fosse verdade, que Deus o ajudasse a ser forte para que ele não cometesse um erro do qual poderia se arrepender no dia seguinte.
Ele foi até ela no sofá e viu a garrafa de vodka quase vazia no chão de carpete. Sentiu vontade de dar uma boa golada para segurar sua própria onda diante daquela tentação ambulante que era Ana-Lucia. Mas definitivamente não seria um bom exemplo para ela já que pretendia ajudá-la.
- Por favor, Ana. Diga-me o que aconteceu, menina. Quem sabe eu possa te ajudar?
Ana-Lucia olhou para ele. Seus olhos estavam marejados, mas ela ainda segurava o pranto.
- O Jack esteve aqui.- ela disse finalmente.
- Quem é Jack?- ele quis saber.
- O cara com quem estou saindo.- respondeu ela. – Eu o conheci no avião.
- Antes ou depois de mim?
- Antes.- ela respondeu. – Ele me pareceu ser uma pessoa, mas descobri que era outra.
- O que ele fez?- de repente James estava preocupado. Teria esse homem tentado estuprá-la ou algo assim? Por isso ela estava se sentindo daquele jeito? Isso estava ficando muito sério e ele muito preocupado.
- Nós jantamos esta noite. Estava tudo indo bem até que estávamos na cama, transando...e o bip do hospital tocou.
- Que hospital?- James indagou tentando parecer casual, mas sentiu um certo incômodo ao ouvi-la dizer que estivera transando com outro homem.
- Ele é médico! Teve um chamado urgente. Mas ele poderia ter ficado, James. Caramba, eu estava com tanto tesão e ele me deixou na cama sozinha, sem terminar o que começou. Eu estou odiando-o por ter feito isso!
- Está me dizendo que ele foi embora sem te dar prazer? Eu não acredito! Que espécie de homem ele é?
- Eu queria mais, James. Preciso de mais! Você poderia fazer isso? Poderia me dar mais?
James engasgou com a própria saliva. Aqueles acontecimentos pareciam fazer parte de um filme erótico cujo roteirista era ele próprio. Eram suas fantasias mais secretas se tornando realidade. James teve certeza disso quando ela abaixou as alças da camisola e exibiu os pequenos e delicados seios para ele.
- O que você acha do meu corpo? Se sente atraído por mim?
James mordeu o lábio inferior e permitiu-se admirá-la por alguns segundos. A beleza dela era o oposto da de Juliet. Enquanto a loira tinha seios fartos e pequenos mamilos rosados, Ana-Lucia tinha os seios redondos e pequenos, com mamilos escuros, que se espalhavam sobre a pele como uma mancha macia e se empinavam ao toque, pelo menos foi o que ele pensou porque não se atreveu a tocá-los.
- Baby, seu corpo é maravilhoso! Mas é melhor você se cobrir. Está ficando frio e eu não quero que pegue um resfriado por minha causa.
- James, ele me levou pra cama, pegou o que ele queria e depois foi embora!- disse Ana. – Como acha que eu me senti? Você acha que eu mereço isso?
Ela parecia tão vulnerável e seminua daquele jeito estava tornando difícil para James organizar os próprios pensamentos. Tudo que ele queria naquele momento era tomá-la nos braços, beijá-la mais uma vez e acariciar aquele corpo tentador, mas uma voz continuava dizendo em sua mente: “James, não faça isso com ela!” Da onde vinha aquela voz afinal? James pensou. Desde quando um golpista tinha escrúpulos?
- James, você não gosta do meu corpo?- ela choramingou em forte estado de embriaguez, ameaçando descer o resto da camisola. James a impediu tentando cobri-la novamente, porém as costas de sua mão roçaram acidentalmente nos seios dela e o sangue ferveu nas veias. Ele a queria mais do que podia imaginar, mas preferia que ela o quisesse de verdade, não porque estava frustrada e bêbada. Pela primeira vez na vida, James percebeu que não queria ser usado.
- Você é linda, Ana. Linda!- disse ele embevecido admirando o corpo dela, se controlando para não tocá-la. – Quer saber se eu a quero? Sim, eu quero muito levá-la para cama e te dar todo o prazer que você merece até fazê-la gritar meu nome, mas menina, você bebeu demais e não tem ideia do que está me pedindo.- ele roçou os lábios dela com os dedos. Ana beijou os dedos dele. – Eu não posso me aproveitar de você desse jeito, baby. Eu não sou o Jack! Ele foi capaz de usar você e ir embora. Eu jamais faria o mesmo!
As palavras de James fizeram Ana-Lucia quebrar. De repente, ela sentiu-se muito envergonhada pelo que estava propondo a ele e depressa colocou a camisola no lugar cobrindo-se.
- James, me desculpe, você não tem nada a ver com os meus problemas! Pode ir embora se quiser... – os olhos dela se encheram de lágrimas e James a abraçou.
- Hey não tem que me pedir desculpas. Calma, vai ficar tudo bem.
Ela não conseguiu mais conter o choro e desabou nos braços dele, soluçando. James estreitou-a entre seus braços e beijou-lhe a testa com carinho. Não era bem isso que ele estava esperando quando fora até o apartamento dela, mas sentia uma ternura inexplicável por aquela mulher e queria ajudá-la. Ao mesmo tempo sentia raiva do sujeito que a estava fazendo sofrer. Não que ele fosse o melhor exemplo de homem , estava longe disso, mas era quase um sacrilégio fazer um anjo como aquele sofrer.
- Eu estou enjoada... – ela se queixou depois de alguns minutos chorando profundamente. – Eu preciso...
James ajudou-a se levantar e antes que ela dissesse mais qualquer coisa, ele carregou-a para o banheiro. Ana-Lucia vomitou a vodka que tinha ingerido. Sua cabeça rodava e ela precisou da ajuda dele para ficar de pé. Pacientemente, James ajudou-a a lavar o rosto e a boca na pia, depois a carregou nos braços novamente pedindo a direção do quarto dela. Ana estava de olhos fechados, mas indicou a direção de seu quarto e James levou-a para lá, deitando-a na cama.
- Vou fazer um café bem forte pra você!- ele disse, mas Ana segurou a mão dele, não deixando que ele fosse.
- Por favor, James, fica comigo. Não me deixa!
- Eu...
- Por favor.- ela segurava a mão dele em súplica. James suspirou e finalmente sentou-se na cama junto dela que permanecia de olhos fechados. Ela voltou a chorar resmungando alguma coisa sobre a crueldade e o egoísmo dos homens, afirmando que estava cansada deles. James nada disse, apenas escutou-a e acarinhou seus cabelos. Algum tempo depois, Ana-Lucia adormeceu.
James checou o relógio, já eram quase três da manhã. Muito tarde para ele pegar um ônibus e sairia muito caro pagar mais um táxi de volta para seu apartamento. Mas não podia dormir na cama com ela. Ele tinha certeza de que ela acordaria com uma baita ressaca e ficaria muito confusa em vê-lo com ela na cama, isso sem falar que se ele ficasse naquela cama, não responderia por seus atos vendo-a deitada tão à vontade com as belas pernas expostas e os lindos seios que James sabia que não tiraria mais da cabeça.
Resolveu por fim pegar um cobertor no guarda-roupa dela, um travesseiro de sua cama e preparar uma confortável cama para ele no sofá da sala de estar. James sabia que na manhã seguinte teria que dar muitas explicações a Ana-Lucia porque o mais provável era que ela não se lembrasse de nada do que tinha dito ou feito.

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSáb Fev 27, 2010 5:52 pm

Citação :
Parabéms voçe é muito boa serio diverdade!!!

Obrigada, Gaby! Espero que goste do capítulo novo. Abraços.

Capítulo 10- Beijo de boa noite

Entre um beijo e outro, peças de roupas iam sendo tiradas e espalhadas pelo quarto. Um motel. Embora James já tivesse estado em muitos, com muitas mulheres diferentes, nunca tinha estado num motel luxuoso como aquele e por que não dizer, com uma mulher como aquela?
Juliet dirigiu o conversível da praia até o motel sem dizer uma palavra. James respeitou o silêncio dela e quando chegaram ao quarto, ela transformou-se numa leoa faminta que queria devorá-lo. Exatamente o que James estava precisando.
Os beijos dela eram exigentes, passionais. Seus dentes mordiscavam a carne tenra de seus lábios e em seguida aplacavam a dor com sua língua macia e morna. As mãos dela acariciavam seu peito e quando a camisa lhe foi tirada, botões pularam e as unhas dela pintadas de cor de rosa claro o arranharam em uma carícia suave, porém dominadora. James gemeu e a agarrou pelo bumbum, pressionando as nádegas dela até ouvi-la arfar.
Juliet esfregou-se contra o membro duro dele que doía dentro das calças. Acariciou-o com uma das mãos e abaixou o zíper. James beijou-a na boca e suspendeu-lhe a saia do vestido, caminhando com ela agarrada ao corpo dele para a enorme cama redonda no quarto.
- Eu nunca fiz isso...- ela sussurrou. – Nunca traí meu marido...
- Não precisa se explicar.- James sussurrou de volta. – Eu a quero demais...
Deitada na cama, os seios dela ficaram expostos aos lábios dele e James não demorou a baixar as alças do vestido e beijar o colo alvo. Os seios dela pulavam para fora do sutiã como um convite. Acariciando as costas dela, James soltou o fecho do sutiã e atirando a lingerie dela longe, pôde tocá-los com ambas as mãos. Eram grandes, cheios, com mamilos rosados e túmidos.
James sugou com vontade, sentindo que ela o acalentava enquanto ele se saciava em seu peito. Mas um movimento brusco do quadril dela em sua calça semi-aberta fez com que ele soltasse o seio dela para seguir adiante. Não podia esperar mais.
- Tem camisinha na minha bolsa... – disse ela.
Ele levantou-se e correu para pegar a bolsa dela, trazendo-a depressa. Juliet remexeu na bolsa e tirou um pacote de preservativo lá de dentro enquanto James lhe tirava a calcinha. Porém, ela teve que se deitar na cama quando ele abriu as pernas dela e deslizou a língua preguiçosamente pelo sexo molhado dela.
Juliet gemeu e deixou que ele a beijasse daquela maneira tão íntima por alguns momentos antes de fazer com que ele erguesse o rosto e a fitasse.
- Sawyer, preciso de você, agora!
Ele terminou de tirar a calça, pegou a camisinha da mão dela e acomodou ao seu pênis o mais rápido que pôde antes de se enfiar dentro dela, sentindo que ela o sugava para dentro, gulosa.
- Oh, Sawyer!- ela gritou ao senti-lo dentro de si, suas pernas abraçando-o pelos quadris.
James impulsionou seu corpo para frente, penetrando-a mais fundo e sentindo um prazer surpreendente em fazer amor com ela.
- Você é deliciosa, baby...que gostoso!- murmurou James.
Juliet o enlaçou pelo pescoço e o beijou, não deixando de mover os quadris no mesmo ritmo que os dele até que ambos explodissem em êxtase.
xxxxxxxxxxxxxx
O jantar foi perfeito. Luz de velas, comida italiana, dança à luz do luar e então Jack e Ana estavam prontos para voltar ao apartamento dela. Embora estivesse louca para fazer amor com ele, Ana-Lucia não se insinuou demais desta vez, o vestido que usava já dizia tudo. Só de chegar perto dele, os pêlos de seu corpo se eriçavam os mamilos furavam o tecido fino do vestido querendo o aconchego das mãos de Jack.
Se ele notou a excitação e a ansiedade dela, não fez nenhum comentário a respeito. A tratou como um perfeito cavalheiro e trocou apenas alguns beijos doces com ela durante toda a noite. Entretanto, quando chegaram de volta ao apartamento dela, Ana desejou ardentemente que ele dissesse algo sobre querer ficar.
- Foi uma noite ótima.- ele comentou à porta do apartamento dela.
- Sim, eu me diverti muito.- disse Ana, tentando disfarçar a inquietação que sentia por dentro.
Ele checou o relógio.
- È tarde, Ana!
Ela sentiu a frustração começar a invadi-la lentamente porque ao que tudo indicava Jack não passaria a noite com ela.
- Já passou da hora de você ir para a cama.- ele completou devorando-a com o olhar. Ana sentiu a excitação voltar. – Vou te colocar na cama agora, mocinha e te dar um beijo de boa noite...
Ana sorriu e se afastou da porta para que ele entrasse. Jack fechou a porta e a pegou em seus braços, dizendo:
- Vou te levar no colinho, tirar a sua roupa e fazer você dormir...
Ela riu e o enlaçou pelo pescoço, beijando-o sensualmente. Jack a beijava de volta. Ana-Lucia sentiu-se derreter nos braços dele.
- Eu queria tanto estar com você outra vez...- sussurrou ela.
Jack sorriu e a levou para o quarto, que ele sabia onde ficava porque estivera lá mais cedo. Ele sentou Ana-Lucia na cama e a abraçou, beijando-a no pescoço, cheirando-lhe os cabelos e suspirando.
Ana-Lucia acariciou o peito dele e começou a tirar o paletó dele. Jack a ajudou e logo ela estava desabotoando os botões da camisa dele e passando a mão nos abundantes pêlos castanhos do peito másculo. As mãos de Jack desceram pelos ombros dela e massagearam suavemente antes de tocarem os seios por cima do tecido do vestido e sentir os mamilos excitados.
- Eu estava ficando louco naquele restaurante quando abraçava você e sentia os seus seios me provocando...eu queria tocá-la...
Uma das mãos dele invadiu o decote do vestido e segurou um dos seios, brincando com o mamilo. Ana gemeu de excitação e esfregou seus quadris nos dele, sentindo a ereção que apontava para ela.
Jack a beijou e subiu o vestido dela acima da cintura. Seus olhos admiraram a lingerie ousada que ela usava e suas mãos acariciaram o bumbum dela. Ana entregou-se a ele, desejosa de prazer, querendo saciar a vontade que a vinha consumindo nos últimos dias.
Ele desatou o fio do vestido dela e desceu o tecido de seda o suficiente para expor os seios dela. Ana sentiu as mãos dele brincando com seus peitos e logo os lábios estavam chupando o mamilo, causando-lhe arrepios de prazer. Mas Ana desejava secretamente que ele beijasse seu corpo inteiro, que descesse entre suas coxas e beijasse seu sexo, que acariciasse o clitóris com a língua, demoradamente e a fizesse gritar de prazer. Só de pensar nisso sua vagina ficava mais úmida e ela se contorcia na cama, gemendo baixinho.
Jack satisfez o desejo dela em parte. Beijou-lhe os seios, a barriga, as coxas, tirou a calcinha dela e brincou com o sexo dela, deslizando o dedo na umidade.
- Jack, eu preciso... – ela começou a dizer, mas não terminou a frase porque sentiu o pênis dele invadi-la, duramente. Ele tinha acabado de colocar um preservativo e jogado as calças no chão junto com a cueca boxer. Jack a penetrou tão profundamente que deixou Ana-Lucia sem ar. Ainda assim ela gostou e rebolando os quadris com força contra os dele, o incitou a tomá-la mais duramente.
Ele a segurou pela cintura, com tanta força que seus dedos marcaram a pele sensível. Ana não deixou por menos e o arranhou. Jack a beijou na boca e se ergueu acima do corpo dela, roçando o clitóris com o movimento repentino e fazendo Ana sentir um gostoso espasmo de prazer.
- Ahhhhh...hummmm...- ela gemeu com um sorriso de satisfação nos lábios e sentiu Jack raspar os dentes de leve no bico de um dos seios dela. Aquele era um momento crucial porque Ana sabia que estava quase lá. Se ele se movesse mais um pouco dentro e fora dela daquele jeito a faria chegar ao céu. – Me faz gozar, Jack... – ela sussurrou de forma despudorada.
- Sim, baby... – ele sussurrou de volta. – Porque você é a minha gostosa...eu vou te fazer gozar...
- Jaaack... – Ana fechou os olhos se preparando para a explosão de prazer que viria, mas um barulho alto e irritante soou no quarto. – Que porra é essa?- Ana indagou quando Jack parou de se mover.
- È o meu bipe do hospital.- ele respondeu arfante.
Mas Ana não queria saber de bipe de hospital e moveu seu quadril com força mais uma vez, porém o bipe continuou tocando e Jack se impulsionou contra o corpo dela liberando seu próprio prazer, antes de se retirar do corpo dela cinco segundos depois, deixando-a incrédula e insatisfeita na cama.
- Aqui é o Dr. Shephard.- disse ele ao celular poucos minutos depois de sair do banheiro do quarto dela vestindo apenas a cueca boxer. – Ok, tudo bem. Eu estou indo pra aí. Peça ao médico de plantão pra ficar direto com o paciente.
Quando ele desligou o telefone, Ana tinha se coberto com o lençol e olhava para ele com um olhar enraivecido.
- Você está mesmo indo embora agora?
- Me desculpe, Ana.- ele disse, sem olhar para ela. – Mas é uma emergência. Você se lembra daquela cirurgia urgente que tive de fazer ontem? Houve complicações com o paciente e eu sou o único que pode resolver. Prometo que vou recompensá-la depois!
Ana respirou fundo observando ele terminar de se vestir. Seu corpo ainda queimava de desejo não satisfeito e isso a fazia sentir-se frustrada e furiosa.
- Você está indo embora, então acho que vou ter de ligar para um sex shop e encomendar algo que possa me dar o orgasmo que eu não tive!
- Não fale desse jeito, Ana. Por favor, me perdoe por ir embora assim. Eu gostaria de poder ficar, mas é minha responsabilidade enquanto médico e...
- Jack, se precisa ir, então vá!- disse ela, segurando as lágrimas de frustração.
Jack se aproximou dela e beijou-a na testa antes de dizer:
- Eu a verei logo. Mais uma vez me perdoe, baby.
Depois que Jack se foi, Ana-Lucia ainda ficou na cama sentindo-se péssima por ter sido abandonada daquele jeito. Ela sabia que Jack tinha responsabilidades, mas ele poderia ter feito as coisas de outro jeito. Finalmente, decidindo parar de ter pena de si mesma, Ana levantou-se da cama, tomou um banho e vestiu a camisola mais sexy que tinha. Uma camisola cinza, de costa nua e pequenas transparências dos lados. Tinha comprado essa camisola há muito tempo, quando ainda estava com Danny. Porém nunca chegara a usar com ele.
Ela caminhou até a cozinha e se lembrou de uma garrafa de vodka que guardava no armário. Começou com uma dose. Não adiantou. Ainda estava sentindo pena de si mesma. Por que todos os homens que conhecera eram idiotas? Por que de repente Jack se tornara um idiota também?
- Hora de ficar bêbada!- ela murmurou e não se preocupou quando começou a beber no gargalo da garrafa.

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
GbysSs
Fãs
Fãs
GbysSs


Mensagens : 53
Data de inscrição : 10/02/2010
Idade : 28
Localização : São Paulo

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Fev 11, 2010 9:18 pm

Parabéms voçe é muito boa serio diverdade!!! cheers
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeDom Fev 07, 2010 8:40 pm

Meninas, obrigada pelas mensagens e elogios. Fiquei muito feliz que estão curtindo essa fic.

Citação :
Imagina o sawyer professor?

É Vanessa, eu sempre achei que o Sawyer ficava com cara de professor com aqueles óculos na ilha! Very Happy

Citação :
Parabéns, ainda não tinha lido esta sua fic mas fiquei muito impressionada

Rain, obrigada! Estou postando capítulos novos dessa fic todas as semanas, aproveitando a inspiração.


Capítulo 9- Novas perspectivas

Ana-Lucia se olhou diante do espelho pela última vez antes de sair de casa. Estava impecável em um terninho cinza, saia da mesma cor que ia até os joelhos, meias 7/8 cor da pele e sapatos de salto pretos. Os cabelos escuros estavam escovados e soltos. Definitivamente um visual bem diferente do que costumava usar trabalhando para a polícia civil. Mas ainda assim, Ana gostou do resultado quando se viu pronta em frente ao espelho. O novo visual lhe caía melhor do que o uniforme azul da polícia, o cabelo preso apertado em um coque e as antigas botas de coturno.
- Hoje é o primeiro dia da minha nova vida.- Ana sussurrou diante do espelho, feliz.
Ela deixou seu apartamento e dirigiu para o CSI que ficava do outro lado da cidade. Teresa tinha telefonado para ela bem cedo e lhe desejado boa sorte no seu primeiro dia. Mas Jack ainda não telefonara. Deveria ter trabalhado muito no hospital e estar muito cansado para ligar para ela. Mas ele prometera recompensá-la depois, isso era o mais importante.
Quando chegou ao prédio moderno onde funcionava a Seção de Crimes Violentos, Ana-Lucia sorriu. Finalmente trabalharia em uma coisa que exigiria bastante de suas habilidades e de seu intelecto. Ela caminhou até a porta de vidro que dava para a recepção e suspirou. Mesmo estando feliz, ela sabia que agora vinha a parte chata, se apresentar a Danny antes de começar.
Ao adentrar o prédio ela não pôde conter seu deslumbramento com a decoração, o design dos móveis, a cor das paredes. Já tinha estado lá há algum tempo atrás quando ainda tinha um relacionamento com Danny, mas várias coisas tinham sido modificadas, tornando o lugar ainda mais moderno e bonito. Definitivamente ela ia gostar muito de trabalhar lá.
- Pra você ver como o governo gasta bem o dinheiro dos impostos.- disse um homem empaletozado se aproximando de Ana ao notar seu deslumbramento com o lugar.
Ana-Lucia se voltou para ele, sorrindo. Era um homem alto, na casa dos 35 anos, loiro, olhos azuis e cabelos cacheados como os de um anjo. Era muito bonito, Ana observour.
- Agente Mark Pierce.- ele estendeu a mão para ela.
Ana apertou a mão dele.
- Ana-Lucia Cortez. È meu primeiro dia aqui. Na verdade, estava indo me informar sobre onde posso encontrar o diretor-assistente Daniel Lively?
- Você é a nova agente destacada pra nossa equipe? Que coincidência!- exclamou Mark. – Eu trabalho na equipe do agente Lively.
- Mas que providencial!- Ana exclamou. – Poderia me levar até a sala dele?
- Com certeza.- disse Mark, fazendo um gesto para que Ana-Lucia o seguisse. Ana o acompanhou pelo corredor. – E então, o que você fez pra ser mandada para cá, Cortez?- Mark perguntou em tom de brincadeira enquanto caminhavam em direção à sala de Danny.
- Nem queira saber.- Ana-Lucia respondeu evasiva.
xxxxxxxxxxxxxx
Vários pares de olhos o observavam. Olhos de expressões e tonalidades variadas. Pequenos e curiosos. James ficou nervoso. A diretora Mitchell tinha acabado de sair e o deixara sozinho para que começasse sua primeira aula na turma da sexta série. As crianças esperavam atentamente que James dissesse alguma coisa e antes que elas se tornassem impacientes demais , ele falou:
- Quem aqui já esteve nas montanhas?
Várias crianças levantaram suas mãos. James sorriu e escolheu um garoto negro, de baixa estatura em relação aos outros, com olhar entediado embora tivesse levantando sua mão para falar.
- Você!- disse James. – Qual é o seu nome?
- Walt.- respondeu o garoto.
James checou a lista com o nome dos alunos que estava sobre sua mesa.
- Walter Loyd Potter. Onde esteve, Walt?
- Em muitos lugares. Antes de morar em Los Angeles, a minha família se mudava muito e fomos a muitas montanhas.
- Que interessante!- James exclamou. – O que poderia me dizer sobre estas montanhas?
O garoto deu de ombros.
- Nada de interessante! Eu achava tudo um saco!
A classe inteira começou a rir e James ergueu uma sobrancelha, percebendo que teria um longo trabalho pela frente.
- Bem, alguém além do Walt esteve em uma montanha que achou interessante?
Uma garota levantou a mão insistentemente. Ela era loira com longos cabelos, unhas pintadas de cor de rosa e jeito de líder de torcida do time de futebol.
- Seu nome?- indagou James.
- Lana Hills.
- Onde você esteve Srta. Hills?
- Nos Alpes.- a menina respondeu com orgulho.
- O que poderia nos contar sobre os Alpes?- James perguntou.
A partir daí, a aula fluiu sem problemas e quando deu por si, James estava gostando muito de estar naquela sala de aula. Vários alunos falaram sobre suas experiências com montanhas e o professor conseguiu entrar no assunto dos diferentes climas e solos de uma montanha para a outra. Ele mal percebeu quando o sinal de encerramento da aula tocou. As crianças arrumaram depressa seus cadernos, livros e outros pertences e despedindo-se do professor deixaram a sala. James estava muito contente que seu primeiro dia na classe não tivesse sido um desastre.
- Até logo, Sr. Sawyer.- disse Walt passando pela mesa dele. Era o último garoto a sair.
- Até logo, Sr. Potter.- respondeu James. – Eu espero que no decorrer das aulas você se interesse um pouco mais por geografia.
- A partir de amanhã o senhor não precisa mais me chamar de Sr. Potter.
- Por quê?- James tirou os óculos do rosto. Não precisava usá-los o tempo todo, mas ler sem eles por muito tempo era bastante complicado.
- Porque eu vou passar a ter o sobrenome do meu pai. O meu verdadeiro sobrenome. Qual seu verdadeiro sobrenome, Sr. Sawyer?
- Como assim qual meu verdadeiro sobrenome, garoto?- James indagou com certa tensão, sem entender porque o menino lhe fazia aquela pergunta. – Meu sobrenome é Sawyer.
- Não é não.- o garoto respondeu petulante e deixou a sala de aula sem dizer mais nada.
James ficou muito apreensivo. Será que aquele garoto já tinha ouvido falar dele em algum lugar? Não podia ser filho de alguma mulher que ele tivesse dado o golpe porque sua regra número um era não se envolver com mulheres que tivessem filhos. Pensou por alguns instantes no assunto e resolveu que o garoto só o estava provocando por ele ser o novo professor. Nada demais.
Deixando isso de lado, ele checou seu celular no bolso do paletó e ficou feliz ao ver que tinha recebido uma mensagem de texto:
“Como foi seu primeiro dia no trabalho, Sr. Sawyer? Estou te aguardando em frente à escola. Por favor, não me faça esperar. Eu também gostaria de aprender um pouco de geografia. Ass: JB.”
Era óbvio que James sabia quem era JB. Sorrindo, ele organizou seu material de trabalho e deixou a sala. Em seguida guardou seu material na Sala dos Professores e despediu-se de seus novos colegas de trabalho. Ansioso ele foi até a porta de saída. Mas não tão ansioso que não se lembrasse de evitar esbarrar com Cassidy.
Juliet o esperava em seu caro conversível à porta do colégio. Ela estava de pé do lado de fora, usando um atraente vestido verde escuro e botas; os cabelos estavam soltos e os impressionantes olhos azuis encobertos por óculos escuros de grife. James suspirou pensando consigo que ela era uma deusa.
- E então?- ela indagou com sua voz baixa e insinuante. – Como você se saiu?
- Acho que vou sobreviver.
Juliet baixou os óculos escuros e sorriu, dizendo:
- Vamos dar uma volta, Sawyer.
xxxxxxxxxxxxxxx
Quando Ana-Lucia adentrou o escritório de Danny, ele estava de cabeça baixa examinando alguns papéis, mas ao ouvir o som dos sapatos altos dela soando no piso encerado, ele ergueu o rosto.
- Ana?
- Bom dia, Daniel.- ela disse com seriedade, fechando a porta atrás de si. Ele ficou encarando-a e ela acrescentou: - Vai me dizer que não sabia que fui destacada para trabalhar aqui?
- Sob o meu comando.- ele respondeu com um sorriso satisfeito no rosto. – Recebi um memorando do Maccalister ontem mesmo. Não sabe o quanto fico feliz que tenha vindo trabalhar conosco.
- Me poupe do seu sarcasmo, Danny!- ela retrucou. – Acha que eu não sei que mexeu uns pauzinhos para que eu viesse trabalhar sob sua supervisão? Muito cômodo pra você que a minha situação na polícia seja delicada nesse momento.
- Como pode pensar uma coisa dessas de mim, Ana?
- Pra começar, não me chame de Ana na frente da equipe. Pra você eu sou Cortez, como para todos os outros na polícia. Também não quero ouvir comentários nos corredores sobre o nosso passado. Vida pessoal e trabalho não se misturam e você sabe disso!
Danny cruzou os braços atrás da cabeça numa postura relaxada e disse:
- Como você mesma acabou de dizer, sua posição na polícia é delicada nesse momento e você está sob minha supervisão. Qualquer deslize seu e eu não hesitarei em pôr nos relatórios mensais que tenho de reportar à Comissão Julgadora durante um ano.
- Não tenho medo das suas ameaças, Lively! Estou aqui para realizar um trabalho sério e é o que farei! E não se incomode em me informar sobre a rotina da repartição ou os casos mais recentes porque o agente Pierce amavelmente se ofereceu para me mostrar o prédio e me explicar sobre o andamento das investigações e inclusive me apresentar para o resto da equipe. Portanto, fique fora do meu caminho e eu ficarei fora do seu!
- Tome cuidado com o Pierce, ele é um conquistador!- Danny advertiu tentando demonstrar que as palavras dela não o deixaram abalado, embora fosse o contrário.
Dizendo isso, ela deixou a sala dele. Daniel ficou observando através da janela de vidro que dava para uma saleta do lado de fora, Ana sendo apresentada por Pierce aos demais agentes da equipe dele, Herbert Wallace do setor de comunicações, Kyle Adams responsável pela coleta de provas no local do crime, Sarah Geller, investigadora e PHD em traçar perfis psicológicos e Dana Blanchet, médica legista e cientista.
Se ele pretendia fazer as pazes com ela fazendo com que trabalhassem no mesmo setor quando ele pediu ao Chefe de Polícia que intercedesse junto ao juiz para enviá-la ao CSI, tinham começado de uma forma péssima. Danny não sabia como, mas teria que conquistar a confiança de Ana-Lucia outra vez e esse era o seu maior objetivo ao transferi-la da polícia civil para a Seção de Crimes Violentos.
xxxxxxxxxxxxxxx
A brisa do mar batia no rosto deles causando uma agradável sensação de frescor. Tudo parecia perfeito para James naquele momento. Era final de tarde e depois de um dia maravilhoso ao lado de Juliet, ele não queria outra vida. Ela era ainda mais interessante do que ele imaginara quando a conhecera.
Após pegá-lo na porta da escola, Juliet o tinha levado para almoçar em um restaurante de frutos do mar. Comeram lagosta e tomaram o vinho mais caro da casa. James gostava dessa boa vida, e como. Mas não era só por causa do patrimônio financeiro que ela podia lhe oferecer, Juliet era inteligente, tinha uma conversa agradável e era espirituosa sem ser afetada. Isso sem mencionar o fato de que ela era incrivelmente linda e que James estava louco para levá-la para a cama.
Depois do divertido almoço, eles passearam pelo shopping center e Juliet comprou-lhe três camisas e duas calças novas na Calvin Klein. James fez de conta que estava recusando o presente, que isso feriria o seu orgulho, mas isso fazia parte de seu esquema porque ele sabia que ela ia insistiria e ele não teria escolha senão aceitar.
Ao final das compras eles foram parar na praia. E lá estavam tomando milk-shake de baunilha com gotas de chocolate e assistindo ao pôr- do- sol sentados no capô do conversível preto dela.
- Nunca pensei que fosse gostar tanto de ver o pôr do sol numa praia outra vez.- ela comentou, pensativa.
James afastou algumas mechas de cabelos loiros que insistiam em cobrir o rosto dela e passou seu braço pôr sobre os ombros de Juliet, apertando-a contra si.
- Por que diz isso?- ele indagou.
Ela não respondeu, ao invés disso lhe fez uma pergunta:
- Já teve a impressão de que a vida que você vive é tudo uma mentira? Um mundo irreal? Afinal, o que determina o tempo? Nossos relógios ou há algo maior do que isso no universo que não consegue discernir se hoje é quinta-feira, se são dez da manhã ou se estamos mesmo em 2004?
- Hum, parece que você pensou muito sobre isso, Julie.- disse ele. – Mas sinto desapontá-la doçura, eu sou geólogo, não físico.
Juliet sorriu.
- Eu sei mas, o que eu quero dizer é que de repente eu acordei um dia e percebi que a vida que estou vivendo não é nada do que eu quero pra mim. Consegue entender isso, Sawyer?
“Insatisfação com o marido!” O assunto que ele estava esperando, pensou. Mas mesmo assim resolveu fazer de conta que não estava entendo ao que ela se referia.
- Ah, com certeza é muito chato comer em restaurantes caros e andar de conversível...- ele começou a dizer e Juliet riu. E então de repente ela ficou séria, aproximando seu rosto do dele. James sentiu uma estranha apreensão na boca do estômago, mas não fez nenhum movimento. Deixou que ela viesse até ele.
Quando os lábios se tocaram num leve roçar, o beijo foi suave, mas não demorou muito e evoluiu para um beijo selvagem. Eles simplesmente não conseguiam parar de se beijar. James deu-se conta de que não estava beijando aquela mulher apenas porque precisava seduzi-la e dar-lhe o golpe, mas também porque queria isso muito. Tinha necessidade dela e não conseguia entender isso.
Pararam de beijar apenas para retomarem o fôlego. James puxou o corpo dela para junto do seu e sentiu os seios fartos esmagados contra seu peito. A sensação era angustiante. Ele precisava fazer amor com ela ou então enlouqueceria.
- Vamos sair daqui, Sawyer... – ela sussurrou e o puxou pela mão para que eles voltassem para dentro do carro.
xxxxxxxxxxxxx
Era final de tarde quando Ana-Lucia se despediu de seus novos colegas e foi até o estacionamento do CSI pegar seu carro. Danny ainda a interpelou no caminho dizendo que queria levá-la para jantar, para desculpar-se pelo mau jeito quando ela chegara e também para que eles pudessem conversar sobre os casos e coisas pertinentes ao trabalho. Obviamente, Ana recusou a oferta polidamente dizendo que ia jantar com a mãe, embora fosse mentira.
Durante o trajeto de volta para o seu apartamento, Ana-Lucia checou o celular mais de uma vez esperando receber alguma ligação de Jack e ficou muito desapontada porque ele não telefonara. Decidindo não se chatear com isso, ela pensou em pedir uma pizza e examinar algumas pastas que Pierce tinha entregado para ela sobre dois casos recentes em que estavam trabalhando para que fosse se familiarizando com o trabalho, porém, ao entrar em seu apartamento, ela teve uma surpresa maravilhosa.
Havia buquês de rosas vermelhas espalhados por cada canto de seu apartamento, Ana não podia acreditar. Ela largou as pastas de trabalho sobre a mesinha de centro e pôs-se a procurar um cartão entre os buquês. Encontrou um no buquê que estava em cima da mesinha do telefone.
“Meus parabéns pela sua promoção! Estou muito feliz por você. Espero que tenha gostado das rosas, eu quis mandar o maior número possível, mesmo assim nem todas as rosas do mundo seriam suficientes pelo que você merece.” P.S: Tomei a liberdade de pedir a chave do seu apartamento ao zelador para poder colocar essas rosas e também uma caixa em cima da sua cama. Vou te levar para jantar esta noite. Esteja pronta às 8. Te quero...ass: Jack.
Ana-Lucia checou seu relógio. Eram quinze para às sete. Não tinha muito tempo. Ela correu para o quarto, curiosa para saber o que havia dentro da caixa em cima de sua cama. Era uma caixa de tamanho médio com o nome de uma grife cara e famosa: Dolce & Gabbana.
Sorrindo como boba, Ana abriu a caixa e encontrou um lindo vestido preto dentro dela e sandálias de salto combinando. Ela tirou o vestido da caixa e o estendeu sobre a cama. Lindo, mas extremamente ousado para os padrões dela. Era curto, acima dos joelhos e tinha um decote nas costas com fios prateados que deixariam pouca coisa para a imaginação. Mas Ana quis usar assim mesmo. Queria ser vestir como uma mulher sexy e ousada.
Ela tocou a seda do vestido e sentiu a maciez. O toque a deixou excitada porque de repente ela imaginou-se sem sutiã, usando aquele vestido, os mamilos roçando contra o tecido, contra o peito de Jack...decidido! Ana pensou. Não usaria sutiã.
Foi para o banheiro e banhou-se, lembrando-se de passar uma loção de banho especial de canela que comprara no supermercado no dia anterior. Depois do banho, ela escolheu na sua gaveta de lingerie uma calcinha preta, transparente e fio dental, com detalhes em strass dos lados. Queria enlouquecer Jack.
Colocou o vestido que lhe caiu perfeitamente e calçou as sandálias. Como Jack teria adivinhado seu número de vestuário e sapatos? Talvez tivesse checado enquanto ela dormia na cama dele depois de terem feito amor. Isso era tão atraente nele, essa preocupação em mandar um presente que realmente servisse para ela. Por último arrumou os cabelos, escovando-os e deixando os cachos lisos, tendo o cuidado de separar uma mecha de cabelo para lhe cair charmosamente no rosto. Às oito horas em ponto a campainha tocou.
- Está linda!- Jack suspirou quando Ana-Lucia abriu a porta para recebê-lo.
- Obrigada pelas rosas, pelo vestido, os sapatos... – ela disse, sorrindo.
- Senti sua falta... – Jack disse galante antes de puxá-la pela cintura para um beijo. Ele suspirou ao sentir o gosto de morango no gloss que ela usava nos lábios.
Ana-Lucia sentiu-se tão feliz que esqueceu por completo o fato de ter ficado chateada com ele por não ter telefonado nos últimos dias. Ele queria mesmo recompensá-la.
- Eu fiz reservas no restaurante, então é melhor irmos senão vou ser tentado a ficar...- brincou ele segurando a mão dela e conduzindo-a para fora do apartamento.

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
VANESSA
Admin
VANESSA


Mensagens : 36
Data de inscrição : 25/12/2009
Idade : 34

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSex Fev 05, 2010 11:58 pm

Tô botando a leitura em dia e tô adorando!!! Quanta criatividade! Imagina o sawyer professor? e o jack 'desse jeito', como a suw falou... Muito bem escria, como sempre! Parabéns!
Ir para o topo Ir para baixo
http://lovemichellerodriguez.blogspot.com/
Rain
Fãs
Fãs
Rain


Mensagens : 27
Data de inscrição : 05/01/2010
Idade : 29

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSex Fev 05, 2010 12:16 pm

Excelente trabalho Rê, continua Very Happy
Parabéns, ainda não tinha lido esta sua fic mas fiquei muito impressionada Very Happy

Posta logo por favor amiga Crying or Very sad

Abraço I love you I love you
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Fev 04, 2010 10:08 am

Citação :
Nossa adorei esse reencontro sana! hahahah ele levantando ela... muito engraçado.

Eu ainda não acho que ela seja tão baixinha assim (risos), mas o Josh perto dela com certeza faz uma diferença! geek

Ok, esse é um dos meus capítulos favoritos!

Capítulo 8- Preliminares

O apartamento de Ana-Lucia ficava em um respeitável bairro de downtown. Ela morava no quinto andar de um edifício cercado por muitos outros, porém com uma varanda que dava para uma bela vista de Los Angeles. Para morar ali, ele supôs que ela deveria ganhar muito bem.
A decoração do apartamento era interessante. Era como se ela tivesse retratado a si mesma em cada cômodo. A sala de estar era ampla e confortável, com um sofá cinza e tapete mais claro para contrastar. Havia plantas naturais ao invés de artificiais na varanda. Uma biblioteca respeitável formada por uma estante de madeira de cedro de três andares, provavelmente uma relíquia de família.
Nas paredes havia vários retratos de família e um curioso mural de condecorações e serviços prestados à polícia de Los Angeles. Por essa, James não esperava. Então ela era policial? Por Deus, como ele poderia ter se envolvido com uma policial? Na mesinha de centro em frente ao sofá havia um retrato dela vestida de uniforme, ao lado de um cara ruivo e forte. Eles sorriam no retrato.
- Pode ficar à vontade.- ela disse vendo que ele ainda segurava suas sacolas de compras. – Quer colocar suas compras na cozinha?
- Você é policial?- a pergunta saiu espontânea. Ele estava realmente surpreso com isso, principalmente levando em consideração o tipo de relação que ele tinha com a polícia.
- Voltei a ser a partir de hoje e é por isso que vamos comemorar.- ela respondeu fazendo um gesto para que ele a acompanhasse até a cozinha. – E quanto a você? Posso saber qual é o emprego novo que está comemorando?
Ele a seguiu para a cozinha.
- Professor. Na verdade também estou retomando a profissão a partir de hoje.
- Que interessante! Você é professor de que?- ela indagou pegando as compras das mãos dele e acomodando em seu balcão.
- De geografia.
- Não parece professor de geografia.- ela comentou.
- E você não parece policial.- ele rebateu. – È da polícia civil?
- Na verdade, eu trabalho para a CIA.
James sorriu.
- Portanto é melhor que você não saiba da natureza das minhas atividades.- ela acrescentou.
Ele ficou sério e Ana-Lucia gargalhou.
- Eu estou brincando. Acabei de ser integrada ao Departamento de Investigações Criminais Violentas.
- O CSI? Wow! Que responsabilidade!
- È verdade! Mas eu estou empolgada.
- Quer dizer então que vai vasculhar tumbas e descobrir impressões digitais em copinhos sujos de café? Ou quem sabe caçar fantasmas à meia noite?
- Nada sobrenatural, espero. E você, quais são suas expectativas a respeito de seu novo emprego?
- Eu espero conhecer crianças comportadas. Não receber bolinhas de papel pelas costas, nem lápis enfiado no teto ou chiclete colado debaixo da carteira. Como vê, meu trabalho será tão ou mais emocionante do que o seu.
Ana-Lucia ficou rindo. James a ajudou a arrumar as compras dela na despensa e então ela se pôs a preparar a lasanha.
- Você mora sozinha?- ele indagou.
- Desde o dia seguinte aos meus dezoito anos.- ela respondeu. – E você?
- Acho que desde os oito anos.
- Desde os oito anos?- ela ficou surpresa. – Como assim?
- Meus pais morreram quando eu tinha essa idade e fui morar com um irmão da minha mãe. Passei a me sentir sozinho no mundo desde então.
- È uma história triste. Do que morreram seus pais?
- Um acidente.- ele respondeu evasivo. – E você? Seus pais ainda estão vivos?
- Só a minha mãe. O meu pai faleceu de câncer há cinco anos.
- Sinto muito.
- Está tudo bem.- disse ela abrindo o vidro de molho e o depositando na panela para ferver. – Já foi casado, James?
- Não, senhora.- ele respondeu. – Você?
- Já morei com alguém.
- Deixa eu adivinhar, o sujeito insistente no aeroporto.
- È! Ele mesmo. Você também deve imaginar porque não deu certo.
- Eu morei com alguém também, por um tempo.- ele acabou confessando. Estava se referindo aos seis meses que viveu com Cassidy. – Mas nós dois tínhamos objetivos diferentes.
- Acho que posso compreender isso.- disse Ana.
James prestou atenção à numerosa coleção de imãs que havia na geladeira de Ana e comentou:
- Puxa, você gosta mesmo dessas coisinhas.
Ela deu um meio sorriso.
- Eu e meu pai costumávamos comprar juntos, principalmente quando viajávamos. Era uma coisa nossa, sabe?
- Eu acho uma gracinha.- ele disse e Ana o fitou.
- Nossa! È a primeira vez que alguém usa esse termo para se referir a qualquer coisa que tenha a ver comigo.
- Mas eu não consigo pensar em outra palavra para definir você.
- Ah é? Mesmo sabendo que eu sou policial, Sr. professor?
- Não sei como age quando está em ação correndo atrás dos caras malvados, mas agora tudo o que eu posso ver é uma garota meiga, preparando lasanha e sujando a blusa de molho de tomate com manjericão...
Ana olhou para sua camiseta branca. Estava toda respingada de vermelho.
- Droga!- ela resmungou. – Será que consigo tirar estas manchas?
- Acabei de comprar um excelente sabão em pó.
Ela sorriu e ergueu a camiseta tirando-a por cima da cabeça. James sentiu a garganta seca. Como ele esperava, ela tinha um corpo maravilhoso, totalmente em forma. É claro que ela não estava nua, usava um top branco esportivo por baixo da camiseta, mesmo assim era de tirar o fôlego.
- Eu vou colocar logo essa camiseta na máquina de lavar pra mancha não se espalhar.
- Eu estava falando sério sobre o sabão em pó.- brincou James tentando disfarçar o súbito desejo que sentiu por ela ao vê-la sem camiseta. A peça de algodão, branca e simples que ela usava por baixo era mais provocante do que se ela estivesse usando um sutiã meia taça transparente.
Enquanto ela ia até a área de serviço levar sua camiseta para a máquina de lavar, James ficou mexendo o molho na panela para que não grudasse. Ana-Lucia voltou de lá usando uma camiseta cinza com mangas por cima do top, mas tinha trocado a calça jeans apertada por um moleton branco, folgado e tirado as botas pretas. Ele observou os pés dela com interesse. Tinha dedos pequenos e delicados. Era engraçado porque era a primeira vez que ele olhava os pés de uma mulher com tanto interesse, geralmente seus olhos eram atraídos primeiramente para partes mais óbvias da anatomia feminina.
- O que foi?- ela perguntou ao vê-lo calado por alguns minutos.
- Nada.- ele respondeu colocando um pouco de molho na colher e soprando antes de virar no pulso e provar. – Gostoso.
Ana retomou a panela e começou a preparar o frango para montar a lasanha. James se sentou de frente para o balcão e pegou a Cosmopolitan. Abriu numa página e começou a ler:
“Você se define como uma mulher fácil ou difícil? O que os homens pensam quando olham para você? Descubra a si mesma nesse teste de 10 perguntas.”
Ela começou a rir
- Ok, vamos lá!
- Primeira pergunta: “Suas amigas te convidam para uma festa e faz muito tempo que você não transa...”
- Oh!
- ...você: letra A- Escolhe a sua roupa de sempre, veste-se como sempre e torce para que encontre um cara gentil, amável e inteligente com quem você poderia ter um pouco de intimidade em algumas semanas...letra B- Tenta usar algo fora do seu cotidiano e durante a festa fica trocando olhares com aquele carinha interessante já pensando no que pode rolar mais tarde ou letra C: Não importam os meios, tem que rolar, por isso você pega o seu vestido mais curto e sai de casa sem calcinha!
- Ai meu Deus!- Ana exclamou. – Que tipo de teste é esse?
- Não enrola não, responde!
- Hummm...acho que letra C. O que eu teria a perder, não é mesmo?
Sawyer caiu na risada e Ana também.
- Eu sabia que você ia responder isso!
- Como sabia? Tenho cara de quem anda sem calcinha por aí? Homem, não sou nenhuma celebridade.- ela acrescentou, mas não conseguia parar de rir.
Eles continuaram a divertida conversa baseada nos supostos testes psicológicos da revista Cosmopolitan até que o jantar estivesse pronto. Ana colocou dois pratos à mesa e serviu duas taças do vinho que tinha comprado.
Quando ela colocou a travessa de lasanha sobre a mesa, James fez menção de se servir, mas ela bateu na mão dele de leve com uma colher e disse:
- Primeiro temos que dar graças.
- Como é que é?- ele retrucou.
- Você ouviu o que eu disse.
- Não sabia que era religiosa.
- Velhos hábitos de família e além disso hoje é uma noite especial-. Ela disse e tomou seu lugar fechando os olhos e juntando as mãos. James a imitou, embora estivesse se sentindo estranho. Não costumava dar graças antes das refeições desde que sua mãe era viva. Ana iniciou a pequena e singela oração:
- Senhor, obrigada pelo alimento em nossa mesa e por ter trazido um amigo tão especial para celebrar comigo o início da minha nova vida. Amém.
- Amém.- disse James, surpreso com as palavras dela.
Enquanto comiam, ele ousou perguntar por que estava muito curioso:
- Por que disse que estamos celebrando o início de sua nova vida? Pensei que estávamos celebrando nossos novos empregos.
Ana pensou um pouco e respondeu:
- Sim, estamos celebrando nossos novos empregos, mas desde que voltei de Sidney sinto que estou tendo uma nova chance. Você não sente o mesmo?
James não soube o que responder. Sim, no fundo ele se sentia do mesmo jeito, mas mesmo que sua volta da Austrália significasse uma nova chance, ele ainda estava agindo como sempre ao elaborar um golpe para Juliet Burke, a charmosa médica que tinha acabado de conhecer. Mas o que podia fazer? Aquela era sua natureza. Não havia nada de bom nele e nunca haveria. Aqueles momentos de felicidade inocente com Ana-Lucia eram apenas isso, momentos e nada demais. Nada daquilo mudaria quem ele realmente era.
xxxxxxxxxxxx
Após o jantar, muito elogiado por James, ele fez questão de lavar os pratos e depois que a cozinha estava toda organizada, Ana o convidou a relaxar na sala de estar. Munidos com o que sobrou na garrafa de vinho, o pote de manteiga de amendoim e duas colheres, James tirou os sapatos e se deitou no tapete. Ana-Lucia se estirou no sofá.
- Devíamos ter trazido o chantilly e os morangos.- disse ele quando viu Ana mergulhar sua colher na manteiga de amendoim. – Eu estava pensando em coisas divertidas que poderíamos fazer com ambos.
- Mais divertido do que fazer os testes da Cosmopolitan?- ela indagou e James sorriu antes de complementar:
- Talvez seja melhor você não saber o que está se passando pela minha mente agora.
Ela riu e jogou uma almofada nele. James riu também e aproveitou para segurar uma das mãos dela, acariciando inocentemente. Ana gostou do contato e deixou que ele segurasse sua mão. A mão dele era quente, decidida e passava segurança. Estranho, ela pensou, tão diferente das atitudes dele que passavam diversão, insegurança. Eles jogaram conversa fora por horas, disseram muita bobagem e riram até cansar.
Ana-Lucia propôs um desafio. Um teria que desenhar o outro do jeito que se viam. James gostou da idéia. Ela foi buscar algumas folhas de papel e alguns lápis que tinha guardado.
- Tá legal!- disse ela sentando-se no sofá à moda indiana e apoiando sua folha de papel em um livro. James fez o mesmo, mas sentado no tapete. – Vamos nos olhar e desenhar! Não vale tentar esconder os defeitos, tem que ser exatamente como nos vemos.
- Por mim tudo bem! Mas depois não vá reclamar se eu a desenhar com dentes enormes ou tortos...
Ana riu. James sentiu seu corpo se arrepiar. Ele vinha ouvindo-a rir daquele jeito tão espontâneo durante a noite toda e percebeu que gostava de bancar o bobo somente para ouvir-lhe a risada gostosa aos ouvidos. Ana-Lucia sabia como rir.
- Você não existe, sabia?- ela gracejou iniciando os primeiros traços de seu desenho. – Ah, e também não reclame se eu o desenhar com um ego enorme!
- Meu ego não é enorme, mulher! Mas em compensação...
- Eu não acredito!- ela gritou ameaçando bater nele com um livro, rindo muito. – Se você disser que tem outra parte em você que é enorme...
James gargalhava também e levando um dedo aos lábios dela, disse:
- Shiiii...morena. Chega de falar e vamos desenhar!
Ana-Lucia sentiu borboletas dançando em seu estômago quando ele tocou os lábios dela. Foi um toque inocente, mas a revolução que aconteceu dentro do corpo dela não tinha nada de ingênuo. James pegou sua folha de papel e também iniciou seu desenho. Ana fez o mesmo tentando se concentrar em outra coisa além da estranha tensão entre eles que tomava conta do ambiente.
Enquanto desenhava, vez por outra James dava uma risadinha apenas para provocá-la.
- O que você está desenhando aí?- ela quis ver.
- Negativo!- disse ele. – Eu ainda não terminei.
- Ok!- disse ela, vencida.
Eles permaneceram em silêncio por mais alguns minutos, terminando seus respectivos desenhos quando Ana anunciou:
- Terminei!
- Mas eu ainda não... – disse ele.
- Ah, mas me mostra assim mesmo!- ela pediu.
- Espera aí!- falou ele.
- Vou te mostrar o meu!- ela insistiu impaciente e James finalmente assentiu. Ele tinha terminado seu desenho.
- Mostre!- pediu ele.
Ana-Lucia virou seu desenho para ele e James caiu na gargalhada.
- Eu não acredito que você levou quase meia hora para desenhar isso!
Ela deu um meio sorriso e disse:
- Mas é exatamente como eu vejo você.
James examinou o desenho. Definitivamente desenhar não era uma das aptidões de Ana, mas mesmo assim ele amou aquele desenho.
- Você desenha como uma criança de três anos, sabia?
Ela gargalhou.
- Agora me mostra o seu! Fez tanto mistério e agora eu estou ansiosa.
James suspirou e entregou a folha de papel ao contrário a ela.
- Prometa que não vai atirar em mim se não gostar!
- Prometo.- ela cruzou e beijou os próprios dedos, pegando em seguida a folha de papel das mãos dele. Mas ao virar o papel ela tomou um grande susto. Não estava preparada para o que ia ver.
- Gostou?- ele indagou, ansioso.
Ana-Lucia tocou a superfície do papel com os dedos. Ela jamais imaginara que alguém pudesse ter essa imagem dela. James era um artista nato. Seu desenho mostrava uma imagem perfeita dela, com os cabelos soltos e esvoaçantes emoldurando seu rosto. Cada detalhe de sua face estava registrada, desde os olhos pequenos, o nariz adunco e os lábios cheios. Ele fizera um retrato do rosto e do busto dela completos. James não a desenhara usando roupas, mas os cabelos cobriam o contorno dos seios feitos tão delicadamente a lápis.
- E então?- ele indagou outra vez, ficando exasperado. – Gostou ou não gostou?
Ana ergueu uma sobrancelha e perguntou:
- Por que me desenhou sem roupas?
Os olhos dela estavam sérios e James ficou preocupado que ela tivesse se aborrecido porque ele lhe desenhara o busto, mas um sorriso logo se seguiu à pergunta dela e Ana se aproximou depositando um beijo doce na face dele.
- Obrigada. Foi a coisa mais linda que alguém já fez pra mim.
Ela ainda estava muito próxima de seu rosto quando James não resistiu e beijou-lhe os lábios cálidos. Ana suspirou e retribuiu o beijo. Era como se estivesse esperando por aquilo há muito tempo.
Entretanto, quando James tentou aprofundar o beijo inserindo sua língua macia nos lábios úmidos dela, Ana-Lucia se retraiu e o afastou gentilmente.
- Eu não posso!- disse um pouco corada. – Eu estou saindo com alguém.
James abaixou a cabeça, igualmente envergonhado e ao erguer o rosto novamente, disse:
- Eu também estou saindo com alguém. Me perdoe por...
- Não, tudo bem.- disse ela se levantando do sofá.
Ele olhou no relógio e disse:
- Já está ficando tarde. È melhor eu ir. Obrigado pelo jantar.
James foi até a cozinha e pegou suas compras. Ana o esperou na sala.
- Foi um prazer conhecê-la, Ana-Lucia.- disse ele já se encaminhando para a porta de saída.
- James, táxi não aceita cartão de crédito.- ela brincou. – Eu vou te levar em casa.
- Nada disso.- respondeu ele, sorrindo. – Hoje tenho dinheiro para pagar o táxi e você bebeu vinho demais.- ele apontou para a garrafa quase vazia no chão ao lado do pote de manteiga de amendoim que estava à metade.
- Está bem.- ela disse e se aproximou dele segurando o desenho que tinha feito. James o pegou e observou que embaixo do desenho ela tinha escrito seus números de telefone. – Me liga qualquer dia desses. Eu me diverti muito esta noite.
James agradeceu e pegou o desenho que tinha feito para ela, escrevendo o número do seu telefone.
- A gente se vê, Chica. Boa noite.
- Boa noite.- Ana respondeu e James se foi. Ana-Lucia trancou a porta depois que ele partiu e correu para o telefone. Discou o número de Jack várias vezes, mas ele não atendeu. Deixou um recado na caixa-postal: - Oi, Jack. Eu espero que esteja tudo bem. Só liguei pra dizer que estou pensando em você. Te quero...
Ela desligou o telefone e suspirou recolhendo a garrafa de vinho, copos, colheres sujas e o pote de manteiga de amendoim. Depois que terminasse de arrumar tudo iria dormir. Era melhor não pensar na noite maravilhosa que tivera e na sensação deliciosa dos lábios de James beijando os seus.

Continua...


Última edição por Renata Holloway em Sáb Mar 13, 2010 9:09 am, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
suw
Fãs
Fãs
suw


Mensagens : 89
Data de inscrição : 06/01/2010

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeTer Fev 02, 2010 11:39 am

Yeahhhhhhh!!!

Caps perfeitos!!!

Nossa adorei esse reencontro sana! hahahah ele levantando ela... muito engraçado.

Mana continua q essa fic tah demais!
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSeg Fev 01, 2010 4:05 pm

Capítulo 7- Ei, você!

Uma chuvinha fina caía quando James deixou seu apartamento por volta das seis da tarde para ir ao supermercado. Tinha gastado quase todo o dinheiro que lhe restava pagando o aluguel atrasado e outras despesas como água e luz. Mas sua despensa estava vazia e ele não tinha outra alternativa senão usar o cartão de crédito para pagar por suas compras. Pelo menos agora teria um salário para sustentá-lo enquanto as coisas com Juliet entravam nos eixos.
Ele pensou que enquanto estivesse trabalhando naquela escola deveria ficar o mais longe possível de Cassidy ou ela poderia colocar tudo a perder. Para economizar dinheiro, decidiu ir caminhando até o supermercado mais próximo que ficava a duas quadras de seu prédio. Não gostava de guarda-chuvas por isso preferiu enfrentar os respingos gelados até chegar ao supermercado.
Uma vez lá, pegou uma cesta e começou a selecionar nas prateleiras apenas os gêneros de primeira necessidade, café, biscoitos, macarrão instantâneo, manteiga de amendoim, desodorante, creme dental, espuma de barbear, sabão em pó e detergente para o banheiro. Já estava indo pagar suas compras no caixa quando resolveu pegar um pacote de fritas Pringles e duas cervejas. Que mal haveria em fazer um pouco de extravagância? Pensou.
Mas quando estava passando pelo corredor de molhos e enlatados que levava à prateleira de salgadinhos e bebidas, ele viu uma mulher pequena, de cabelos negros tentando desesperadamente pegar uma lata de molho de tomate e manjericão de uma prateleira muito alta. A cena era adorável. Ela ficava na ponta dos pés em suas botas de cano alto e esticava a mãozinha de dedos longos tentando inutilmente alcançar o que queria. James sorriu. Era impossível não admirar a perseverança dela e o fato de que em nenhum momento ela voltou-se para pedir ajuda. Impossível também era não admirar o traseiro bem feito desenhado pelo corte da calça jeans. Sim, era ela. Sua morena do avião. Ele tinha certeza.
Tendo o cuidado de não fazer barulho, James abaixou sua cesta de compras e caminhou até ela, segurando-a pela cintura e erguendo-a até que sua mão alcançasse o vidro de molho.
- Oh!- ela exclamou, assustada com aquelas mãos grandes e fortes que seguraram sua cintura e a ergueram tão de repente no ar como se ela não pesasse mais do que uma pena.
- Pode fingir que conseguiu pegar o molho sozinha. Eu juro que não conto pra ninguém!- disse James bem-humorado.
Ana-Lucia sorriu e pegou o vidro de molho enquanto ele a colocava no chão. Reconheceu a voz dele de imediato. Era impossível esquecer o acentuado e sexy sotaque sulista. Era o seu companheiro de corridas de táxi.
- Desculpe se te assustei.- disse ele quando ela se virou para fitá-lo.
- Você outra vez?- retrucou ela. – Sempre vindo me resgatar?
- Super-James ao seu dispor. Mas por favor, não conte a ninguém sobre a minha identidade secreta.
- Certo, cowboy.- ela concordou rindo.
James olhou para o vidro de molho que ela segurava e então para as compras dela no carrinho. Massa, queijo, presunto, peito de frango defumado, alguns artigos de higiene feminina, bombons de chocolate, morangos, chantilly em spray e uma garrafa de vinho.
- Hummm, parece que alguém está planejando se divertir essa noite.
Ana ergueu uma sobrancelha e falou:
- Não que seja da sua conta, mas estou comemorando meu novo emprego.
- Sério?- indagou ele. – Mas que coincidência! Também estou comemorando meu novo emprego.
Ela espiou a cesta dele e disse, brincalhona:
- Com certeza uma ótima ocasião para comprar sabão em pó e detergente.
- Você se esqueceu da manteiga de amendoim, mas e quanto a você? O que pretende com chantilly e vinho? Soa quase pecaminoso o que tive em mente agora, sabia?
Ana-Lucia gargalhou.
- Estou morrendo de inveja do sortudo que vai comer lasanha com você.
- Como sabe que vou preparar lasanha?
- Os ingredientes me pareceram óbvios.
- Pensei que os homens não gostassem de cozinha. Quer dizer, à exceção do meu amigo Mike.
- E é o Mike quem vai jantar com você esta noite?
Ela deu uma risadinha e não respondeu.
- Acho que o alarme acabou de soar, não foi? Estou me intrometendo...
- Não, não é com o Mike que eu vou jantar.- ela respondeu, mas também não revelou o nome de seu encontro.
- Bom, fico feliz que tenha companhia para comemorar seu novo emprego, Ana-Lucia.- ele fez questão de cantar o nome dela.
- Então você se lembra do meu nome?
- Como eu poderia esquecer? Garotas como você não se esquecem!
Ana revirou os olhos.
- Você está me paquerando, James?
- Talvez.- respondeu ele. – Estou tentando ser sutil, mas eu poderia ter dito quando vi você: e aí morena, segura no pincel que eu vou buscar a escada!
- O quê? Que raio de cantada é essa?- ela estava gargalhando.
- Eu tive um amigo estúpido na faculdade que costumava usar essa cantada com as garotas baixinhas. Ele era um imbecil!
- É, de fato prefiro o que você disse sobre não se esquecer garotas como eu.
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos. James sentiu algo poderoso se instalar entre eles. Era um sentimento bom de excitação, alegria e completude. Ana também sentiu o mesmo, mas resolveu quebrar o silêncio antes que eles ficassem embaraçados.
- Então, James, também tem companhia para celebrar seu novo emprego?
Ele mordeu discretamente o lábio inferior e fez uma cara triste que poderia comover até a mais durona das mulheres. Mas era óbvio que estava brincando.
- Na verdade, eu fui abandonado, morena. Na rua da amargura.
- Oh, pobrezinho! Quem poderia fazer tamanha maldade com você no dia em que está comemorando seu novo emprego?
- Um ser cruel do sexo feminino.- ele respondeu. – Agora vou comer minha manteiga de amendoim, sozinho.
Ana-Lucia ia dizer alguma coisa quando seu celular tocou. Ela pediu licença pra ele e se afastou um pouco para atender.
- Alô? Oi, eu estou no supermercado comprando umas coisinhas pra gente comemorar.- Ana disse a Jack, muito empolgada.
- Isso é ótimo baby e eu te disse que estou muito feliz por você ter conseguido, mas infelizmente eu não vou poder ir vê-la esta noite.- disse ele com pesar.
- Por que não?- Ana indagou sem esconder uma nota de decepção em sua voz.
- Porque acabaram de trazer aqui pro hospital um casal que sofreu um grave acidente de carro e eu preciso operá-los nas próximas horas. È uma situação muito urgente, me desculpe, querida...eu queria muito ver você...
- Tudo bem, eu entendo.- disse Ana.
- Prometo que vou recompensá-la assim que puder!
- Ok. Nos falamos depois.- ela já ia desligar o telefone quando Jack disse:
- Ana, tudo o que eu queria agora era te beijar, te sentir bem pertinho de mim...te quero!
Ela sorriu e disse, desligando o telefone em seguida:
- Idem.
- Más notícias?- indagou James.
- A pessoa que ia jantar comigo teve um compromisso inadiável.- disse ela.
- Mas que absurdo!- exclamou James. – Aposto que foi um ser cruel do sexo masculino.
Ana riu.
- Foi sim.
- Bem, Ana-Lucia, só lhe resta agora comer sua lasanha sozinha enquanto eu vou pro meu apartamento assistir TV e entornar a manteiga de amendoim, sozinho também...
Ana-Lucia pensou um pouco ao ouvir as palavras dele e teve uma idéia maluca. Não queria passar aquela noite tão importante sozinha. Era o símbolo do seu recomeço afinal.
- James, e se nós...?
Ele ergueu uma sobrancelha.
- Se nós...?
- Você gostaria de vir jantar comigo no meu apartamento?
- Está me convidando pra ir ao seu apartamento no primeiro encontro?- James retrucou, brincando. – Não pensei que você fosse assim tão oferecida. Já basta ter me dado uma bela visão do seu adorável bumbum enquanto tentava desesperadamente alcançar um mísero vidro de molho de tomate.
Ana deu uma risada.
- Molho de tomate com manjericão.- acrescentou. – Além disso, não é o nosso primeiro encontro, James.
- Ah não?
- Não. Nosso primeiro encontro foi no avião quando eu caí no seu colo.
- Sim, isso foi muito íntimo.- concordou ele, mantendo o tom brincalhão na voz.
- Depois você me salvou de um sujeito muito chato e nós dividimos o táxi. Dissemos nossos nomes um pro outro.
- Isso foi mais íntimo ainda.- James acrescentou.
- Então agora é o nosso terceiro encontro.
- Você tem razão, morena. Então não me resta outra alternativa senão aceitar seu convite pra jantar.
- Eu fico feliz que aceite, mas eu tenho uma condição.
- Que condição? Vou logo avisando que eu não sou um cara fácil que se derrete por morenas baixinhas e voluptuosas...
- Ah que pena porque minha condição é difícil.- ela se aproximou dele sorrindo divertida e olhou novamente para a cesta de compras de James. – Vai ter que dividir comigo a manteiga de amendoim.
Dessa vez foi James quem gargalhou. Eles seguiram juntos para o caixa registrador. Ele deixou Ana-Lucia passar na sua frente embora estivesse comprando menos produtos do que ela.
- Você está sendo um cavalheiro ou por acaso quer olhar pro meu traseiro novamente?- ela indagou com um sorriso maroto.
- Não me provoque, mulher!- disse ele, rindo.
Ana observou algumas revistas que estavam junto ao balcão enquanto aguardavam serem atendidos. Era uma revista feminina especial sobre gravidez e os primeiro anos do bebê. Ela sentiu-se tentada a comprá-la e a retirou do suporte, folheando-a. James viu qual era a revista que ela folheava e indagou:
- Está pensando em ter filhos?
- Nunca se sabe.- respondeu ela. – Mas a verdade é que me interesso por vários tipos de assunto. Soaria menos estranho se eu comprasse esta outra revista?- ela mostrou uma revista ao lado da revista sobre gravidez cujo título era: Seja um mestre do xadrez.
- È claro que não.- respondeu James. – Aliás, vou até comprar esta revista, ele puxou uma outra revista abaixo das que Ana tinha pegado. – Cosmopolitan.
Ana-Lucia começou a rir.
- O esmalte que você usa pode dizer tudo sobre quem você é. Acredita mesmo nisto?
- È muito interessante.- disse ela.
- È mesmo, por isso eu vou comprar esta revista.
- Eu não acredito!- disse ela, gargalhando.
Depois de pagarem pelas compras, eles deixaram o supermercado e James a acompanhou até o estacionamento onde estava o carro dela, um sedam prateado, quatro portas.
- Você veio no seu carro?- ela indagou.
- Na verdade, eu vendi o meu carro antes de ir pra Sidney e a minha bike está com o pneu furado então...
Ela estava rindo outra vez.
- Vamos!- ela desativou o alarme do carro dela e eles acomodaram as compras no bagageiro antes de entrarem no carro.
Durante o percurso, ela perguntou:
- Mora muito longe daqui?
- Não, duas quadras do supermercado. E você?
- Eu moro em dowtown.- ela respondeu.
- Nossa! Não é muito perto daqui.- comentou ele. – Por que vem fazer supermercado tão longe?
- Porque gosto de tranqüilidade e ultimamente downtown anda agitado demais pra mim.

Continua...


Última edição por Renata Holloway em Sáb Mar 13, 2010 9:09 am, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Jan 28, 2010 2:24 pm

Citação :
Rê!!! Q cap eh esse?

Hum, não viu nada ainda! (risos)

Capítulo 6- Seguindo a correnteza

Juliet terminou de trazer os pratos sujos do jantar para a irmã que começava a lavá-los na pia. Seu sobrinho Julian brincava com os avó na sala de estar enquanto seu marido Edmund, e o marido de Rachel, Victor conversavam sobre seus últimos investimentos na bolsa de valores. O momento não poderia ser mais propício para conversar a sós com a irmã, ela pensou. Provavelmente teriam cerca de vinte minutos antes que a mãe delas viesse inspecionar a limpeza da cozinha de Rachel como era de praxe.
- Não acredito que sobrevivi a mais um jantar em família.- Juliet brincou com a irmã colocando os pratos sujos sobre a pia. Rachel sorriu.
- Ainda tem mais louça na mesa?
- Não, eu já trouxe tudo.
- Jules, obrigada por ter ido comigo ao exame do Julian hoje. Você sabe como eu fico com a possibilidade de haver algo de errado com ele...
- Não há nada de errado com ele. Você viu o que o neurologista falou. Você se preocupa demais.
- Eu tenho tanto medo que ele tenha herdado o gene que me fez ficar doente...
- Rachel, isso não vai acontecer! O seu câncer se foi e o Julian não vai desenvolver a doença. Você não tem que se preocupar com isso, está bem?
- Está bem. Não precisa brigar comigo!- falou Rachel, fingindo-se de magoada.
- Hey, vai dar tudo certo.- Juliet assegurou a ela.
Rachel assentiu e mudou de assunto enquanto ensaboava os pratos sujos embaixo da torneira aberta.
- Como estão as coisas com Edmund?
- Péssimas.- Juliet respondeu.
- Sinto muito.- Rachel falou sem saber o que dizer. – Já pensou em conversar com ele?
Juliet balançou a cabeça negativamente.
- Como se conversar com ele fosse adiantar alguma coisa. Rachel...eu conheci um cara hoje no banco.
- O quê?- Rachel fechou a torneira.
- É, um cara lindo. Você tinha que vê-lo. Sabe aquele tipo de homem que você começa a olhar e depois não consegue mais parar?
Rachel deu uma risadinha.
- E?
- Fui tomar um café com ele. Ele me convidou, não pude deixar de aceitar.
- Jules, você é casada!
- Ora, Rachel, você sabe como anda o meu casamento. Além do que, o que tem demais em tomar um café em um local público com alguém.
- Certo.- Rachel disse. – Muito bem qual é o nome dessa beldade toda?
- Sawyer.- Juliet pronunciou o nome dele com uma estranha emoção que não passou desapercebida aos ouvidos da irmã.
- Jules, você está me parecendo muito interessada nele. Ele disse a você o que faz?
- Ele é professor de geografia.- Juliet contou. – E adivinha só, ele está precisando de um emprego.
Rachel ergueu uma sobrancelha.
- Ih, já vi tudo!
- Mana... – Juliet começou.
- Quando você começa a me chamar de mana...
- Foi você quem me falou que estava precisando contratar professores novos e o Sawyer me parece um bom sujeito. Por que você não dá uma chance a ele? Marque uma entrevista com ele e avalie o currículo dele você mesma. Se ele não servir para o cargo você não precisará contratá-lo.
- Ai, não sei não, Jules.
- Por favor, mana, faz isso por mim.
- Ok, está bem. Mas vou analisar o currículo dele criteriosamente antes de admiti-lo e se esse for o caso.
- Oh, obrigada, mana. Você não vai se arrepender em contratá-lo. Tenho certeza.- ela abraçou a irmã.
- Pode deixar a bajulação para depois, irmãzinha. Ligue para o seu novo amigo e diga para ele ir à escola daqui a três dias, de manhã bem cedo.
- Pode deixar. Ligarei para ele agora mesmo.
Juliet pegou o celular e discou o número de Sawyer. Ele atendeu após alguns toques.
- Alô?
- Sawyer, sou eu, Juliet Micthell. A moça do banco.
- Claro.- disse ele com voz sedutora. – Como eu poderia me esquecer de você?
- Estou ligando para te dizer que já falei com a minha irmã. Ela quer que você leve o seu currículo à escola dela amanhã bem cedo. Anota aí o endereço. O nome é Escola Primária de Kells...
Do outro lado da linha, enquanto anotava cuidadosamente o endereço da escola que Juliet lhe fornecia, James estava satisfeito consigo mesmo porque o plano estava saindo exatamente como o planejado.
Ao final da anotação ele agradeceu a atenção dela:
- Obrigado por me conseguir essa oportunidade, Juliet. Mas confesso agora que fiquei nervoso com essa entrevista.
- Não tem porque ficar nervoso.- Juliet falou com voz suave. – Tenho certeza de que você irá se sair bem.
- Quer saber de uma coincidência. Eu estava indo mesmo ligar pra você quando recebi sua ligação. Gostaria de convidá-la para jantar daqui a três dias. De repente nós poderíamos comemorar a minha admissão ou não no novo emprego.
Juliet riu baixinho.
- Ok, vou pensar nisso. Foi um prazer. Por favor, me ligue quando souber do resultado do emprego.
- Pode deixar que eu ligo sim.- disse Sawyer, finalizando a ligação.
xxxxxxxxxxxxxxxxxx
- Bom dia. Desculpe se o fiz esperar muito.- disse Rachel Mitchell à James ao recebê-lo em sua sala na Escola Primária de Kells três dias depois. A irmã de Juliet Burke parecia ser uma pessoa muito simpática e agradável, embora não tivesse um terço da beleza e charme da irmã.
Juliet tinha sido muito atenciosa em conversar com sua irmã sobre uma entrevista de emprego para ele na escola que ela dirigia. As coisas estavam saindo melhor do que ele esperava. Além de ter tido a sorte de conhecer uma mulher linda, bem sucedida e que aparentemente estava interessada nele, ela ainda tinha lhe conseguido o emprego do qual ele precisava para manter as aparências. Era importante se mostrar um homem ocupado e independente se quisesse conquistá-la, e ele ainda tinha que descobrir que tipo de relação Juliet tinha com o marido. Já sabia que ele não aprovava de todo a independência da mulher. Partiria daí no intuito de criar uma cumplicidade entre eles.
- È um prazer conhecê-la, Sra Kells.- disse James, polidamente ao tomar um acento à frente da mesa da diretora da escola. – Juliet falou-me um pouco sobre a senhora.
- Ah, por favor, me chame de Rachel.- disse ela com um sorriso. – Minha irmã me disse que precisa de um emprego.
- Pois é. Cheguei há pouco tempo de Sidney e estou tentando me restabelecer em Los Angeles.
- Dava aulas em Sidney?
- Sim. Eu estava numa missão da ONU.- James mentiu mexendo nos cabelos charmosamente. Isso distraía a atenção das mulheres e sempre funcionava. – Ensinava crianças aborígenes.
- Isso é fabuloso!- disse Rachel com empolgação. – Gosta de crianças, então?
- Adoro crianças.
- Você tem filhos?
- Não.- respondeu ele. – Você tem?
- Eu tenho um filho de três anos. O nome dele é Julian.- ela mostrou a ele um retrato que estava sobre a mesa.
James segurou o retrato e olhou com atenção.
- Tem cara de ser peralta.
- E é mesmo!- Rachel sorriu, orgulhosa do filho. – Então Sawyer, trouxe seu currículo?
Ele retirou algumas folhas de papel que estavam dentro de uma pasta preta que carregava. Seu diploma de professor era verdadeiro, embora o nome e a experiência de trabalho que constavam no currículo fossem falsos. James não poderiam se arriscar a usar seu nome verdadeiro quando se tratava de um golpe. E ele precisaria trabalhar naquela escola somente durante o período que levaria para seduzir Juliet e convencê-la a investir dinheiro em algum negócio excuso. Depois disso ele partiria levando todo o dinheiro para longe de LA.
- James Thomas Sawyer. – Rachel leu em voz alta. Currículo interessante. Trabalhou mesmo no centro geológico de pesquisas em Ohio?
- Sim, senhora.- respondeu ele. – Por cinco longos anos.
Rachel fechou o currículo e disse:
- Estou precisando de um professor de Geografia para dar aulas na quinta e sexta séries apenas pelo período da manhã. Vou ser sincera, não é o melhor salário do mundo, mas pelo seu currículo posso ver que é um homem interessado na educação das crianças mais do que em ganhos pessoais.
- Pode estar certa disso, Rachel. Vou adorar trabalhar aqui.
Rachel sorriu e eles apertaram as mãos. Em seguida ela começou a mostrar a ele o conteúdo programático de geografia das turmas que ele assumiria. Logo após a entrevista, ele telefonou para Juliet para falar sobre o resultado.
- Bom dia, Juliet.- disse ele ao telefone após esperar longos cinco minutos para que ela atendesse ao celular.
- Bom dia.- respondeu ela do outro lado da linha. – Muito bom ouvir sua voz logo pela manhã, Sawyer. Desculpe a demora em atender, mas eu estava no banho.
James a imaginou ao telefone usando nada mais que um robe de seda, acabando de sair do banho, os longos cabelos loiros cheirosos e úmidos. Estava muito ansioso para vê-la outra vez.
- Desculpe interromper seu banho...
- Não precisa se desculpar. Eu estava mesmo ansiosa para saber como foi a entrevista.
- Consegui o emprego!- ele contou e a ouviu emitir um som de alegria.
- Ah, isso é muito bom! Eu sabia que Rachel ficaria impressionada com o seu currículo. Eu te disse, não tinha por que ficar tão nervoso.
- Mas eu estava nervoso. Tinha que me ver na sala de espera, as mãos suando...
Juliet riu.
- E então? Pensou no meu convite para jantarmos esta noite?
- Sawyer, eu adoraria jantar com você mas esta noite darei uma palestra sobre reprodução humana na UCLA. Quem sabe podemos jantar amanhã?
- Tudo bem. È claro. Eu tinha que lavar minha roupa suja mesmo.
Ela riu outra vez.
- Amanhã. Prometo que jantaremos. Escolha o restaurante.
- Jules?- ele ouviu o som de uma voz masculina que a chamava.
- Estou indo, Edmund.- ela respondeu com a voz abafada pelos dedos que tapavam a saída de som do telefone, mas James pôde ouvir assim mesmo.
- Está bem. Ligo pra você amanhã. Boa sorte em sua palestra.
- Obrigada, Sawyer. Nos vemos amanhã.
James ficou um pouco chateado por ter que adiar seus planos de jantar com Juliet naquela noite, mas teria que se conformar com isso. Decidiu que ficaria em seu apartamento tomando uma cerveja e assistindo a um programa qualquer na TV, enquanto mentalmente preparava seus planos de sedução para a noite seguinte. Era importante levá-la para a cama e dar-lhe uma noite inesquecível para que passassem ao passo seguinte.
Ele estava deixando a escola quando viu uma menina loira, por volta dos três anos de idade, correndo em direção à mãe que vinha buscá-la e tropeçando nos próprios sapatos desamarrados.
- Clementine, tenha cuidado!- disse a mãe, sorrindo e James sentiu a garganta seca quando reconheceu aquele sorriso. Os cabelos castanhos estavam mais longos e os belos olhos verdes encobertos por um par de óculos de grau, mas ele a reconheceria em qualquer lugar. Cassidy Philips. Sua ex-namorada e mãe de sua filha. A filha que ele renegara, mas para a qual enviava através de um banco que desconhecia o nome, polpudos cheques todos os meses.
Tratou de esconder-se depressa atrás de uma coluna de concreto e ficou observando mãe e filha. Era incrível a semelhança da menina com ele. Com a família de sua falecida mãe. Ela tinha cabelos loiros compridos, ondulados e presos em um rabo de cavalo. Não podia ver a cor dos olhos à distância, mas apostava que eram azuis. Teria suas denunciáveis covinhas no rosto?
Cassidy carregou a filha nos braços, colocando-a no banco de trás do carro e partiu em seguida. James saiu detrás de seu esconderijo. Até quando poderia fingir que sua filha não existia?
xxxxxxxxxxxx
Teresa segurou a mão da filha e entregou-lhe um copo de capuccino, dizendo:
- Vai dar tudo certo, mi hija.
- Eu sei.- Ana-Lucia respondeu.
Elas estavam aguardando serem atendidas pelo chefe de polícia da cidade de Los Angeles. Ele e mais um juiz estavam avaliando as possibilidades dela ser reintegrada à polícia ainda que não fosse na mesma divisão. Àquela altura Ana não se importava para onde a enviassem, só queria retomar sua vida.
Ela sabia que sua mãe tinha tido uma audiência prévia com o Agente Maccalister e o Juiz Norman dois dias antes dela ser recebida na Corte de Reintegração, mas ainda assim estava insegura.
- Eu vou falar com o agente Harrignton. Me dá um minuto?- indagou Teresa ao ver o tal agente passando em frente à porta da sala de espera.
- Tudo bem.- disse Ana afundando-se no sofá preto estofado onde estava sentada enquanto esperava por sua sentença. Seu celular tocou no bolso da calça social escura e ela pousou o copo de capuccino na mesinha do lado do sofá e atendeu.
- Hey, sou eu.- disse a voz de Jack.
Ana sorriu.
- Oi, bonitão.
- Já está aguardando sua vez?- ele indagou. Ana contara parcialmente a ele sobre a comissão julgadora que teria que enfrentar para retornar à polícia. Omitira a parte em que ela atirara no homem que tentara matá-la há oito meses atrás. Jack sabia apenas que ela tivera uma crise de nervos após ter sido ferida em serviço e que por isso ela estava afastada de sua função. Contou a ele também da pressão que sofrera quando tentou se readaptar e de ter pedido demissão por ter brigado com a mãe e ido parar no aeroporto, trabalhando como segurança e que tinha sido assim que conhecera o pai dele.
- Estou roendo minhas unhas aqui.- ela revelou. Estavam saindo desde que tinham feito amor no apartamento dele há três dias atrás e Ana estava gostando muito da companhia dele. Jack era mais velho do que ela e tinha um jeito paternalista, mas também era lindo, gentil e muito doce com ela. Isso sem falar dos arroubos de paixão que lhe acometiam quando lhe roubava um beijo de repente ou lhe fazia uma carícia íntima. Ana achava isso muito excitante. Não tinham tido tempo de fazer amor novamente, mas ela mal podia esperar por isso.
- Não fica assim não, baby. Vai dar tudo certo. Vou ficar pensando em você. Me liga assim que terminar, está bem? E poderemos sair para comemorar.
- Eu telefono sim.- disse ela.
- Te quero muito.- ele sussurrou e ela sorriu.
Teresa voltou nesse exato momento.
- Te ligo depois.- Ana desligou o telefone. Não sabia por que, mas não se sentiu à vontade de falar com Jack perto da mãe.
- Com quem estava falando?- Teresa indagou.
- Com um amigo.- Ana respondeu evasiva.
- Capitã Cortez, Ana-Lucia. Podem entrar.- anunciou o assessor do juiz.
As duas se levantaram e adentraram o gabinete do juiz. Ana-Lucia respirou fundo, controlando o nervosismo.
- Bom dia, Capitã. Srta. Cortez.- disse o Juiz.
Ana e sua mãe responderam ao cumprimento e em seguida cumprimentaram os demais presentes. O juiz abriu os arquivos pertinentes à situação de Ana-Lucia e deu início à longa sessão. Fez diversas perguntas sobre o que aconteceu há oito meses atrás, sobre a crise de nervos de Ana, suas sessões de terapia, o fracasso na reintegração e o pedido de demissão efetuado por ela pouco tempo depois de sua reintegração.
- Qual foi o motivo de sua viagem para Austrália?- o Juiz perguntou por fim.
- Foi um motivo pessoal, excelência.- respondeu ela. – Eu precisei de alguns dias para descansar.
- Estava sofrendo dos nervos outra vez?- o Juiz perguntou. – Seu empregador no aeroporto diz que não liberou sua licença para viajar e que além da senhorita ter abandonado o emprego para ir à Austrália, não o retomou quando retornou. Por quê?
- Porque eu pretendia tentar uma reintegração à polícia.- Ana respondeu, tensa.
- Srta. Cortez estamos com um problema aqui. A senhorita pediu demissão da polícia civil de Los Angeles e em seguida se empregou no aeroporto internacional de LAX como segurança para em seguida abandonar o emprego. Estou levando em consideração o trauma que a senhorita sofreu em serviço, mas suas atitudes mostram uma clara instabilidade emocional.
- Excelência, eu...
O Juiz ergueu a mão para que ela se calasse, pois ainda não tinha terminado de falar.
- Porém, eu ouvi várias pessoas que trabalharam com a senhorita, inclusive seu ex-parceiro Michael O’Neil, assim como a Capitã Teresa Raquel Cortez e o Chefe de Polícia Jonathan Maccalister. Todos são unânimes ao afirmar sobre sua competência trabalhando como policial. No entanto, não posso deixar de lado sua demissão voluntária da polícia, sua súbita viagem para a Austrália e o abandono do emprego no aeroporto.- ele bateu o martelo e disse: - Todos fiquem de pé que irei anunciar a sentença.
Ana-Lucia sentiu o ar faltar-lhe e inalou profundamente oxigênio para dentro dos pulmões. Se o juiz negasse sua reintegração ela teria que começar do zero, de verdade e para isso precisaria do apoio moral e financeiro de sua mãe. Não queria nem pensar nisso.
- Ana-Lucia Cortez, eu a considero reintegrada à Polícia de Los Angeles.
Ana mordeu o lábio inferior, surpresa com o veredicto.
- Mas não será destacada para sua antiga função sob o comando da Capitã Teresa Cortez. Será integrada ao Departamento de Investigação de Crimes Violentos, conhecido como CSI, sob o comando do Agente Daniel Eric Lively.
Ela trocou um olhar significativo com a mãe. Trabalhar no departamento de investigações por si só já era uma enorme responsabilidade, mas trabalhar sob o comando de seu ex-namorado seria um desafio.
- Eu a sentencio a pagar uma multa no valor de 1.000 dólares ao aeroporto internacional de LAX para cobrir os gastos dispensados à sua ausência do emprego por duas semanas. Além disso ordeno que a senhorita retome suas sessões de terapia durante um ano. Será atendida pela doutora Elizabeth Thompson. A Dra. Thompson enviará ao Chefe de Polícia relatórios mensais a respeito de seu progresso com a terapia. Estes relatórios serão repassados a mim e ao final de um ano, dependendo desses relatórios e de seu desempenho trabalhando no CSI, eu assinarei sua reintegração definitiva.
Dito isso, o Juiz bateu o martelo finalizando a sessão.

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
suw
Fãs
Fãs
suw


Mensagens : 89
Data de inscrição : 06/01/2010

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 9:21 am

Rê!!! Q cap eh esse? cheers

Citação :
Pois é, Suw, essa é uma versão melhorada do Jack

Não tenho dúvidas disso mais... (risos)

Continua a fic Rê! Quero ver onde isso tudo vai dah!
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSeg Jan 25, 2010 10:01 am

Citação :
esse Jack hein kkkk quase não reconheço

Pois é, Suw, essa é uma versão melhorada do Jack Laughing

Capítulo 5- Borboletas

Não fazia nem duas horas que tinham se conhecido e Sawyer já gostava de tudo nela. Desde o jeito que ela segurava a xícara de café até a maneira que lhe sorria, recatada e ao mesmo tempo incrivelmente sensual. Seu instinto não estava errado dessa vez. Juliet Burke era uma excelente escolha.
- Então quer dizer que possui sua própria clínica?- ele indagou cruzando os braços atrás da cabeça numa pose bem relaxada.
- Sim, de certa maneira. Tenho sócios, mas o controle geral da clínica é meu.- respondeu ela. – Eu sempre quis ter a minha própria clínica, então me esforcei ao máximo para conseguir isso. Meu marido era totalmente contra a princípio.- ela revelou. – Mas consegui provar pra ele que isso seria o melhor para mim.
“Voluntariosa!”- James pensou. Isso era muito bom.
- E qual é mesmo a especialidade da sua clínica?- ele perguntou. Ela já tinha dito, mas ele estivera tão fascinado com o azul intenso dos olhos dela que havia esquecido o que ela havia dito antes.
- Reprodução humana.- ela respondeu.
- Parece muito interessante.
- Eu considero fascinante.- ela acrescentou. – A maneira como um único espermatozóide consegue ultrapassar tantos obstáculos e fecundar o óvulo é o milagre mais maravilhoso da natureza.
- Eu devo concordar com você.- disse ele, fitando-a de um jeito sedutor. – Mas o que acontece quando um homem ou uma mulher não se enquadram nesse milagre da natureza?
Ela sorriu.
- È aí que eu entro! Infelizmente, por motivos diversos nem todas as pessoas conseguem ter filhos de maneira natural, então eu dou a essas pessoas os meios para conseguir realizar o sonho de serem pais e mães.
- Você vai além do fato de lhes dar esperanças.- Sawyer completou.
A mão dela estava repousada sobre a mesa e Sawyer notou que ela tinha adoráveis dedos longos. Sentiu vontade de tocá-los e aproximou sua mão da dela lentamente, Juliet observou o movimento que ele fez e deixou sua mão parada no mesmo lugar, como a esperar pelo inevitável toque da mão dele, porém o aparelho celular dela soou alto dentro de sua bolsa assustando a ambos e retardando o toque das mãos.
- Oh, me desculpe.- disse ela. – É o meu telefone. Preciso deixar o tom de chamadas nesse volume porque costumo esquecer frequentemente de atender ao meu celular.
Ela abriu a bolsa e virou-se ligeiramente de lado, ficando numa posição mais reservada para atender a ligação.
- Oi, Rachel.- disse ela. – Não, é claro que não esqueci. Está tudo certo para hoje à noite. E o Julian? Ok, eu estou indo me encontrar com você em meia hora. Até mais.
Juliet desligou o celular e disse à Sawyer:
- Obrigada pelo café Sawyer, foi um prazer conhecê-lo, mas preciso ir encontrar minha irmã. Iremos fazer compras para um jantar que darei aos meus pais esta noite.
- Hum, reunião de família é coisa importante.
- Principalmente quando se é filho de pais separados e é preciso estar pronto para se apartar uma briga caso seja necessário.
- Então você está indo para a guerra?
Juliet riu.
- Acho que eu poderia chamar de guerra. Foi realmente um prazer, Sawyer.
Sawyer fez questão de segurar a mão dela ao se despedirem. Fazia parte de seu jogo de sedução não deixá-la ir sem que a tocasse primeiro, para que ela tivesse vontade de vê-lo outra vez.
Juliet sentiu borboletas em seu estômago quando Sawyer tocou sua mão e roçou as pontas de seus dedos por ela, num gesto que parecia casual, mas que na verdade estava repleto de significados eróticos.
- Espero vê-la de novo um dia... – disse ele, soltando a mão dela e lhe dando as costas, mas mentalmente estava contando de 1 até 5 até que ela o chamasse de volta, e foi o que aconteceu.
- Sawyer!- Juliet o chamou antes que ele se afastasse muito. Ele se voltou para ela com um sorriso pronto nos lábios. – Você disse que é professor e está procurando alguma coisa, certo? Bem, minha irmã Rachel é diretora de uma escola, talvez esteja interessado...
James não pensou duas vezes.
xxxxxxxxxxxxxx
- Eu mal posso acreditar que você conviveu com o meu pai durante todo esse tempo e eu...- Jack estava estupefato sobre as revelações de Ana-Lucia a respeito de ter viajado com o pai dele para Sidney. Era coincidência demais.
- Ele falava de você ás vezes.- Ana revelou. – E pelo que dizia, tenho certeza de que ele se orgulhava de você, Jack. Acho que só faltou coragem para que ele te dissesse isso. Ele era um homem muito orgulhoso.
Jack meneou a cabeça, os olhos estavam cheios de lágrimas.
- E no final disso tudo você conseguiu descobrir qual foi o motivo afinal que fez o meu pai ir para a Austrália?
Ana deu um suspiro. Agora vinha a parte mais difícil. Ela não sabia até que ponto Jack sabia sobre o pai, mas ela precisava contar tudo a Jack agora que ele se fora.
- Logo que chegamos lá, nós saíamos para beber todas as noites. Quer dizer, seu pai bebia, mas eu me mantinha sóbria para dirigir de volta para o hotel. Isso durou quase duas semanas até que uma noite ele bateu na porta do meu quarto e disse que tínhamos uma missão. Saímos de madrugada dirigindo pela cidade...
Jack ouvia Ana, muito atento, sem desviar os olhos dela um só minuto.
- Fomos parar em um dos bairros populares de Sidney. Estava chovendo muito, mas ele desceu do carro assim mesmo e foi até uma das casas. Eu fiquei esperando no carro. Naquela casa morava uma mulher, loira, alta, bonita...e eles discutiram por alguns minutos, não pude entender direito do que falavam por causa do barulho da chuva, mas ele começou a gritar e gritar com a mulher. Eu tive que descer do carro para intervir. Quando ele voltou para o carro fico falando sobre a filha dele...
- Que filha?- Jack questionou. – Meu pai não tinha uma filha. Eu sou filho único!
- Jack, estou apenas te contando o que aconteceu. Seu pai tinha bebido nessa noite e eu não sei se...
Jack sentou-se ao lado dela no sofá e baixou a cabeça antes de dizer.
- Parece que eu não sabia quase nada sobre o meu pai.
- Jack eu sinto muito ter vindo aqui te contar tudo isso, não era dessa forma que eu queria que a gente se reencontrasse... – Ana começou a dizer, mas não pôde continuar porque Jack a calou com seus lábios nos dela. A princípio ela ficou surpresa com a reação dele dadas às circunstâncias do momento, mas logo em seguida o beijou de volta. Os lábios de Jack eram tão macios, e o roçar da barba por fazer a deixava arrepiada. Também não podia se esquecer de que ele usava apenas um roupão e o cheiro bom da colônia masculina que ele usava era muito envolvente.
- Não parei de pensar em você desde que nos despedimos no aeroporto... – ele revelou. - Mesmo com tudo que estava acontecendo na minha família com a morte do meu pai, eu só conseguia pensar que iríamos nos ver de novo e terminar o que começamos no avião...
A partir daí, tudo aconteceu muito depressa e Ana-Lucia não pôde mais pensar em mais nada. Jack a puxou para si fazendo com que ela sentasse em seu colo Ele a. agarrou pela cintura e beijou-a, no rosto, na boca e no pescoço antes de mordê-lo suavemente.
Ana-Lucia sentiu aquela mesma necessidade urgente que sentira no avião quando estivera com Jack e guiou a mão dele para seus seios. Jack os tocou por cima da camiseta sentindo o formato deles, pressionando-os levemente antes de tirar a jaqueta dela.
- Você tem um cheiro bom... – ele elogiou beijando o pescoço dela e Ana o empurrou devagar, afundando o nariz no pescoço dele antes de dizer:
- Você também!
Jack a empurrou de volta para trás, ficando por cima dela enquanto sentia as mãos de Ana-Lucia invadindo seu roupão e acariciando-lhe os pêlos escuros do peito. Ele ergueu a camiseta dela para cima revelando-lhe o sutiã estampado com pequenas flores e beijou-lhe a barriga, lambendo ao redor do umbigo. Ana deixou sair um suspiro.
Ele soltou o botão e o zíper da calça dela, puxando-a para baixo. Brincou com o lacinho da calcinha dela.
- Gosto da sua lingerie...mas sei que vou apreciar ainda mais o que tem debaixo dela.
- Está por seu risco.- Ana brincou e Jack deslizou um dedo devagar por cima da lingerie dela, encontrando a fenda de seu sexo.
Ana gemeu e se sentou no sofá deixando que a calça jeans deslizasse por seus pés. Então ela agarrou Jack pelo pescoço, beijando-lhe a boca novamente. Jack tentou tirar a camiseta dela e Ana o ajudou, passando a peça por cima de seus ombros e jogando-a no chão. O sutiã foi a próxima peça a ir embora.
Ele admirou os seios de Ana-Lucia antes de tocá-los. Os mamilos escuros estavam arrepiados. Os seios dela não eram pequenos demais, nem grandes demais. Apenas perfeitos, foi o que Jack pensou roçando seu rosto por eles e então segurando-os com ambas as mãos. Quando ele se abaixou e colocou um dos mamilos na boca, Ana-Lucia acariciou-lhe os cabelos rentes, incentivando-o a prosseguir com a carícia.
- Quero sentir seu corpo junto do meu... – ela pediu sentindo um calor gostoso se espalhar por seu corpo e umidade a preenchendo entre as coxas.
Jack tirou o roupão e colou seu corpo ao dela. Ana gemeu ao sentir os pêlos do peito dele acariciando-lhe os seios. O corpo dele era musculoso e ele tinha uma tatuagem muito sexy em um dos braços. Ana sentiu a calcinha ficar mais molhada só de tocar a tatuagem dele.
Ele fez um passeio completo com a língua pelo corpo dela, mas sabia que não agüentaria muito tempo, precisava penetrá-la, enterrar-se dentro dela e sentir o corpo dela colado ao seu. Colocou a mão dentro da calcinha dela e a acariciou por alguns segundos, pressionando o clitóris e dando prazer a ela. Ana arqueou o corpo como se implorasse para ser penetrada e Jack levantou do sofá de repente, sem nenhuma explicação.
- Jack!- ela chamou arfante sentindo seu corpo inteiro gritar de desespero porque ele parou de tocá-la.
Mas ele não demorou a voltar e para o delírio dela estava completamente nu. Ana admirou o corpo inteiro dele e seu olhar parou estrategicamente no pênis ereto, pronto para possuí-la.
“Uau!”- ela exclamou em pensamento.
O olhar de desejo de Ana-Lucia para o corpo dele deixou Jack ainda mais excitado. Ele se juntou a ela novamente no sofá e entregou-lhe um preservativo. Voltou a beijá-la na barriga, tirando-lhe a calcinha enquanto Ana-Lucia rasgava com cuidado o invólucro do preservativo com os dentes.
- Quer ir pra cama?- ele perguntou deslizando o dedo entre os lábios úmidos da vagina dela, se deliciando com a maciez da pele lisa , quase desprovida de pêlos.
- Não há tempo... – ela respondeu com a respiração alterada, a voz baixa e rouca arrepiando o corpo de Jack.
Ele se deitou sobre ela e a beijou intensamente. Ana o segurou pelos ombros, fazendo com que eles trocassem de posição e ela ficasse por cima. Jack deslizou ambas as mãos pela cintura dela quando Ana se sentou em suas coxas e desceu para o bumbum, acariciando-o com vontade.
Ana tocou o peito dele, passando suas unhas de leve, deslizando pelo abdômen musculoso até chegar aos pêlos íntimos ao redor do membro dele. A respiração de Jack se tornou mais pesada. Devagar, ela colocou o preservativo no pênis dele, deslizando até a base. Depois fez o movimento reverso, acariciando-o.
- Ana... – Jack gemeu, rendido e Ana-Lucia sorriu, safada, erguendo os quadris e esfregando seu sexo no dele.
Jack a segurou pela cintura, ajudando-a se posicionar o suficiente para que seu corpo ficasse no mesmo nível do dele. Quando ela começou a se encaixar, tiveram um pouco de dificuldade, já fazia algum tempo que Ana-Lucia não tinha relações sexuais, mas isso não foi um empecilho para ela, apenas tornava tudo mais excitante.
Ele então a segurou com mais firmeza, seus dedos deixando pequenas marcas vermelhas na cintura dela, mas em alguns segundos ele estava dentro. Ana gritou quando se sentiu ser preenchida por ele e jogou o corpo para trás num gesto muito sensual que deixou Jack ainda mais louco. Ele amou o jeito como ela se balançava para frente e para trás em cima dele, os seios movendo suavemente. Mas ele precisava ver os cabelos dela soltos. Queria ter toda aquela massa negra de cachos espalhadas pelo rosto dela numa cascata revolta e linda.
- Solte os cabelos!- ele disse num tom rude puxando-a contra ele ,mas acrescentou em tom carinhoso: - Solte os cabelos pra mim, amor.
Ana rebolou sobre os quadris dele arrancando suspiros de Jack e ergueu os braços, soltando o elástico dos cabelos e deixando-os cair aos seus ombros.
- Deus- ele gemeu. – Você é tudo que eu sempre quis!
- Jack, que gostoso!- ela gemeu intensificando os movimentos. – Oh, meu...
Num gesto inesperado, Jack a puxou pelos ombros, segurando-lhe os cabelos, porém sem machucá-la e fez com que mudassem de posição no espaçoso sofá e ele ficou por cima dela. Mas o movimento brusco fez com que o pênis dele escapasse de dentro dela.
- Volte... – ela murmurou tentando recuperar o fôlego. – Volte para dentro de mim...
Jack a beijou, enfiando a língua dentro da boca de Ana enquanto seu membro fazia o mesmo entre as coxas dela, desta vez deslizando com muita facilidade para dentro.
- Eu estou aqui, baby, dentro de você... – ele sussurrou lascivo ao ouvido dela. – Dentro do seu corpo quente...
- Hummmmm... – ela gemeu agarrando-o com força, deslizando as mãos pelas costas dele e segurando-o pelo bumbum, beliscando-o.
Os quadris dele se moveram com força contra os dela, movimentos ininterruptos e cada vez mais rápidos.
- Oh baby, eu estou quase lá... – disse Jack segurando as coxas dela para que se abrissem mais para ele. – Assim...
- Não posso agüentar mais!- Ana gritou e o corpo inteiro dela se retesou sentindo os espasmos de um forte orgasmo. Jack se deliciou com as contrações dos músculos dela, prendendo-o dentro de si e liberou-se dentro dela numa sensação de euforia que aos poucos o foi relaxando de toda a tensão que vinha enfrentando nos últimos dias. Era o remédio perfeito para as suas aflições.
Deitou sua cabeça entre os seios dela e por alguns segundos ficou ouvindo as batidas apressadas do coração de Ana. Então devagar ele saiu de dentro dela e rolou para o lado no sofá. Ficaram em silêncio por alguns minutos, deixando normalizar a respiração e a euforia dos corpos enquanto pensavam no que dizer. Foi Ana quem quebrou o silêncio:
- Preciso de um cigarro.- disse espontânea.
- Você fuma?- ele indagou segurando a mão dela na sua.
- Não, eu parei faz tempo.- ela respondeu. – Mas me deu uma puta vontade agora.
Jack riu porque sabia exatamente o que ela queria dizer. Assim que recobrou as forças, ele levantou-se e foi ao banheiro rapidamente para descartar o preservativo, depois voltou e a carregou para o seu quarto, estendendo-a nua entre os lençóis. Havia uma varanda com portas de vidro que davam para uma bela vista do mar. Jack caminhou até elas e puxou as cortinas, deixando o quarto na penumbra.
Ana sentou-se na cama e perguntou:
- Onde fica o...?
Jack apontou o banheiro de sua suíte e Ana levantou-se. Jack não perdeu a oportunidade de admirar o traseiro dela. Pegou um lençol limpo no closet e deitou-se na cama embaixo dele, esperando por ela. Ana saiu do banheiro poucos minutos depois sentindo-se um pouco embaraçada por estar completamente nua, mas sorriu para Jack tentando esconder o próprio embaraço e deitou-se com ele entre os lençóis.
Ele acariciou-lhe o rosto com delicadeza e passou os dedos pelos lábios dela, antes de dizer:
- Obrigado.
- Por ter transado com você?- ela indagou, erguendo uma sobrancelha. Jack sorriu.
- Por ter me falado que o meu pai tinha orgulho de mim.
- Não foi nada.- disse ela se aconchegando ao peito dele.
- As coisas não estão tão ruis pra mim, afinal.- disse ele. – Acabo de fazer amor com a morena mais linda que conheci no aeroporto.
Ana sabia que estava sorrindo como boba, mas dessa vez não se importou. Finalmente em muito tempo parecia ter conhecido um homem realmente especial.

Continua...


Última edição por Renata Holloway em Qui Jan 28, 2010 1:39 pm, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
suw
Fãs
Fãs
suw


Mensagens : 89
Data de inscrição : 06/01/2010

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Jan 21, 2010 9:13 pm

minina essa fic está cada vez melhor...

esse Jack hein kkkk quase não reconheço kkk


rê poste mais!!!!


xD
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Jan 21, 2010 4:06 pm

Suw, obrigada pelos reviews! flower

Capítulo 4- Onde você esteve esse tempo todo?

Foi difícil convencer o senhorio de que James pagaria no dia seguinte tudo o que devia de aluguel pelo apartamento, mas depois de muito se explicar e de usar o seu melhor olhar sedutor com a esposa do homem, ele conseguiu uma resposta positiva. O Sr. Burns prometeu aceitar o pagamento para o dia seguinte até o meio dia, não mais do que isso. James agradeceu a ele, mas os olhares da Sra. Burns diziam que ele teria que recompensá-la muito bem por convencer o marido a aceitar o pagamento atrasado. James tinha que se lembrar de evitá-la pelos próximos séculos.

Por causa de seu compromisso com o Sr. Burns, ele acordou muito cedo no dia seguinte para ir ao banco tirar o resto do dinheiro que tinha para pagar o aluguel, depois ele tentaria conseguir um bom emprego. Quem sabe finalmente usaria seu diploma de professor de Geografia para alguma coisa? Teria que arranjar um novo golpe, mas às vezes demorava bastante até encontrar a mulher e o marido perfeitos para serem enganados e a loira que conheceu no avião estava descartada.

Isso o fez se lembrar da morena que também conheceu no avião. Mas como ele pensara anteriormente, ela não parecia o tipo de garota em quem ele poderia dar o golpe. Porém isso não significava que não estivesse interessado nela. Ela era linda, espirituosa e interessante. James adoraria vê-la outra vez, mas não para dar um golpe. O interesse nela era bem real. Ora, até mesmo um golpista precisava de uma folga para viver a vida real com garotas a quem não estivesse tentando enganar.

James entrou no banco. Havia uma fila enorme para os caixas. Ele praguejou. Não queria perder tanto tempo ali, mas parecia que não haveria jeito. Além de pagar seu senhorio e ir em busca de um emprego, ele precisava fazer algumas compras no supermercado, não havia absolutamente nada em sua geladeira. Fora isso, o apartamento precisava de uma faxina. Teria que reservar algum dinheiro para contratar alguém para limpá-lo.

Em meio às pessoas que tagarelavam na fila do caixa eletrônico, as crianças que corriam pelo banco lotado e os empregados que serviam cafezinho e água para tentar diminuir a espera dos clientes por atendimento, James a viu pela primeira vez. Ela estava se dirigindo à mesa do gerente do banco, deveria ser uma cliente Vip.

Seu primeiro pensamento foi que ela era uma das mulheres mais lindas que já tinha visto. A morena do avião era bonita, vistosa, voluptuosa, mas a mulher no banco era deslumbrante, com um irresistível ar de maturidade no rosto bonito. Deveria ter 35 e 40 anos. Longos cabelos loiros e ondulados que lhe caíam pelas costas. Os olhos eram de um azul profundo e davam à figura dela um ar bondoso, de uma pessoa que gostava de ajudar outras pessoas e se sentia muito bem com isso. Seu andar era altivo, como o porte de uma deusa deveria ser. Sim, ela parecia muito segura de si.

James não pôde deixar de fitá-la por longos momentos, até que ela finalmente se apercebeu disso e o encarou. Num primeiro momento ela pareceu tão extasiada quanto ele ao vê-lo. Mais até. Seus olhos azuis se fixaram no azul dos olhos dele e uma expressão indecifrável passou por seu olhar enquanto ela o observava até que de repente ela desviou o olhar, tímida. James adorou isso.

Sorrindo, ele também desviou o olhar, mas sua mente já estava imaginando como faria para chegar naquela mulher. Ela aparentava ser exatamente o que ele procurava e ele não podia perder a oportunidade de conhecê-la. Ficou imaginando se ela já estava indo embora, mas para seu alívio, ela ainda permaneceu um bom tempo em pé conversando com o gerente do banco. O tempo que ele precisou para conseguir sacar seu dinheiro. Ele ainda teve que esperar alguns minutos para sair do banco com ela ao mesmo tempo e colocar seu plano em ação. O que foi suficiente para que ele pagasse um trocado a um garoto para ajudá-lo em seu plano. A estratégia não foi muito difícil porque ela parecia um pouco distraída quando deixou o banco e não notou quando o garoto puxou da bolsa entreaberta dela a sua carteira.

O menino entregou a carteira da mulher a James e sumiu de sua vista. James ainda esperou alguns minutos antes de se aproximar dela e dizer:

- Com licença, moça, mas você deixou cair sua carteira!

Ela parou e se voltou para ele. Novamente o fitou com aquele estranho brilho no olhar. Como se o conhecesse.
- Moça?- ele indagou erguendo uma sobrancelha e lhe estendendo a carteira.

Ela pegou a carteira das mãos dele e finalmente falou:

- Oh, obrigada. Ando tão distraída que nem vi quando você pagou àquele garoto para roubar minha carteira e poder me devolver depois.

A expressão de James foi de total incredulidade quando ela disse isso e a mulher sorriu, radiante.

- Tenho que reconhecer que foi um excelente golpe. Se não fosse assim acho que eu não olharia duas vezes para você.

James acabou sorrindo também. Ela realmente o tinha surpreendido.

- Bem, se estivéssemos em uma praia, eu poderia fingir que estava me afogando para você vir me salvar, mas...

Ela riu e estendeu sua mão para ele.

- Eu sou Juliet.

- Encantado.- respondeu James. – Eu me chamo Sawyer.

- O prazer é meu, Sawyer.- ela disse. – E então, você costuma assaltar as garotas quando quer paquerá-las?

- Só quando preciso de um pouco de atenção.- disse ele.

Juliet o avaliou por alguns instantes antes de dizer:

- Não me parece que um cara como você precisaria implorar por atenção.

- Agora eu estou lisonjeado. Receber um elogio desses de uma garota como você...

Ela sorriu e disse:

- Tem um café muito bom do outro lado da rua...

James se lembrou que precisava ir pagar o senhorio ou então não teria mais onde morar quando retornasse. Porém, seria muita estupidez da parte dele deixar escapar uma mulher como aquela.

- Você tem outro compromisso?- ela pareceu notar a hesitação dele.

- Não.- assegurou James fazendo um gesto para que ela o acompanhasse até o café do outro lado da rua. O problema com o senhorio se resolveria com apenas um telefonema, afinal já estava de posse do dinheiro. O homem já estava esperando a dois meses, que mal haveria em esperar mais uma ou duas horas?
xxxxxxxxxxxxxx

A marcha do carro estava travando e o motor fazendo um zunido estranho, provavelmente o resultado de muitos dias parado na garagem de seu prédio, pensou Ana-Lucia. Teria que levá-lo à oficina assim que pudesse.

Ela dirigiu pelas ruas movimentadas de LA e não pôde deixar de sentir aquele vazio que sentia toda vez que se lembrava de que já não era mais uma policial e não precisava mais patrulhar. Sentia falta do seu trabalho nas ruas.

- Preciso arranjar uma ocupação logo!- murmurou consigo mesma, a pior coisa seria ficar em casa sem ter o que fazer até que o inquérito sobre o retorno dela à polícia fosse apurado. Ana sabia que apesar do que a mãe lhe prometera, ela não gostaria que sua filha voltasse a ser policial. E lá no fundo, mesmo sentindo falta do tempo das patrulhas noturnas, Ana gostaria de fazer outra coisa na vida. Vinha pensando nisso desde que deixara Sidney.

O doutor Jack Shephard morava em uma cobertura num bairro de Los Angeles tão caro quanto Beverly Hills. Ele pareceu satisfeito ao receber o telefonema de Ana logo de manhã. Mas ela pensava consigo se a satisfação dele perduraria quando ele soubesse que ela esteve com o pai dele em Sidney pouco tempo antes dele morrer. Será que a culparia por isso? Não faria sentido nenhum, afinal viajar para a Austrália tinha sido idéia de Tom, ou Christian como ele se chamava verdadeiramente. A única culpa que Ana-Lucia carregava era para consigo mesma por ter aceitado ir naquela viagem.

Ela estacionou o carro no estacionamento para convidados do edifício e identificando-se na recepção, recebeu permissão para subir até a cobertura de Jack. Dentro do elevador havia um espelho grande e Ana-Lucia mirou-se nele. Usava calça jeans justa, camiseta branca e jaqueta jeans. Os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo.
Enquanto se arrumava para ir falar com Jack pensou em colocar algo mais sedutor como um vestido leve e sandálias rasteiras, mas acabou desistindo da idéia porque ainda não sabia como ele encararia o fato dela ter convivido com o pai dele. Notara desde o momento em que o conhecera que apesar das críticas ao pai, Jack era muito ligado a ele.

O elevador se abriu diante da porta do apartamento dele e para a surpresa dela, Jack já estava lá a esperando. Sorriu radiante ao vê-la e aparentemente também não tinha tido o cuidado de se arrumar para recebê-la porque usava apenas um roupão de banho azul escuro.

- Ana!- disse ele indo cumprimentá-la com um beijo na face. Ela sorriu para ele e brincou sobre o fato dele estar usando roupão.

- Vejo que estava mesmo me esperando.

- Me desculpe.- disse ele parecendo um pouco embaraçado. – Eu fui tomar um banho logo após nos falarmos ao telefone. Eu tinha acabado de chegar do hospital e acabei me envolvendo com uns prontuários que trouxe para analisar e quando dei por mim já era bem tarde. Saí do banho e o porteiro telefonou avisando que você estava subindo.

Ele fez um gesto para que ela o acompanhasse para dentro do apartamento. Ana ficou encantada com o lugar. Bem arrumado demais para alguém que mal tinha tempo para estar em casa.

- Seu apartamento é lindo!- ela elogiou.

- Ah, mas não é mérito meu.- disse ele. – Minha ex-mulher Sarah, foi ela quem decorou o apartamento. Tem algumas coisas que eu gostaria de modificar, sabe? Mas a falta de tempo...

- Bem, ela tinha bom gosto... – disse Ana sentando-se no sofá impecavelmente branco da sala de estar. Se estivesse ali por um flerte com o médico não estaria se sentindo tão desconfortável, mas o motivo que a trouxera até ali a deixava tensa.

- Quer beber alguma coisa?- ele indagou gentil e caminhou até o mini-bar perto da janela.

- Drinques às dez da manhã?

Ele riu.

- Eu pensei que você gostasse de beber nesse horário.- ele provocou mencionando indiretamente a manhã no aeroporto de Sidney onde tinham se conhecido.

- Só quando estou indo voar.- ela respondeu sorrindo, mas sua expressão mudou quando ela acrescentou: - Jack, eu sei que vai parecer estranho, mas eu vim até aqui falar sobre o seu pai.

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
suw
Fãs
Fãs
suw


Mensagens : 89
Data de inscrição : 06/01/2010

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeTer Jan 19, 2010 12:07 am

Eu não preciso mais dizer o quanto estou adorando...

Que momento lindo entre ana e sua mãe... quase que eu chorava aqui! Embarassed

Continua rê!

cheers tah demais!
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSeg Jan 18, 2010 10:09 am

Capítulo 3- Acabou o filme, de volta à realidade

Ana-Lucia passou seu endereço ao motorista do táxi e James fez o mesmo. Pelo menos, ele esperava que aquele ainda fosse seu endereço, que não tivesse sido despejado de seu apartamento por falta de pagamento. Não teve condições de fazer o depósito do dinheiro na Austrália por causa das confusões em que se metera. Esperava que o senhorio compreendesse a situação dele.

Olhou para a moça que vinha sentada ao seu lado no táxi. Definitivamente era atraente, como notara no avião. Mas a juventude dela, de acordo com seus anos de experiência em aplicar golpes indicava que ela não era uma mulher casada, principalmente levando em consideração que ela estivera flertando com o médico no aeroporto pouco tempo antes do sujeito nervosinho aparecer. Estava mais para um caso amoroso mal-resolvido, pelo menos para o tal Danny.

Ele com certeza era mais velho do que ela. James pôde notar pelas linhas de expressão abaixo dos olhos e alguns fios de cabelos grisalhos misturados aos cabelos escuros. O homem se vestia como um investigador. James poderia reconhecer um policial há quilômetros de distância e de repente ficou muito interessado na história daquela mulher. Por acaso ela estaria encrencada com a polícia ou algo assim? Ou simplesmente fora um relacionamento que não dera certo?

- Qual era a do cara no aeroporto?- James teve que perguntar. A curiosidade não o deixou em paz até que o fizesse.

- Aparentemente ele não tinha nada melhor para fazer.- Ana-Lucia respondeu olhando a cidade através do vidro da janela do carro. – Supostamente minha mãe deveria ter ido me buscar no aeroporto mas, o Danny apareceu para me importunar. Eu não estava esperando por isso.

- Ele é seu marido...ex-marido?- James arriscou.

- Ex-namorado, ex-amigo, ex-amante, ex-ser humano...
James riu.

- Então eu estava certo quando decidi interceder por você.

- Acabou há algum tempo.- ela continuou. – Não sei o que ele poderia ter para me dizer.

- Talvez queira voltar...

Ela riu levemente, mas James pôde notar o amargor na risada dela.

- Tem certas coisas que são melhores quando não dão certo.- ela acrescentou.

- Posso entender isso.- disse ele.

- Você ainda não me disse o seu nome.- ela lembrou.

- Ford, James Ford.- ele estendeu a mão para ela.

Ana aceitou a mão que ele estendia.

- Cortez, Ana-Lucia Cortez.

- Seu primeiro nome o nosso amigo no aeroporto me fez o favor de dizer, mas gosto do seu sobrenome também.

- Fico lisonjeada, Sr. Ford. Mas me diga, por que esqueceu sua carteira em casa?- ela brincou com o fato de ele precisar de alguém para rachar a corrida de táxi com ele.

- Problemas financeiros.- respondeu ele com honestidade e em seguida perguntou-se por que se sentia tão compelido a ser honesto sobre si mesmo com aquela mulher, mal a conhecia. Mas a verdade é que não se sentia à vontade em mentir para ela porque sentiu algo de interessante acontecendo entre eles e James poderia contar nos dedos quantas vezes isso acontecera em sua vida. – Por isso eu estou sem dinheiro em cash, como acabei de chegar da Austrália, ainda tenho que passar no banco amanhã e resolver algumas coisas.

- O que foi fazer na Austrália?

Boa pergunta. James pensou. Ele tentou ser o mais sincero possível com ela.

- Acho que estava tentando me encontrar.

Ana ficou pensativa com a resposta dele e disse em seguida:
- Fui para a Austrália pelo mesmo motivo.

O táxi chegou ao endereço de Ana-Lucia primeiro. Eles acertaram o valor com o motorista e Ana deixou sua parte da corrida paga antes de descer do carro.

- Bom, foi um prazer conhecê-lo James Ford.

- Não vai me dar o seu telefone?- ele perguntou com um sorriso sedutor e Ana-Lucia teve uma incômoda sensação de deja vu que não pôde explicar. – Minha mãe me ensinou a não dar o número do meu telefone para estranhos.- respondeu ela com ar de riso.

James sorriu.

- Por acaso ela não te ensinou também a ficar sentada dentro do avião quando o piloto manda apertar os cintos ou a não dividir o táxi com um estranho?

Ela mordeu o lábio inferior de um jeito charmoso e respondeu ä provocação:

- O meu problema é que eu não escuto muito o que a minha mãe diz.

Ele riu e fechou a porta do táxi, dizendo:
- A gente se esbarra por aí, morena.
xxxxxxxxxxxxxxx
Era uma sensação tão boa voltar para casa. Ana-Lucia não imaginava que ficaria tão feliz em ver seu apartamento novamente. Os últimos dias na Austrália pareciam nem ter acontecido agora que ela estava de volta.

Cansada, Ana jogou sua mala num canto do quarto e tirou toda a roupa. Encheu a banheira com água morna e sais de banho. Prendeu os cabelos em um coque e entrou no banho de espuma. Era tudo o que precisava para relaxar.

Ensaboou o corpo inteiro e se permitiu ficar ali imersa na espuma cheirosa. Sabia que tinha um longo caminho a trilhar dali para frente para colocar sua vida nos eixos. Para começar teria que enfrentar a comissão de investigação da Polícia de Los Angeles pelo assassinato que tinha cometido. Sabia que eles levariam em consideração a motivação dela para cometer tal crime ainda que perante a lei a atitude dela não fosse justificável. Daí então haveria inquéritos e mais inquéritos, e ela duvidava que pudesse voltar à ativa na polícia, mas talvez fosse melhor assim. Era hora de começar vida nova, de se permitir fazer outras coisas, quem sabe seguir uma nova profissão?

Fora seus problemas com a polícia, Ana-Lucia queria repensar muito outras coisas, como a possibilidade de ser mãe, de construir uma família. Por que não? Já estava com 27 anos, já era hora de criar certas raízes. Para isso, ela sabia que teria de sair mais e ter um novo relacionamento, e então se desse certo poderiam viver juntos e algum tempo depois pensar em ter filhos. Mas a verdade é que isso levaria muito tempo e Ana não queria ter que esperar por mais quatro ou cinco anos para concretizar o sonho da maternidade.

Pensou em Jack, o médico que conhecera em Sidney. Ele parecia ser um cara legal, maduro, com um emprego seguro. Quem sabe não daria certo com ele? Bom, ele tinha o telefone dela e ela o dele, era só questão de esperar algum tempo até que a crise familiar dele se resolvesse por causa da morte do pai e então poderiam sair e se conhecer melhor. Ana ficou animada com a ideia.

Mas então veio a imagem de James, o sujeito bem-humorado com quem ela dividira o táxi e que a ajudara durante seu ataque de pânico no avião, isso sem falar de que ele a ajudou a se livrar de Danny também. James era um homem muito atraente, mas tinha algo nele que fazia Ana-Lucia pensar que ele era o tipo de homem que não levava nada a sério. Ele era despojado demais. Jack parecia ser mais o tipo que ela estava procurando para tentar algo mais sério.
- Como seria difícil tentar decidir entre os dois! Na dúvida não decidiria e ficaria com os dois!- Ana brincou consigo mesma e sorriu. O banho a estava relaxando bastante e diminuindo o cansaço. Mas quando ela fechou os olhos e recostou à cabeça contra a borda da banheira, a campainha começou a tocar insistentemente. – Ah não, agora não!- Ana resmungou e tentou ignorar o barulho, mas não foi possível.

Finalmente ela levantou-se e tirou a espuma do corpo com a toalha antes de se enrolar no roupão e ir atender a porta. Ela espiou pelo olho mágico e viu sua mãe e Big Mike do outro lado da porta. Ele carregava um enorme bolo de chocolate nas mãos. Sorriu e destrancou a porta.

- Ana!- Teresa murmurou, feliz por ver a filha e abraçou-a como há muito tempo não fazia. – Mi hija, me perdoe por não ter ido buscá-la, fiquei presa em uma missão, mas o Danny se ofereceu para ir te buscar. Não achei uma boa ideia, mas...
- Mama, está tudo bem.- disse Ana-Lucia, tão feliz em ver a mãe que a zanga por ela não ter ido buscá-la no aeroporto passou por completo.

- Que bom que está em casa. Senti tanto a sua falta.- ela abraçava e beijava o rosto de Ana em adoração.
Big Mike pigarreou diante da cena.

- Bom, como ninguém está prestando atenção em mim, então eu vou embora com o meu bolo de chocolate...
- Ah não, Mike! Seu grande bastardo, vem aqui!

Ele entregou o bolo para Teresa e estreitou a amiga nos braços.

- Você faz falta por aqui, Cortez, sabia?

- Você é um mentiroso! Deve ter adorado a minha ausência!

- Como você adivinhou?- Big Mike retrucou sorrindo.

Ana os levou até a cozinha e eles se sentaram para degustar o delicioso bolo de chocolate que Big Mike tinha trazido. A partir daí a conversa girou em torno de amenidades e piadas sobre a polícia. Em nenhum momento alguém comentou sobre a estranha viagem de Ana para a Austrália ou os problemas que estavam por vir. Após uma boa hora de conversa, Big Mike se despediu das duas pois Teresa ainda queria ficar. Tinha muito que conversar com Ana.

Depois que ele se foi, Ana convidou a mãe para se sentarem no sofá da sala de estar. Teresa se surpreendeu quando Ana veio ficar junto dela e deitou a cabeça em seu colo como quando era menina. Ela gostou daquele contato e acarinhou os cabelos cacheados da filha em suaves movimentos.

- Senti tanto a sua falta, mi amor...- disse Teresa agora tomada pela emoção. – Cheguei a pensar que nunca mais estaríamos juntas.

- Por que pensou isso?- Ana perguntou. – Por que eu viajei para Sidney sem lhe contar nada?

Teresa meneou a cabeça.

- Eu tive um sonho, ou melhor, um pesadelo depois de ter falado com você ao telefone. Eu estava ansiosa para que você voltasse e nós pudéssemos nos entender, e eu queria te ajudar, hija!

- Eu sei, madre...

- Mas aí sonhei que você estava no avião voltando para Los Angeles e algo acontecia. O avião começava e cair e você ficava desesperada, com medo e eu não estava lá para te abraçar. Então o avião caía no oceano e eu recebia a notícia de que nunca mais veria você de novo.- Teresa tinha lágrimas nos olhos e beijou a testa de Ana.

- Houve uma turbulência durante o pouso.- Ana contou. – Fiquei com medo mas um dos passageiros me ajudou.

Ana ergueu o rosto para olhar para a mãe.

- Eu estou aqui agora, mãe e não vou a lugar algum. E eu só queria dizer que...eu sinto muito por tudo o que eu fiz. Por não ouvir você, por tentar resolver as coisas do meu jeito. Mama, eu matei o Jason!- agora era Ana quem estava chorando, seu corpo tremia com aquela revelação. Teresa a abraçou forte. – Eu o matei, mamãe porque eu não podia aceitar que ele tivesse assassinado o meu filho. Eu o queria tanto e ele...

- Eu sei, mi cielo(querida) , eu sei...

- Eu fui tão irresponsável, mãe! Mas eu juro que nunca mais farei uma coisa dessas de novo. Tudo o que eu quero é recomeçar e preciso que a senhora me ajude...

- Terá toda a ajuda que precisar. Você é minha filha e eu te amo!

- Eu também te amo, mãe!- as duas se abraçaram e Ana se permitiu chorar como não vinha fazendo desde que sua vida começara a desandar. – Ah, mamãe eu sofri tanto porque queria ter um bebê e a chance foi arrancada de mim. Os médicos me desacreditaram. A probabilidade de eu conceber uma criança é pequena...

- Não fique desse jeito, Ana-Lucia. Há muitos tratamentos que você pode tentar quando chegar a hora, não deve se torturar tanto. Eu sempre vou estar do seu lado, sempre e nunca mais duvide disso!

Ana-Lucia chorou até não restarem mais lágrimas. Quando a crise passou, ela se sentiu leve como uma pluma. Era como se pudesse sentir a semente da felicidade brotando dentro de seu ser novamente. Ela pediu à mãe que não fosse embora, que passasse a noite no apartamento. Teresa concordou e elas conversaram por horas, relembrando bons momentos do passado antes de finalmente adormecerem juntas na cama de Ana.

No dia seguinte, Ana-Lucia acordou tarde e sua mãe já tinha ido embora. Ela preparara o café da manhã e deixara um carinhoso bilhete na geladeira dizendo que ligaria mais tarde.

Ana-Lucia comeu as panquecas com queijo que sua mãe tinha preparado e tomou uma generosa caneca de café. O jornaleiro já tinha passado para deixar o jornal e ela aproveitou para se inteirar das notícias. Seu gato Teobaldo pulou em seu colo quando ela se ajeitou no sofá para ler usando apenas seu roupão de banho.

- Olá, Téo. Ainda não tinha te visto. Por onde andou?- o gato malhado ronronou. A mãe dela provavelmente deveria ter dado comida a ele também.

Ela colocou o animal em seu colo e o acariciou enquanto lia o jornal, mas ao virar a página, uma notícia nos obituários chamou-lhe a atenção e ela leu em voz alta:

- Morre aos 58 anos um dos maiores neurocirurgiões dos Estados Unidos, Christian Shephard. Ele estava visitando a Austrália quando teve um ataque cardíaco fulminante em seu quarto de hotel...Oh, meu Deus!- Ana exclamou, chocada ao ver a foto do médico estampada no jornal, o reconhecendo de imediato.. – Tom? Você está morto? Eu não posso acreditar!

Ela leu mais algumas informações sobre a morte do homem que a levara para a Austrália como guarda-costas até que quase caiu do sofá ao ver outra fotografia dele, dessa vez junto com a esposa e o filho.

- God damn it! (Caramba) O Jack é o filho dele? Então esse tempo todo...

Ana levantou do sofá e foi correndo para o quarto pegar a jaqueta que usara no dia anterior e retirou do bolso o cartão de visitas de Jack. Ele parecia muito abalado com a morte do pai e precisava de alguns esclarecimentos. Ana-Lucia decidiu que contaria tudo a ele sobre a viagem que fizeram. Quem sabe isso poderia ajudar em alguma coisa?

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
suw
Fãs
Fãs
suw


Mensagens : 89
Data de inscrição : 06/01/2010

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeDom Jan 17, 2010 9:18 am

cheers cheers cheers

yeahhhhh!!! A fic tah demais rê! já estou viciada...

hum... quem diria ver o jack assim!!!!

estou adorando... não demora a postar! xD
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeSex Jan 15, 2010 6:21 pm

Capítulo 2- Morta-Viva

Ana-Lucia pressionou a mão direita com força sobre o abdômen e respirou fundo. Ela tinha certeza de que estava sangrando. A dor fina se espalhava por seu corpo inteiro. Porém, a roupa não estava úmida com seu sangue. Era estranho. Como poderia estar sangrando e não sentir o sangue sobre seus dedos?

Ela resolveu abrir os olhos e por um momento ficou muito confusa sobre o lugar onde estava até que se deu conta de que estava em um avião, sentada na poltrona que dava para a janela. Seus olhos foram atraídos para a abertura claustrofóbica da janela onde só se podia ver as nuvens sobre as quais a aeronave pairava.

Ana puxou as cortinas e relaxou recordando-se de todo o seu dia antes de embarcar naquele avião. Tinha deixado a Austrália por volta das dez da manhã depois de se despedir do homem de quem sequer ela sabia o nome. O homem que a levara para a Austrália como sua guarda-costas. Que estupidez tinha sido aquela viagem. Agora estava voltando para Los Angeles com o propósito de se reconciliar com sua mãe, resolver seus problemas com a justiça e recomeçar do zero principalmente.

Talvez o pesadelo que teve enquanto cochilava em sua poltrona do avião se devesse ao nervosismo de voltar para casa e ter de lidar com as situações das quais tinha fugido. Sonhara que tinha levado um tiro no abdômen. Mas não era um dos três tiros que levara em serviço algum tempo atrás, o que ocasionara a perda de seu filho não nascido e o fim de um longo relacionamento, mas um tiro novo disparado por alguém que ela sentia conhecer, mas que a tinha traído no momento em que ela mais precisava confiar em alguém. Era mesmo um sonho muito estranho.

- Acordada?

Ela ouviu uma voz masculina agradável e suave perguntar a ela. Ergueu o rosto para identificar o dono da voz e sorriu recordando-se dele. Era o homem com quem tinha trocado algumas palavras no bar do aeroporto antes do embarque e com quem tinha prometido tomar um drinque no avião.

- Olá, Jack! Foi muito difícil achar o endereço?- Ana gracejou oferecendo o assento ao lado do dela para que ele se sentasse.

- 42 F!- disse ele, sentando-se. – Nossa! O lugar onde Judas perdeu as botas!

Ana-Lucia riu levemente. Ele até que tinha senso de humor para alguém que estava viajando de volta para casa com o corpo do pai em um caixão no cargueiro do avião.

- Cheguei a pensar que tinha se esquecido do nosso drinque.- ela comentou.

- Nada disso!- retrucou ele. – Você me deixou muito curioso.

- Curioso sobre o que?- ela quis saber, erguendo uma sobrancelha.

- Curioso sobre você.- ele respondeu com ar sedutor, mostrando a ela as garrafinhas de bebida alcoólica que Cindy, a sorridente aeromoça tinha tido a gentileza de lhe oferecer.

A partir daí, a conversa fluiu livremente. Jack era um cara muito interessante e atraente. Foi isso que fez com que ela puxasse assunto com ele no bar e agora que estavam assim tão ä vontade, não levou muito tempo para que começassem a se beijar. Foi ele quem tomou a iniciativa, tocando os lábios dela com os dele, primeiro bem suavemente, para depois intensificar o beijo tocando a ponta da língua dela com a dele.

Ana-Lucia sentiu uma sensação gostosa tomar conta de seu corpo quando Jack começou a beijá-la e as coisas começaram a esquentar bastante. Ela sentiu uma vontade incontrolável de encostar seu corpo ao dele, de sentir a pele quente dele de encontro ä sua. Seguiu esse desejo e deixou-se envolver em um abraço apertado, sensual. Jack deslizava a língua pelo lóbulo de sua orelha e o som da respiração descompassada a estavam arrepiando inteira. Os bicos de seus seios estavam doloridos de vontade de serem acariciados.

Sem pensar duas vezes, Ana-Lucia pegou a mão grande e macia de Jack e trouxe para junto de seu seio, sussurrando no ouvido dele:
- Toque-me...

Jack deixou escapar um gemido e num movimento muito discreto colocou sua mão dentro da jaqueta dela, enfiando-a em seguida dentro do top preto. Ainda bem que tinha resolvido tirar a camiseta branca que vestia antes por cima do top porque estava muito calor. Agora podia sentir o toque da mão de Jack sobre seu seio sem nenhum empecilho.

- Eu queria tirar você daqui e beijar cada pedacinho do seu corpo!- ele sussurrou pressionando a palma da mão contra o mamilo enrijecido dela. Ana gemeu suavemente e mordiscou a orelha dele.

- Não curto transar em banheiros de avião.- ela gracejou. – São muito apertados pra mim.

- Também não sou um adepto da idéia!- Jack riu baixinho e beijou-a mais uma vez deslizando o polegar pelo mamilo dela e fazendo movimentos de vai e vem com sua língua dentro da boca de Ana.

O barulho do carrinho de bebidas se aproximando fez com que Jack tirasse a mão de dentro do top dela e se ajeitasse na poltrona. Cindy apareceu com seu olhar sorridente, mas ao vê-lo com Ana-Lucia pareceu nitidamente ficar chateada e indagou com a voz seca:
- Precisam de alguma coisa?

- Estamos bem.- respondeu Ana, passando seu braço pelo de Jack como se tivesse pressentido os ciúmes da aeromoça.
Ela deu um sorriso falso e em seguida acrescentou:
- Sr. Shephard, eu detesto interromper, mas gostaria de avisá-lo que iremos pousar em pouco mais de quinze minutos, então seria melhor que o senhor estivesse em seu lugar para o desembarque. Normas da empresa.

Jack deu um suspiro de frustração, mas sorriu simpático para a aeromoça.

- Está certo, Cindy. Logo estarei de volta.

- Eu não quero chateá-lo, mas é que...

- Tudo bem, sei que só está fazendo o seu trabalho.

A aeromoça pareceu satisfeita com a resposta dele e se afastou. Jack pegou a mão pequena de Ana-Lucia na sua e a beijou.

- Vaca!- Ana xingou a aeromoça, mas estava sorrindo.

- Eu queria levar você a algum lugar especial quando o avião pousasse, mas eu tenho que...

- Você precisa cuidar do seu pai. Eu sei.- disse ela.

- Depois que tudo isso acabar, Ana, e eu espero que acabe logo, nós podíamos sair pra jantar, sei lá...realmente gostei de você. Uma única coisa boa nessa merda de viagem!

Ana o puxou pela nuca e o beijou suavemente antes de pegar sua bolsa e retirar uma caneta e um bloquinho de papel anotando o número de seu telefone.

- Me liga quando tudo isso acabar, Jack!

Ele sorriu para ela e a beijou mais uma vez antes de se levantar e caminhar de volta para a poltrona 23 B.

Poucos minutos depois, o aviso para apertar os cintos foi aceso e a voz de uma aeromoça se fez ouvir:
“Atenção passageiros, apertem os cintos e desliguem os celulares. Mantenham-se em seus lugares pelos próximos vinte minutos. Estamos pousando em Los Angeles.”

Ana-Lucia apertou o cinto e esperou tranquilamente o avião pousar, porém foi nesse momento que ela sentiu o avião mergulhando em um vácuo profundo, tremendo pesadamente logo em seguida. Ana arfou aterrorizada, odiava voar o bastante para se ver desesperada numa situação como aquela. Impelida por esse sentimento de desespero ela afrouxou o cinto de segurança e resolveu ir se sentar com Jack. A presença dele poderia fazê-la sentir-se mais segura.

Mas ela não teve tempo de chegar à poltrona 23 B porque no meio do caminho o avião balançou outra vez e ela se viu sentada no colo de um homem, tendo que se agarrar às coxas dele com as unhas para não tombar ao chão.

Ela sentiu-se ser segurada por mãos ágeis grandes e fortes. Sentiu um estranho prazer em ser segurada daquela forma, era como a proteção que ela estava procurando.

- O que está acontecendo?- ela indagou em meio à gritaria. Estava com medo de que ele dissesse: o avião está caindo!

- Não faço a menor idéia!- a resposta dele foi evasiva, mas o que surpreendeu Ana foi o sermão que veio depois:. – Mas por acaso você não percebeu que a aeromoça pediu para apertarmos os cintos e permanecermos em nossos lugares?

Aquele sermão a deixou zangada, embora ele estivesse certo no que dizia. Mas uma das coisas que Ana-Lucia mais odiava na vida era ser chamada a atenção.

- Por acaso eu ouvi o aviso! Mas se algo está acontecendo agora e vamos morrer antes desse avião pousar, homem, eu diria que não deveria estar me censurado por ter me levantando após ouvir o aviso.

Mais um movimento em falso do avião e o homem quase caiu da poltrona dessa vez levando Ana consigo. Mas a força que ele tinha nos braços era impressionante e ele conseguiu se manter sentado na poltrona com ela no colo até que tudo acabasse.

Ana-Lucia respirou aliviada quando eles sentiram as rodas do avião baterem no chão e a velocidade da aeronave diminuir até o pouso ser completo. Assim que o avião parou Ana ouviu as pessoas conversando sem parar e o barulho de crianças chorando.

- Mas o que diabos aconteceu?- resmungou o homem que ainda a segurava e em seguida ele olhou para ela com ar divertido:

- Bem, o perigo já passou, mas eu não vou reclamar se a senhorita quiser continuar no meu colo até sermos liberados.

Ana-Lucia corou àquele comentário, e embora estivesse muito agradável estar sentada no colo dele, ela se ergueu após ouvir o comentário brincalhão dele. Mas quase se arrependeu logo em seguida porque sua cabeça tinha ficado zonza por causa dos solavancos do avião.

“Senhores passageiros...”- Soou a voz da aeromoça outra vez. “Tivemos alguns problemas com o trem de pouso, mas conseguimos pousar em segurança no aeroporto de Los Angeles. O piloto pede que permaneçam sentados até que possamos liberá-los. Desde já agradecemos a compreensão, tenham um bom dia.”

- Um bom dia é o cacete!- xingou ele e Ana-Lucia teve vontade de rir do jeito rabugento dele. Era mesmo um homem muito atraente, com um adorável sotaque sulista, alto, forte, cabelos loiros que passavam das orelhas dando-lhe um ar rebelde e incríveis olhos azuis. Ele pareceu notar que ela estava um pouco zonza e perguntou de forma gentil com seu acentuado sotaque. – Você está bem, chica?

- Sim, obrigada.- ela respondeu na falta de algo melhor para dizer. Na verdade, agora que a situação estava sob controle ela se sentia embaraçada por causa de seu ataque de pânico e antes que ficasse corada na frente dele novamente, resolveu seguir seu caminho.

- Hey!- ela o ouviu chamá-la no meio da multidão e voltou-se para ele.

– Você não ouviu o que a aeromoça acabou de dizer sobre esperarmos um pouco?

- Não costumo seguir regras!- ela quase sorriu à pergunta dele, pensou em fazer uma piada sobre ele estar sempre a postos caso ela precisasse ser salva de novo, mas acabou dizendo somente isso.

- Percebi!- foi tudo o que ele disse, talvez Ana esperasse que ele dissesse um pouco mais mas sua atenção se voltou para um garoto de seis anos com a camiseta toda manchada de vômito. Ele vinha acompanhado pela irmã mais velha. A pobrezinha não sabia mais o que fazer para acalmá-lo, por isso Ana-Lucia decidiu intervir.

- O que houve?- ela perguntou às crianças.

- Ele ficou assustado e vomitou.- respondeu a menina, um pouco impaciente.

- Oh, pobrezinho!- disse Ana. Crianças sempre a comoviam – Deixe-me ajudá-lo! Como é o seu nome?

- Za-ck...

- Onde está sua mãe, Zack?

- Ela está nos esperando lá fora, no aeroporto.- respondeu a irmã.
Ela se agachou para ficar da altura do menino e disse:

- Zack, vai ficar tudo bem agora. Sua mãe está lá fora esperando por você. Mas você não quer aparecer sujo desse jeito para ela, não é?

- Hum-Hum!- disse o menino.

- Você é a irmã dele?- Ana perguntou.

- Sim, sou a Emma.


- Emma, vamos levar o Zack ao banheiro para limpar isso?- Ana-Lucia perguntou já esperando por uma resposta positiva e foi o que aconteceu.– Moça, moça!- ela chamou pela aeromoça Cindy, a mesma que tinha ficado ciumenta ao vê-la com Jack.– Cindy, eu sou Ana-Lucia, essas crianças estão viajando sozinhas, por acaso o comandante...

Ela cuidou do menino, ajudando-o a limpar-se e trocar de camisa e ficou com as crianças até o desembarque quando então os devolveu para a mãe. Ana se sentiu muito bem quando pisou em solo firme outra vez. Achou que nunca sairia daquele avião quando ouviu dizer que uma fugitiva da polícia que estava viajando com eles fugira causando tumulto durante o desembarque. Mas felizmente correu tudo bem.

Voltou a encontrar Jack quando foi buscar sua bagagem no setor de desembarque. Ela esperava ver sua mãe esperando por ela do lado de fora do vidro, mas não a avistou. Jack disse que estava esperando liberarem o corpo de seu pai, que sua mãe estava vindo. Ana-Lucia o abraçou cortesmente e lhe desejou os pêsames. Jack agradeceu-lhe a gentileza com um beijo intenso que a deixou quase de pernas bambas. Algumas pessoas ficaram olhando, mas ele não pareceu se importar com a opinião dos outros.

- Fiquei preocupado com você quando tivemos a turbulência e tentei ir encontrá-la.- ele revelou quando parou de beijá-la. – Mas não consegui sair da minha poltrona e a senhora que estava na poltrona ao lado da minha começou a passar mal...
- Acho que ouvi alguma coisa sobre seus atos heróicos dentro do avião.- disse ela, beijando-o mais uma vez. – Mas não precisa se preocupar, eu estou bem.

Após sair do setor de desembarque e se despedir de Jack, Ana não resistiu fumar um cigarro na calçada em frente ao aeroporto enquanto esperava pela mãe. Ela já deveria ter chegado. Não entendia porque Teresa demorava tanto. Ela tinha garantido à filha que estaria no aeroporto quando chegasse.

Ana-Lucia sentiu uma vontade inexplicável de chorar naquele momento. Não sabia por que precisava tanto ver a mãe. Era um sentimento estranho. Sentia como se nunca mais fosse vê-la. Na verdade vinha sentindo isso desde o vôo, mas tentou calar dentro de si aquele estranho sentimento.

- Hey, Ana!
Ela ouviu a voz de Jack chamá-la e voltou-se. Sorriu para ele. O médico parecia mesmo muito interessado nela para ir procurá-la pouco tempo depois de terem se despedido. Ele segurava um cartão de visitas na mão e entregou a ela. Ana-Lucia apanhou o cartão e leu: - Dr. Jack Shephard, neurocirurgião, hospital St. Sebastian...òtimo! Se eu precisar de uma cirurgia ligo pra você!

- È que não quero perder você de vista.- disse ele tocando na mão dela. – Me deu seu telefone mas eu quis te dar o meu.

- Obrigada.- Ana agradeceu.

- Ana-Lucia?

Uma voz masculina conhecida a chamou dessa vez, mas Ana-Lucia não gostou nada de escutá-la. Quando se virou para o homem que a chamara seu olhar era de aborrecimento.

- Oi.- disse o homem aparentando embaraço em falar com ela, ao mesmo tempo em que olhava para Jack com certa hostilidade.

- O que está fazendo aqui, Danny?- ela indagou sem se importar com o tom nitidamente aborrecido que usou na frente de Jack para falar com ele.

- Eu vim pegar você. Sua mãe está numa missão e não pôde vir.- ele respondeu de imediato, como se tivesse treinado aquela fala por horas antes de chegar ao aeroporto.

Jack avistou o carro de sua mãe chegando e disse à Ana:

- Preciso ir agora. Ligo pra você em alguns dias, mas se você quiser...

- Eu ligo pra você amanhã, Jack.- Ana-Lucia disse em desafio fitando os olhos escuros de Daniel Lively, seu ex-namorado.
Jack deu um beijo no rosto dela e se afastou caminhando depressa em direção ao carro da mãe que tinha acabado de estacionar e descera do veículo toda vestida de preto correndo para abraçar o filho.

- Amigo seu?- Danny indagou olhando para Jack e a mãe. Ana não respondeu.

- Danny, não precisava ter se dado ao trabalho de ter vindo até aqui. Eu posso tomar um táxi!

- Não, eu posso levar você. Não será trabalho nenhum.- insistiu ele tentando pegar a mala dela.

- Muito obrigada Danny, mas não precisa!- disse Ana puxando a mala de volta.

- Não, eu faço questão! Eu queria mesmo conversar com você e...

Ela se voltou bruscamente para ele nesse momento.

- Daniel, eu não tenho nada pra conversar com você e muito menos irei a qualquer lugar com você!

- Mas Ana...

- Ah, aí está você!- James interrompeu a conversa deles, surpreendendo Ana. Depois de descer do táxi que não aceitava cartão de crédito e de perceber que não tinha dinheiro suficiente em cash para pagar pela corrida, ele a viu conversando com outro homem. E dessa vez ela não estava sorrindo, parecia bastante perturbada com aquela conversa. Ele já a tinha ajudado uma vez no avião, não custava nada ajudar de novo. – Eu pensei que tinha se esquecido de que combinamos de dividir o táxi!

Ana-Lucia olhou para ele por alguns segundos que lhe pareceram intermináveis e naqueles torturantes instantes James pensou que ela fosse indagar do que diabos ele estava falando, mas ao invés disso, ela sorriu para ele e falou para o sujeito que tentava tirar a mala das mãos dela:

- Me desculpe Danny, mas eu já tinha prometido a ele que dividiríamos o táxi, então...

- Mas eu disse à sua mãe que viria buscá-la... e quem é esse sujeito, Ana-Lucia?- o homem parecia estar à beira de um ataque de nervos.

- Ana-Lucia... – James pronunciou o nome dela com segurança, embora fosse a primeira vez que o fizesse. Tinha sido muito providencial que o sujeito tivesse dito o nome dela. – Eu realmente preciso ir agora, se for um inconveniente pra você dividir o táxi comigo então...

- De maneira alguma.- retrucou Ana-Lucia dando um puxão em sua mala, quase fazendo Danny cair para trás. –Nós tínhamos combinado isso, então vamos indo. Adeus Danny!

- Ana!- ele ainda a chamou, mas ela caminhava apressada ao lado de James que fez o sinal para que o próximo táxi parasse.

- Obrigada por me ajudar...de novo.- acrescentou ela.

- Não foi nada.- respondeu ele. – Estou precisando de ajuda também. Parece que os táxis do aeroporto não aceitam cartão de crédito e eu preciso mesmo dividir o táxi.

Ana riu.

- Está mesmo falando sério?

- Sim, senhora.- respondeu ele.

- E se eu tivesse dito que não sabia do que você estava falando?- ela arriscou com um sorriso travesso no rosto. – Com que cara você ficaria?.

- Você não diria isso.- devolveu ele. – Pela sua cara, moça, estava louca para se livrar daquele sujeito!

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
suw
Fãs
Fãs
suw


Mensagens : 89
Data de inscrição : 06/01/2010

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Demaiss!!!   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Jan 14, 2010 9:36 pm

Muito boaaaaaaaa essa fic! Adorei poste logo o prox cap!!!

nossa adoro como vc representa od personagens de lost! Sempre conserva as características deles!

valew! cheers
Ir para o topo Ir para baixo
Mah
Fãs
Fãs
Mah


Mensagens : 26
Data de inscrição : 11/01/2010
Idade : 49
Localização : Rio de Janeiro

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Jan 14, 2010 2:50 pm

como boa tarada de plantão!!!
essa fic é mara!!! muito mara!!!

amiga! tô feliz que vc a colocou aqui!!!
eeeeeeeeeeeeeeee

cat
Ir para o topo Ir para baixo
Renata Holloway
Fãs
Fãs
Renata Holloway


Mensagens : 96
Data de inscrição : 12/01/2010
Idade : 41
Localização : Pandora

Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitimeQui Jan 14, 2010 9:21 am

Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens não me pertencem. Esta fanfiction não possui fins lucrativos.
Categoria: Romance/ Angst/ Drama
Censura: Smut (CONTEÚDO ADULTO)

Sinopse: E se Daniel Faraday estivesse certo? Jack acreditava nele e por isso conseguiu levar seu plano adiante mesmo com as possíveis conseqüências. Agora, após a explosão da bomba de hidrogênio na ilha, todos estão de volta à civilização. O vôo 815 pousa em Los Angeles. A vida se transforma num centro de reabilitação para todos aqueles que desejam mudar o que que está errado em suas vidas. Mas seria mesmo possível mudar a história ou certos acontecimentos que ocorreram na ilha permanecerão imutáveis?.

SULIET/SANA

Rehab

Prólogo

De repente um ruído insuportável tomou conta de tudo ao redor. Era impossível gritar, respirar ou até mesmo pensar. Uma cegueira branca instalou-se nos olhos de todos e então acabou. Tão rápido quanto tinha começado.

Capítulo 1- Ensaio sobre a cegueira


“Atenção passageiros, apertem os cintos e desliguem os celulares. Mantenham-se em seus lugares pelos próximos vinte minutos. Estamos pousando em Los Angeles.”

Um burburinho de adolescentes nas poltronas de trás da sua despertou James Ford bem a tempo de ouvir o aviso da aeromoça. Ele se mexeu desconfortável na cadeira estofada do avião e afivelou o cinto. A mesma aeromoça bonita que lhe servira bebida duas vezes durante o vôo passou por ele e deu uma piscadela. Ele sorriu embora estivesse com dor de cabeça. Às vezes se perguntava por que seu poder de persuasão com as mulheres era tão grande. Não se achava lá grande coisa.

Esfregando os dedos nas têmporas, James esperou que o avião seguisse seu curso e pousasse no aeroporto de Los Angeles. Ele já estava há algum tempo fora do país, viajando pela Austrália. Viajara para lá para acertar contas com o homem responsável por destruir sua família, mas o tiro saíra pela culatra quando ele assassinara o cara errado. Não era o que ele pretendia, mas agora estava feito. E depois disso ele acabou sendo deportado do país por brigar no bar com o ministro da agricultura australiano. Jamais poderia retornar à Austrália por causa disso. Também como poderia saber que o ministro da agricultura era um alcoólatra e freqüentava bares de quinta categoria?

- Que se dane a Austrália!- ele resmungou.

De repente, o avião deu um rasante seguido de um solavanco. Um pouco assustado e com uma estranha sensação de familiaridade, James segurou-se ao apoio da poltrona com ambas as mãos. Foi nesse momento que uma mulher caiu literalmente no colo dele. O avião então balançou mais uma vez e em meio aos gritos das pessoas ao redor deles, a mulher se agarrou às coxas dele quase usando as unhas para não cair no chão e rolar pelo corredor. James teve que afrouxar o cinto de segurança para segurar a moça com as próprias mãos.

- O que está acontecendo?- ela indagou em meio à gritaria, não se importando em ser segurada por ele.

- Não faço a menor idéia!- James respondeu. – Mas por acaso você não percebeu que a aeromoça pediu para apertarmos os cintos e permanecermos em nossos lugares?

A moça lhe deu um inesperado olhar zangado antes de dizer:
- Por acaso eu ouvi o aviso! Mas se algo está acontecendo agora e vamos morrer antes desse avião pousar, homem, eu diria que não deveria estar me censurado por ter me levantando após ouvir o aviso.

O avião moveu com força mais uma vez e James quase caiu da poltrona do avião levando a moça consigo, mas foi forte o bastante para permanecer sentado com ela junto ao colo até que a situação se normalizasse.

Por fim, eles puderam sentir as rodas do avião baterem ao chão e a aeronave começou a diminuir a velocidade aos poucos até parar completamente. Então a confusão dentro do avião recomeçou com as pessoas tentando entender o que tinha acontecido, senhoras se lamuriando e crianças chorando.

- Mas o que diabos aconteceu?- James indagou e em seguida olhou para a moça que ainda permanecia em seu colo. Seu olhar era malicioso quando disse:
- Bem, o perigo já passou, mas eu não vou reclamar se a senhorita quiser continuar no meu colo até sermos liberados.

Ela não pareceu se zangar com o comentário dele, mas ficou com o rosto corado. James não via uma mulher ficar vermelha com um comentário dele desde que tinha 13 anos. Achou isso adorável nela.

A moça se ergueu do colo dele imediatamente após ouvir-lhe o comentário jocoso, mas fez isso com certa dificuldade porque os movimentos bruscos do avião a deixaram zonza.

“Senhores passageiros...”- Soou a voz da aeromoça outra vez. “Tivemos alguns problemas com o trem de pouso, mas conseguimos pousar em segurança no aeroporto de Los Angeles. O piloto pede que permaneçam sentados até que possamos liberá-los. Desde já agradecemos a compreensão, tenham um bom dia.”

- Um bom dia é o cacete!- xingou James olhando finalmente com calma para a mulher a quem tinha segurado na hora em que o avião balançou. Ela parecia ser muito jovem, entre vinte e cinco e vinte e sete anos. Tinha cabelos longos e negros, olhos escuros e delicadas feições latinas. – Você está bem, chica?- ele perguntou demonstrando mais interesse por ela agora que a observara melhor.

- Sim, obrigada.- foi tudo o que ela disse antes de se afastar dele.

- Hey!- ele chamou alto para se fazer ouvido em meio às vozes dentro do avião. Ela se voltou para ele. – Você não ouviu o que a aeromoça acabou de dizer sobre esperarmos um pouco?

- Não costumo seguir regras!- ela retrucou.

- Percebi!- respondeu ele.

Nesse momento, um garoto de uns seis anos com a camiseta toda manchada de vômito apareceu puxando uma menina mais velha pelo braço, provavelmente a irmã dele. Ela pedia que ele se acalmasse, mas o menino berrava tão alto que parecia uma bomba relógio prestes a explodir.

- O que houve?- a moça indagou aos dois mostrando interesse.

- Ele ficou assustado e vomitou.- respondeu a menina, como se não fosse óbvio.

- Oh, pobrezinho!- disse ela. – Deixe-me ajudá-lo! Como é o seu nome?

- Za-ck...- o menino conseguiu responder em meio aos soluços.

- Onde está sua mãe, Zack?

Foi a irmã dele quem respondeu à pergunta:

- Ela está nos esperando lá fora, no aeroporto.

Ela se agachou para ficar da altura do menino e disse:
- Zack, vai ficar tudo bem agora. Sua mãe está lá fora esperando por você. Mas você não quer aparecer sujo desse jeito para ela, não é?

- Hum-Hum!- disse o menino.

- Você é a irmã dele?- ela perguntou.
- Sim, sou a Emma.- respondeu a menina.

- Emma, vamos levar o Zack ao banheiro para limpar isso?- a criança concordou. – Moça, moça!- ela chamou pela aeromoça que passou por eles e leu o nome no crachá dela. – Cindy, eu sou Ana-Lucia, essas crianças estão viajando sozinhas, por acaso o comandante...

James ficou observando a mulher ajudar as crianças e depois chamar a aeromoça. Ele achou interessante que ela tivesse parado para ajudar apesar do óbvio medo que sentira momentos antes quando o avião balançou durante o pouso. Sentiu um estranho interesse por ela e já ia segui-la para perguntar se podia ajudar em alguma coisa, mesmo que não fosse de seu feitio, quando um rapaz invadiu o corredor, balançando os braços no ar nervosamente e gritando:
- Uma caneta! Alguém tem uma caneta?

As pessoas se olhavam e davam de ombros. James ficou curioso sobre isso.
- Por que quer uma caneta?- indagou.

- Tem uma senhora passando mal lá na frente. Ela não consegue respirar!- respondeu ele. – Tem um médico cuidando dela, mas ele precisa de uma caneta para...

- Ok, eu já entendi, amigo!- disse James tirando uma caneta do bolso da calça. Era uma caneta que carregava consigo há muitos anos. Tinha um valor sentimental estranho para ele, mas de repente aquela pareceu-lhe uma boa oportunidade de se livrar dela, era um peso no final das contas. – Toma! Leva essa pro doutor!

- Rose! Alguém viu minha esposa?- gritava um homem de meia idade, cabelos grisalhos e olhos azuis, parecendo muito preocupado.

- O senhor é o Bernard?- indagou o rapaz a quem James entregara a caneta.

- Sou sim.- respondeu ele.

- A Rose não está passando bem, vem comigo!

- O quê? Como? Quem é você?

- Boone!- gritou uma voz esganiçada vinda da parte da frente do avião e o rapaz da caneta respondeu em alto e bom som:

- Eu disse pra ficar sentada, Shannon!

James balançou a cabeça negativamente. Ele estava louco para sair de dentro daquele avião, não conseguia entender porque ainda os mantinham lá se já tinham pousado. Que risco poderia haver se já estavam no chão?

Ele caminhou por entre as pessoas aflitas e de repente viu uma moça grávida, sentada muito quieta em sua poltrona. Ela parecia ser a única que não se levantara depois que o avião aterrissara. Ainda assim seu olhar era de susto. James se inclinou para falar com ela.

- Hey, você está bem?

- È...o bebê... – ela gaguejou.

- Está sentindo dor?- ele indagou.

- Eu...não... – ela estava ficando muito pálida.

- Hey! Alguém pode chamar o médico que tá na parte da frente do avião?- ele gritou. – Tem uma moça grávida aqui que está passando muito mal.

Um homem baixinho, de olhos azuis e estranhamente “ligado” apareceu de repente e perguntou se podia ajudar.

- Oi, eu sou o Charlie! Posso ajudar? Aconteceu alguma coisa? Ela é sua esposa?

- Olha, Charlie... – disse James. – Ela está passando mal e não é minha esposa, ouvi dizer que há um médico na parte da frente do avião...

- Médico! Alguém chame o médico!- Charlie gritou, tão perto de James que parecia que ia estourar-lhe os tímpanos.

Alguns minutos depois o tal médico apareceu. Um sujeito de fisionomia atraente e vestindo terno e gravata escuros. Quando ele começou a examinar a mocinha grávida que dizia chamar-se Claire, ele se afastou e caminhou em direção a porta de saída do avião esperando que os passageiros já estivessem sendo liberados.

Onde estaria a morena a quem ele ajudara a pouco? Estaria ela ainda com as crianças? Se a encontrasse novamente ele não hesitaria em convidá-la para um drinque. Perto da porta do avião, uma bela mulher de traços orientais tentava levantar uma pesada mala. James foi ajudá-la, ela sorriu para ele falando num idioma desconhecido, mas um homem raivoso apareceu atrás dele e quase o socou por ter ajudado a mulher.

- Tudo bem, então, Sr. Miagui!- resmungou James. – Vai se danar! Eu só estava tentando ajudar a moça a carregar a mala!

Aborrecido, ele se colocou na fila para deixar o avião quando percebeu que a aeromoça ia finalmente abrir a porta. Mas um homem em uma cadeira de rodas, empurrado por um sujeito muito gordo passaram na frente dele, inclusive o gordinho deu um forte pisão em seu pé esquerdo.

- Ai! Filho da puta!- James resmungou e uma mulher loira que estava atrás dele carregando uma pesada mala de mão, disse:

- Eu sei como é! Terrível! Ele pisou no meu pé também. Mas coitadinho, deve ter sido sem querer. Ele só estava tentando ajudar o homem na cadeira de rodas.

- Ordem para descer! Cuidado com as escadas!- dizia o comandante, Frank Lapidus, que tinha vindo pessoalmente à porta de saída do avião supervisionar o desembarque dos passageiros após os problemas com o trem de pouso.

- Eu sou Libby!- disse a mulher tentando puxar conversa. James a avaliou. Ela era bonita. Talvez fosse casada e talvez fosse rica. Estava de volta à Los Angeles, com pouco dinheiro no bolso por causa de sua dispendiosa viagem à Austrália. Ia precisar de dinheiro muito em breve e um novo golpe viria a calhar. Não podia desperdiçar nenhuma chance.

- Sawyer!- ele se apresentou com seu pseudônimo de golpista.

- È um nome charmoso.- disse Libby.

- Gostaria de tomar um drinque no bar do aeroporto, Libby?- James indagou. – Depois de toda essa confusão, acho que merecemos.

- Eu adoraria.- ela respondeu.

Aos poucos, todos os passageiros foram descendo do avião. Entretanto, quando Sawyer e Libby já estavam quase lá embaixo, uma mulher passou correndo por eles, quase derrubando-os escada abaixo.

- Peguem-na! È uma fugitiva!- gritou um homem logo atrás deles.

- Meu Deus! Que confusão!- exclamou Libby.

James observou a bela mulher de longos cabelos castanho-avermelhados correr para dentro do aeroporto sendo seguida por vários seguranças.

- O que será que ela fez?- indagou Libby e James deu de ombros. Não sabia por que aquela mulher lhe trazia uma familiaridade à mente. Era como se já tivessem se cruzado antes.

Ele não soube se conseguiram pegar a fugitiva de volta, mas também não deu muita importância ao assunto. Estava mais concentrado na mulher que tinha acabado de conhecer. Ela era interessante, um pouco excêntrica e tagarelava demais também, mas se o marido dela tivesse uma boa conta bancária, ele estaria dentro com toda a certeza.

- E então, depois que meu marido morreu, eu fiquei com o barco.- ela comentou e de repente James prestou muita atenção à tagarelice dela.

- Como é?

- Meu marido me deixou o barco.- ela repetiu. – Eu estava dizendo a você que gostava de velejar.

- Oh sim, é verdade. Mas me refiro à seu marido. Ele faleceu? Sinto muito.

- Tudo bem.- respondeu ela. – Já faz algum tempo...

Pronto. Pensou James. Tudo o que ele precisava era de uma viúva rica que queria ser consolada pela morte do marido. Nem precisariam se preocupar em serem discretos. Estaria com tanta sorte assim?

- David era um excelente marido, mas infelizmente péssimo em administrar nossas contas.- ela revelou e James franziu o cenho. Oh, Oh! Ela não era bem o que ele esperava afinal. – Ele me deixou apenas o barco, nada mais do que isso.

Bem, ele poderia vender o barco e conseguir dinheiro, mas não compensaria tanto assim. Não, aquela mulher não era o que estava procurando. James então começou a pensar rápido numa maneira de ir embora sem parecer indelicado. O gordinho do avião surgiu no bar nesse exato momento querendo salgadinhos apimentados. James sorriu diabólico. Era sua chance.

- Eu preciso ir ao banheiro, Libby...

- Tudo bem...- disse ela e sorrindo James caminhou para perto do jovem rapaz avantajado e esbarrou nele de propósito fazendo com que o prato de salgadinhos com molho que tinha nas mãos derramassem em cima do vestido de Libby.

- Você outra vez?- ela resmungou, mas não parecia chateada de verdade.

- Desculpa, moça, eu não quis...foi esse cara aqui que esbarrou em mim...

Mas James já tinha ido embora. Outra mulher interessante e com marido endinheirado apareceria mais cedo ou mais tarde. Ele caminhou pelo hall do aeroporto e viu dois guardas interrogando um árabe que parecia muito aborrecido.

- Nos acompanhe, senhor.- pedia o policial.

- Eu já disse que não sou terrorista! O que vocês querem de mim?

James olhou para aquele homem e teve a mesma sensação de familiaridade que tivera quando vira a moça fugindo do avião. Aquilo era muito estranho. Aliás, desde que despertara dentro do avião ele vinha sentindo aquela incômoda dor de cabeça. Era como se tivesse algo guardado em sua mente do qual ele não conseguia se lembrar. Como se estivesse em um lugar antes e aparecido em outro. Só podia estar ficando maluco.

Ele viu a porta do banheiro masculino e decidiu dar uma passada lá antes de deixar o aeroporto. Ele entrou e já ia se dirigindo ao mictório quando percebeu que tinha alguém atrás dele. Virou-se depressa. Era uma mulher, a mesma que ele vira fugir do avião sendo perseguida por policiais.

- Devem estar me procurando no banheiro feminino.- disse ela.

- Olá!- disse James avaliando-a. Não parecia ser perigosa. Na verdade ela parecia ser bastante frágil com aqueles cachos vermelhos, os olhos verdes quase lacrimejantes e o corpo franzino.

- Por favor, não conta pra ninguém que eu tô aqui! È o único lugar onde não tem câmeras.
James trancou a porta do banheiro masculino para que ninguém entrasse.

- Por que estão atrás de você, sardenta?- ele indagou, o primeiro nome que lhe veio à cabeça embora fosse um apelido ridículo baseado nas pintas que ela tinha no rosto. Mas a palavra lhe veio tão natural aos lábios que ele não pôde impedir.

- Porque eu sou uma fugitiva.- ela respondeu dando de ombros.

- Ok, não quer me dizer, eu não vou te questionar. Mas é óbvio que precisa de ajuda. Não pode ficar no banheiro masculino para sempre.

- Vai me ajudar?- ela quis saber, seus belos olhos verdes implorando para que o fizesse.

Alguns minutos depois, ambos deixavam o banheiro masculino. Dois homens. James tinha ido buscar sua bagagem rapidamente e trazido para ela que se manteve escondida em um dos boxes do banheiro até que ele voltasse. Então ele dera algumas roupas masculinas para que ela vestisse e um boné para esconder os cabelos. Estava um homem pequeno e bizarro, mas seria o suficiente para que ela pudesse escapar das câmeras de vigilância e pegar um táxi para fugir dali da forma mais discreta possível.

- Pra onde pretende ir?- ele indagou.

- Eu não sei ainda.- respondeu ela. – Minha intuição irá me dizer.

- Mesmo?- retrucou James. – E a sua intuição disse que um estranho no banheiro a ajudaria?
- Sim.- respondeu ela com um sorriso. – Minha intuição apenas não me disse que o estranho seria tão charmoso...

James sorriu mostrando um belo par de covinhas.

- Se eu não estivesse vestida de homem, beijava você. Mas agora preciso ir.
E sem dizer mais nada, ela desapareceu entre as pessoas que transitavam pelo aeroporto.

- Hora de ir para casa!- James pensou em seu pequeno e mal afamado apartamento, cheio de infiltrações e sem comida na despensa. Mas era tudo o que tinha.

Ele já estava indo para o calçadão do aeroporto pegar um táxi quando viu a morena do avião fazendo a mesma coisa. Sorriu consigo. O destino estava lhe dando a oportunidade de falar com ela outra vez.

Ela tirou um cigarro da bolsa e começou a fumar olhando para a rua. Parecia um pouco apreensiva. James deu alguns passos na direção dela quando parou abruptamente ao ver o médico do avião se aproximar dela todo sorrisos e ficar conversando com ela.

- Deixa pra lá! O doutor chegou primeiro!- ele resmungou consigo. – O cara salva vidas e ainda tem tempo de chegar nas mulheres! Babaca! Melhor eu ir embora!

James fez sinal para um táxi que parou de imediato. O motorista se voltou para ele quando James entrou no carro e perguntou:

- Para onde senhor?

- Primeiro me diz, você aceita cartão de crédito?

Continua...
Ir para o topo Ir para baixo
Conteúdo patrocinado





Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Empty
MensagemAssunto: Re: Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)   Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto) Icon_minitime

Ir para o topo Ir para baixo
 
Rehab- Lost /Sana- Smut (Conteúdo Adulto)
Ir para o topo 
Página 1 de 1
 Tópicos semelhantes
-
» Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)
» Lost Souls
» O Segredo do Abismo- Lost UA/ Sana (NC-17)
» The Love That I Never Had - Lost Fanfiction
» cold - fanfic de lost

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
LOVE MR FORUM :: I LOVE MR :: FANFICTIONS-
Ir para: