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 Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)

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Renata Holloway
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MensagemAssunto: Re: Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeDom Set 19, 2010 10:40 am

Capítulo 5- Respostas

Não foi possível esconder as quarenta e tantas pessoas que habitavam o acampamento de Jack dentro da escotilha descoberta por Locke e Boone. Mesmo assim, o que o médico e seus companheiros encontraram dentro dela era de muita utilidade.

O homem que lá vivia, e que dizia se chamar Desmond havia fugido quando acidentalmente o computador do apocalipse tinha sido quebrado. Segundo ele, se um código não fosse digitado no computador a cada 108 minutos, a ilha expodiria.

John Locke acreditou de pronto no homem e tomou a tarefa para si, repassando mais tarde às outras pessoas, mesmo sem informá-las direito para que servia digitar o tal código. Quanto a Jack, ele estava mais interessado em compreender sobre o magnetismo que parecia tomar conta de tudo naquela escotilha.

Para isso, chamou Sayid que sugeriu que eles quebrassem uma parte do piso e investigassem o que tinha por baixo. As camadas e camadas de concreto reforçado eram impressionantes. Em dado momento, eles sentiram que havia algum tipo de infiltração no subsolo, água escorrendo de canos desconexos. Jack resolveu subir para averiguar, mas nada o tinha preparado para a bela visão que ele iria ter.

O túnel por onde tinha subido pela superfície e de onde vinha a infiltração dava certo no banheiro e ele encontrou Kate no chuveiro, completamente nua e molhada, com os olhos fechados debaixo da água abundante que caía em seu rosto, escorrendo por todo seu corpo esguio.

Jack ficou paralisado no lugar, atrás de uma coluna que o encobria. Kate não fazia a menor idéia de que ele estava lá a observando. Ela sorria e batia os braços na água, com certeza muito alegre por poder tomar um banho decente em muito tempo.

Ele ficou encantado com a beleza do corpo dela. Tudo era proporcional, desde os ombros delicados, os seios pequenos com mamilos rosados, a cintura fina, os quadris estreitos e as longas pernas. O olhar dele ficou preso por um longo momento no monte de vênus coberto de delicados pêlos acastanhados, e que agora se encontravam cobertos por minúsculas gotículas de água.

O corpo dele estremeceu de desejo. Fazia quase quarenta e oito dias que não fazia sexo. A última vez tinha sido com Ana-Lucia, no banheiro do avião. Não era tanto tempo assim, e isso o fazia sentir-se desconfortável. Por mais que quisesse fugir disso, no final das contas, ele era apenas um homem com suas necessidades primitivas.

Teria sido por isso que seu pai bebera até o seu último suspiro? Porque sentia necessidade de se embriagar até morrer. Jack não sentia necessidade de se deitar com qualquer uma das garotas daquela ilha, a não ser com Kate. Embora se sentisse culpado por desejá-la tanto, ainda mais naquelas circunstâncias, sentia que não podia fugir daquilo.

Viu que Kate desligava a água do chuveiro e começava a se enxugar. Um pensamento lascivo passou por sua mente se imaginando ser a toalha que agora envolvia o adorável corpo de Kate e esfregava delicadamente a pele nua. Foi então que um ligeiro deslizar de seus sapatos na lajota lisa do banheiro fez com que Kate percebesse sua presença.

Tímida, ela rapidamente colocou a toalha sobre seu corpo nu, cobrindo-lhe as partes íntimas, porém ainda era possível ver um dos seios parcialmente coberto pelos cabelos acastanhados, ou seriam vermelhos? Jack nunca sabia dizer com certeza, só sabia o quanto os cabelos dela o fascinavam.

- Oh Jack! Que susto! Eu não sabia que estava aí!

- Me perdoe, eu não devia estar espiando...isso não foi...apropriado.

Ela sorriu. Jack era mesmo único. Somente ele para se referir a uma coisa como sendo inapropriada. Em que século estavam mesmo?

- Tudo bem.- ela respondeu. – Acho que você não viu nada do que já não tivesse visto.- ela percebeu nesse momento sua displicência com a toalha e cobriu o seio que continuava exposto à apreciação de Jack.

Ele abriu a boca para dizer mais alguma coisa, com certeza algo de que se arrependeria se ela o rejeitasse, mas a voz de Sayid cortou qualquer palavra que ele pudesse dizer.

- Jack! Venha até aqui!- o árabe chamou, parecia ter descoberto algo importante.

- Preciso ir.- Jack disse, seu olhar ainda fascinado por ela, mas já estava girando nos calcanhares.

- Você pode tomar um banho também se quiser... – aquilo era um convite, Jack se perguntou. - ...depois, é claro! Vou deixar xampu pra você.

Jack agradeceu a gentileza com um sorriso e retirou-se depressa do banheiro antes que decidisse ficar e fazê-la tomar outro banho, mas dessa vez, com ele.

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Depois de andar por todo aquele depósito escuro, pressionando com força o ferimento no ombro, Sawyer inacreditavelmente conseguiu encontrar um interruptor de luz que clareou todo o ambiente ao seu redor.

Sim, tinha razão, estava em um depósito com estranhos símbolos nas paredes. Algo de que ele nunca ouvira falar.

- Dharma Initiative... – leu nas paredes, confuso.

Já fazia horas que a mulher de olhos negros tinha lhe socado e rosto e saído do depósito, trancando-o lá dentro. Sawyer estava faminto e sedento, a dor no ombro lhe dava a impressão de que seu corpo se partiria em pedaços muito brevemente. A única coisa que tinha conseguido aliviar era a bexiga, pois encontrara um recipiente onde foi possível esvaziá-la antes que transbordasse nas calças.

De saco cheio de estar ali, e com tantas incertezas sobre se Michael e Jin estavam vivos, Sawyer sentiu uma vontade quase incontrolável de chorar. Mas não era de um choro com lágrimas silenciosas, mas um choro convulsivo que lhe sacudiria o corpo e lhe daria algum alívio.

Ele chegou a abaixar a cabeça e sentir as lágrimas quentes sobre os olhos, mas apertou-os imediatamente, contendo o líquido salgado quando ouviu a porta se abrir e se fechar novamente. Era sua única chance. Daria o bote em quem estava entrando e fugiria dali.

Usando seu braço bom, Sawyer preparou-se para derrubar com toda a força a pessoa que entrava, mas inacreditavelmente o que aconteceu foi totalmente o contrário. Sawyer é quem foi derrubado com muita violência pela mulher que adentrava o depósito.

- O que pensa que está fazendo?- Ana-Lucia esbravejou irritada.

A pancada no chão foi tão forte que Sawyer sentiu os ossos estalarem.

- Eu é que te pergunto, garota? Qual é o seu problema? Quem você pensa que eu sou?

- Sei que não é um Deles.- ela respondeu mais calma antes de se abaixar para recolher algo do chão. Parecia ser uma bandeja com comida. O estômago de Sawyer roncou. – Seus amigos estão bem.- Ana esclareceu. – Nós conversamos e chegamos a uma conclusão bizarra, mas perfeitamente possível.

Sawyer se ergueu do chão emitindo gemidos de dor.

- Somos todos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic. Mas caímos em lados opostos da ilha.

- Isso é sério?

- È o que parece!

- Por que me socou?- ele indagou com raiva.

- Porque eu não sabia quem você era.

- Tem o costume de socar as pessoas na cara quando não as conhece?

- Ficaria impressionado com o que sou capaz de fazer.- disse ela, em tom irônico estendendo-lhe a bandeja.

Sawyer não fez cerimônia, começou a comer o peixe assado que continha na bandeja avidamente, sem se importar com suas mãos imundas. Ana-Lucia jogou para ele um cantil cheio de água.

- Quando terminar de comer, pode vir aqui fora, seus amigos o estão aguardando.

Ele parou para fitá-la, demoradamente e de repente uma lembrança corriqueira lhe veio à mente. Sawyer sabia da onde se lembrava dela, do aeroporto. Havia feito uma cantada e ela o ignorara.

Ana-Lucia se dirigiu para a porta, dessa vez deixando-a destrancada, mas antes que ela saísse, Sawyer não resistiu dizer, apenas para provocá-la:

- Yo mama, você é gostosa!

Ana teve um insight naquele momento se lembrando do cowboy que lhe lançara a ridícula cantada no aeroporto.

- Tinha que ser você!- foi tudo o que ela disse sem ao menos sorrir para ele.

Sawyer terminou de comer o peixe que ela tinha lhe trazido, tomando um longo gole de água por cima. Depois a seguiu para a porta de saída e encontrou Jin e Michael rodeados por pessoas que ele não conhecia, entre eles, o homem alto e forte que o derrubara com o cajado. A cabeça ainda doía por causa do golpe.

- E então?- Sawyer indagou a seu amigos. – Passaram para o lado negro da força? Pois eu continuo sendo um cavaleiro Jedi.

Michael ignorou a ironia do comentário de Sawyer e disse:

- Pode guardar suas piadinhas, Sawyer. Nós conversamos e resolvemos tudo. Eles são sobreviventes do 815, como nós.

- É, eu sei! A morena pugilista acabou de me contar depois de me socar na cara. E o que podemos fazer com essa informação? Vamos processar a Oceanic juntos? Vai dar uma boa grana.

Jin falou várias palavras em seu idioma. Sawyer balançou a cabeça negativamente e disse:

- A pergunta a ser feita aqui é: o que há de errado com vocês? Por que pensaram que éramos algum tipo de ameaça? – ele fez essas perguntas num tom de voz um pouco alto, o que pareceu perturbar Ana-Lucia.

- Fala baixo, homem!- ela cuspiu as palavras. – Quer que eles venham direto até nós?

- Eles quem?- Michael indagou.

- Os Outros.- Ana respondeu num sussurro contido.

- Pois eu quero mais é encontrar esses Outros, foram eles que levaram o meu filho!

- Acredite, você não quer encontrá-los não!- disse Libby, tirando uma mecha de cabelo do rosto suado e olhando assustada para as árvores, como se os galhos fossem se mexer e ela pudesse ser tragada pela floresta há qualquer momento.

- Vamos indo!- disse Ana-Lucia tomando posição à frente do grupo, seguida por Mr. Eko.

- E vamos pra onde?- indagou Sawyer.

- Vocês irão nos levar até o seu acampamento. E durante todo esse caminho permanecerão quietos, não podemos nos arriscar. Pegaremos água no córrego e algumas frutas, depois seguiremos caminho.

- Sim, majestade.- debochou Sawyer recebendo um olhar irritado de Ana-Lucia

Michael pensou consigo: Vou com vocês é o caramba, não volto para aquele acampamento sem encontrar o meu filho!

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Jack encontrou Kate mergulhando algumas peças de roupa masculina na máquina de lavar da escotilha e se aproximou dela, curioso. Desde o encontro no chuveiro que eles não tinham mais conversado porque a tensão ficara no ar. Todas as noites quando ia se deitar, Jack não conseguia não pensar no corpo nu de Kate, debaixo do chuveiro.

- Hey!- ele saudou.

- Hey!- Kate respondeu.

- Desculpe se vivo assustando-a...

- Você não me assusta, Jack!- ela respondeu com um sorriso divertido.

- De quem são essas roupas? Meio grandes para serem o seu número.- ele comentou.

Ela riu e respondeu:

- São suas.

- Minhas?

- È, você vive tão ocupado que esquece até de cuidar das suas coisas.

- Quando foi que nos casamos?- ele gracejou.

Kate terminou de pôr a roupa na máquina e se voltou para ele.

- Só estou querendo ajudar...

- Eu sei... – de repente, o tom de voz dele tinha assumido um timbre rouco. Ele acariciou uma mecha de cabelo castanho-avermelhado que caía sobre o rosto dela. – Uma vez me disseram que você era perigosa...

- Quem disse?

Jack colocou um dedo sobre os lábios dela e acariciou.

- Não importa. Devo acreditar nisso?

- Deveria?- ela respondeu sedutora e beijou o dedo que lhe contornava os lábios, sugando-o.

Jack deixou escapar um som gutural que era quase um gemido, Kate o estava seduzindo, ele sabia, podia sentir. Pôde ler nos olhos dela que ela sabia quando estava se banhando no chuveiro que ele a espiava. Ela parou de sugar o dedo dele, mas os olhos continuaram conectados.

- Quando vai pegar?- ela perguntou num tom de voz tão baixo que Jack mal pôde ouvir.

- O quê?- ele indagou de volta, no mesmo tom de voz.

- O que lhe pertence.- ela respondeu com um olhar cheio de significados e promessas eróticas.

Jack sentiu o sangue descer mais ao sul, mas antes que ele pudesse responder àquela insinuação despudorada, Locke entrou na escotilha, chamando por ele.

- Jack, preciso lhe mostrar algo.

O médico se afastou de Kate, mas sentia que se voltasse a ficar perto dela sua pele queimaria naquele delicioso e pequeno corpo feminino.

- Você está aqui, Jack?- Locke insistiu.

- Estou, John.- Jack respondeu, sabia que teriam de deixar aquela conversa para mais tarde.

- È sobre o cofre de armas.- disse Locke se aproximando da lavanderia.

Kate se afastou de Jack, caminhando como uma tigresa que desistira de dar o bote em sua presa, mas só por enquanto.

- Não esqueça suas roupas na máquina de lavar, Jack.

Ela deixou a escotilha e caminhou pela floresta rumo à praia, ainda sentindo o corpo formigar de desejo pela conversa cheia de insinuações que tivera com Jack. Sim, ela o queria, e sabia que muitas no acampamento também o queriam, mas ela não deixaria que ninguém, absolutamente ninguém, o tomasse dela.

Encontrou Sun com uma cara muito triste quando chegou à praia e indagou:

- O que houve, amiga?

- Perdi minha aliança de casamento.- ela respondeu desolada. – Já procurei em todos os lugares possíveis.

- Quando foi que a viu pela última vez?

- Quando fui enterrar a garrafa.

- Que garrafa?

- As meninas não te contaram?

- Não.

- A Claire encontrou a garrafa que eles levaram na jangada, voltou para a praia.

Sawyer!- foi o primeiro pensamento de Kate. – Se a garrafa tinha voltado para a praia, não era um bom sinal.

- Me mostre onde enterrou!- Kate pediu.

Sun levou-a à outra extremidade da praia, perto de uma árvore solitária, embaixo de onde enterrado a garrafa. As duas agacharam-se no local e cavando com as mãos conseguiram encontrar rapidamente a garrafa. Kate começou a tirar os papéis, um por um querendo lê-los. Sun a impediu:

- Não faça isso, Kate! São pessoais!

- Mas eu preciso saber...preciso saber... – a idéia de Sawyer estar morto causava uma completa revolução em seus sentimentos. A poucos minutos estava pensando em quanto queria estar com Jack, mas não podia ignorar a incerteza do paradeiro de Sawyer. Se a jangada tinha fracassado, o que acontecera com ele? O que acontecera com os outros?

- Está preocupada com Sawyer?- Sun indagou de repente, fazendo com que ela parasse de vasculhar os papéis.

- Eu nem me despedi dele... – Kate murmurou quando um dos pedaços de papel chamou-lhe a atenção. Estava escrito numa letra muito caprichada e assinado com o nome de Jack.

"Me perdoe por não ter voltado, queria ter segurado sua mão até o fim. Com amor, Jack".

- Kate, realmente não deveria ler isso.- insistiu Sun, mas sua atenção foi desviada quando ela finalmente encontrou sua aliança caída dentro do buraco que ela mesma cavara para esconder a garrafa.

Kate comemorou com ela, mas se aproveitou da distração da amiga para guardar no bolso o papel com o nome de Jack ao invés de devolvê-lo para dentro da garrafa.

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Tudo estava muito quieto. Michael tinha sumido durante à tarde tentando encontrar Walt. Jin resolvera procurar por ele e o grandalhão com sue cajado fora junto para protegê-lo. Sawyer duvidava que eles iriam voltar.

Seu ombro doía muito, de tal forma que às vezes ele pensava que não seria possível agüentar. Sem poder controlar um gemido angustiado de dor, Sawyer pressionou a ferida com as próprias mãos. Os outros dormiam e não perceberam seu desespero, melhor assim.

Mas de repente, ele a viu se movimentar entre os outros, como um vulto na escuridão, os olhos negros brilhando no escuro. Era estranho, mas na completa escuridão os olhos dela pareciam emitir um brilho esverdeado.

- O que foi?- ela indagou em tom impaciente.

- O que foi o quê?- ele respondeu em voz baixa.

- Ouvi você gemer.

- È, realmente eu estava me divertindo sozinho aqui.- Sawyer respondeu com ironia. – Não sabia que o prazer solitário masculino também era proibido. Peço que me desculpe.

- Não seja imbecil!- ela retrucou. – È o seu ombro não é?

- O que te parece, chica?

Ela se agachou ao lado dele e disse com firmeza, dando uma ordem:

- Tire a camisa!

- Ah, desse jeito eu fico tímido, morena. Você poderia ter sido mais sutil e eu tiraria a peça de roupa que você quisesse, gostosa.

- Sabe, eu podia socar você outra vez!- ela ameaçou. – Agora tira a camisa ou eu vou tirar!

- Acho que não tenho escolha, não é?

Ele desabotoou devagar os botões da camisa preta que já estava quase toda rasgada e a fitou:

- Pronto. Quer que eu tire a calça e a cueca agora?

Ela ignorou o comentário dele e remexendo em uma mochila que estava sendo carregada por uma das mulheres, tirou um pedaço de pano, rasgando-o em tiras. Em seguida molhou-o com um pouco de água, amassando algumas folhas que também tirou da mochila.

Ana colocou as folhas amassadas no pano úmido e o colocou sobre o ombro dele. Sawyer sentiu um pequeno ardor, mas aos poucos começou a vir o alívio. Ela ficou parada, agachada junto dele, o rosto próximo. De repente, Sawyer sentiu uma súbita vontade de experimentar os lábios carnudos dela, tão convidativos.

Sem pensar nas conseqüências de seu ato, ele usou uma das mãos para puxá-la pela nuca em direção ao rosto dele. Foi tudo tão rápido que ela nem teve tempo de fazer nada. Os lábios dele pressionaram com vontade os dela, experimentando, saboreando. Ana se viu correspondendo ao beijo sentindo o hálito morno dele.

Então ela se afastou como se tivesse caído na razão.

- Por que fez isso?- ela indagou, lembrando-se do beijo que Goodwin lhe roubara, embora esse beijo tivesse sido diferente porque ela o correspondera, mesmo sem saber por quê.

- Eu queria provar seus lábios petulantes.- ele respondeu com um sorriso cínico, iluminado por suas doces covinhas.

Ela poderia tê-lo socado mais uma vez, mas simplesmente preferiu afastar-se dele. Sawyer lambeu os lábios, instintivamente, ainda sentindo o gosto dos lábios dela nos seus. Aquela mulher o intrigava e ele queria entender por que ela estava tão assustada. Só isso poderia justificar o motivo da agressividade dela. E ele não podia esquecer que mesmo ela sendo agressiva, cuidou do ferimento no ombro dele e não o socou na cara mais uma vez depois de ter se atrevido a beijá-la. Sawyer gostou de sentir os lábios dela e da saliva doce que experimentou. Queria experimentar mais. Mas era óbvio que aquele era um pensamento idiota, pois do jeito que estava seu ombro, sequer sabia se chegaria vivo ao seu acampamento, quanto mais teria forças para agarrar e beijar a morena linda e agressiva outra vez.

O acampamento improvisado continuou em silêncio. Era perceptível a preocupação de todos com a demora de Mr. Eko em retornar. Estavam com medo de que ele não retornasse e eles não conseguissem chegar ao novo acampamento.

Sawyer sentiu o corpo mais relaxado depois do ungüento que Ana tinha lhe aplicado em seu ombro, diminuindo as dores. Sem conseguir dormir, ele a observou montando guarda, protegendo os seus, caminhando de um lado para o outro. Mas ele podia sentir a preocupação dela, tanto quanto poderia sentir a dos outros. Não resistiu provocá-la mais uma vez naquela noite:

- E agora, Ponce de León, que caminho seguiremos?

Ana-Lucia o olhou em desafio e respondeu:

- Estaríamos no caminho certo agora se o seu amiguinho não tivesse corrido pra selva!

Os outros olharam para ela, mentalmente concordando com Sawyer, o que deixou Ana irritada.

- Ana, não conseguiremos sem o Eko.- disse Cindy, verbalizando a sua preocupação. – Como fazer pra encontrar o caminho certo sem ele?

- Ela não sabe, está perdida!- disse Sawyer, de olhos fechados, recostado a uma árvore.

- Eu não estou perdida!- Ana retrucou entre dentes.

- Ah não?- Sawyer debochou e Ana-Lucia começou a mudar de idéia sobre socá-lo outra vez.

- Se o seu grandalhão não voltar, florzinha, como vai fazer para encontrar o acampamento? Principalmente se de uma hora para outra eu bater as botas.

- Isso tudo é culpa daquele seu amigo!- ela apontou com o dedo em riste para ele.

- Meu amigo?- Sawyer retrucou. – O Mike não é meu amigo. Ele só quer saber de encontrar o filho dele.

- È bom saber que você pensa isso de mim.- disse Michael, chegando de repente, acompanhado por Jin e Mr. Eko.

- Mike?- disse Sawyer, surpreso. – Eu pensei que nunca mais fosse vê-lo.

- Que bom que voltou.- Ana disse baixinho a Eko.

- Eles não estão muito longe daqui.- disse ele. – Devemos seguir em frente!

- Tá legal, pessoal, hora de levantarmos acampamento.- gritou Ana e todos começaram a se levantar para seguir caminho.

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- Não me deixe sozinha...

- Não vou deixá-la...- disse Jack, mas não teve tempo de voltar e ela sentiu medo, ficou apavorada quando se deu conta de que ele não voltaria e ela teria que passar por tudo aquilo sozinha.

Jack a viu chorar, gritar e se agarrar à poltrona do avião a fim de não ser tragada pelo vento. Mas o vento era impiedoso e arrastou o corpo dela sem nenhuma dificuldade para o fundo da aeronave em pedaços.

- Jack!

Ela gritou o nome dele, mas ele não podia ir até ela. Por que se afastara? Por que não ficara ao lado dela? Era como se a tivesse usado, mas nunca fora essa sua intenção.

- Anaaaa! Anaaaaa!

O barulho irritante do relógio-cronômetro na sala do computador soou alto dentro da escotilha e tirou Jack de seu pesadelo. Ela se sentou no sofá onde dormia, esfregando os olhos, confuso. Os apertara com tanta força durante o sono que lagrimara. Tinha sido um sonho terrível. Vira Ana-Lucia no avião em desespero, gritando o nome dele, sendo tragada pelo vento e ele nada pôde fazer isso. Seu coração ainda batia descompassado, mas ele precisava digitar o código no computador.

Forçando-se a levantar, ele caminhou até a sala do computador e viu quando o cronômetro reiniciou a contagem. Alguém tinha digitado o código.

- Kate?- ele indagou quando a viu sentada de frente para o computador, com a luz esverdeada do ambiente contrastando com a cor de seus olhos. Jack esfregou os olhos mais uma vez. – Eu não sabia que estava aqui.

- O Hurley me pediu para trocar de turno com ele. Parece que ele precisava fazer alguma coisa.

Jack assentiu, ainda desnorteado pelo pesadelo que tinha tido.

- Você parece cansado.- Kate comentou.

- Não tenho dormido direito esses últimos dias.

- Nem eu.- disse ela. – Jack, o que você acha que aconteceu com o pessoal da jangada?

- Eu não sei.- respondeu ele. – Espero que estejam bem.

- Com o que estava sonhando?- ela perguntou. – Ouvi você gritar. Eu ia vê-lo, mas aí o alarme soou.

- Foi só um pesadelo... – ele deu as costas para ela indo para a cozinha em busca de um copo de água.

Kate o seguiu e por alguns momentos ficou apenas observando-o encher um copo com água fresca que retirou de uma garrafa plástica que estava sobre o balcão da pia.

- Quem é Ana?

Jack ergueu os olhos para ela, ainda engolindo um generoso gole de água.

- Como?

- Ana. – ouvi você gritar esse nome enquanto estava dormindo. – Ela é sua namorada? Esposa talvez? Você tem cara de quem é casado.

- Eu fui casado.- ele respondeu.

- Com Ana?

- Não.- ele esfregou as têmporas demonstrando que estava com dor de cabeça e disse a ela: - Ainda estou cansado e gostaria de dormir mais um pouco, será que poderia ficar de olho no botão?

- Claro.

- Obrigado.- foi tudo o que ele disse antes de ir se deitar na cama de baixo do beliche que ficava no único quarto que a escotilha possuía.

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Os dias que se seguiram à travessia de Ana-Lucia e seu grupo pela selva foram se arrastando. O destino final parecia que nunca chegaria. O ombro do sulista estava cada vez pior e as ervas da floresta já não estavam ajudando como antes. Ela estava preocupada com ele, não queria perder mais um, embora soubesse que se ele piorasse demais não teriam muito escolha senão deixá-lo para trás ou todos morreriam. Os Outros estavam perto, ela podia sentir.

Quando a travessia ficou acirrada e eles tiveram que subir pelas pedras, o cowboy tombou ao chão, a febre o corroendo por dentro, ele não agüentava mais nenhum passo. Eko disse à Ana-Lucia que deveriam continuar seguindo pela selva.

- Isso é suicídio!- ela dissera. – Está fazendo isso só para salvar Sawyer.

- È!- ele assentiu e dessa vez foi ela quem não teve escolha, não poderia chegar ao outro acampamento de sobreviventes sem Eko. Pelo menos nisso, o cowboy tinha razão.

Como ele não conseguia mais andar, Michael teve a idéia de construírem uma maca para carregá-lo. Agora tinham um peso extra e a velocidade do grupo dentro da selva diminuiu. Ainda assim, Ana-Lucia sentiu-se aliviada por Michael ter tomado aquela decisão por ela. Não queria ter de dizer a todos que Sawyer teria que ser deixado para trás. Sendo carregado ele teria uma porcentagem maior de sobreviver, isso se o grupo não fosse atacado no final do caminho.

Mas eis que o pior aconteceu. Durante uma subida íngreme em que eles tiveram que carregar Sawyer de um barranco a outro, Cindy desapareceu. Ana quis voltar para buscá-la, mas uma chuva torrencial caía sobre o bosque e Eko não deixou que ela partisse.

Ana-Lucia sentiu seu coração quebrar por dentro. Prometera a Cindy que a salvaria, assim como prometera às crianças de seu acampamento que elas veriam sua mãe outra vez. Mas não pude cumprir nenhuma das promessas. E como se não pudesse ficar ainda pior, em meio ao medo, dúvida e desespero por não encontrar Cindy, Ana ouviu passos vindos pela floresta na direção dele e usou a arma de Sawyer sem pestanejar. Não deixaria que ninguém mais de seu grupo fosse levado, os protegeria com sua própria vida.

No entanto, dessa vez não era um dos Outros que vinha em direção à eles e sim uma menina, alta e loira, não deveria ter mais que vinte anos. Sua beleza era frágil e seu rosto angelical. Quando Ana-Lucia disparou a arma, a garota correu na direção dela, como se um imã a estivesse atraindo para a morte.

A bala foi certeira, e atravessou a carne da pobre menina que tombou ao chão nos braços de um homem moreno, alto e forte que ao ver a garota morta em seus braços, provavelmente seu amor, olhou para Ana-Lucia como se ela fosse um monstro e lançou-se sobre ela com toda a força de seu corpo.

Ana gritou e a despeito de estar sendo atacada por um homem enfurecido, sentiu vontade de enfiar uma bala na própria cabeça.

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Kate o estava provocando novamente, Jack sabia. Ela tinha acabado de desafiá-lo para um jogo particular de golfe onde quem fizesse mais pontos venceria e ainda ganharia o direito de se gabar. Era uma proposta tentadora e Jack não pôde resistir.

Eles foram para o meio da floresta levando os tacos de golfe e começaram a competição. Jack estava perdendo e isso ele não admitia. Fez uma tacada tão forte que foi parar no meio das árvores, perto de um pequeno riacho. Rindo, Kate o seguiu e ao vê-lo querer acertar a bolinha que tinha caído na água rasa, ela disse:

- Precisa mesmo fazer isso? Jack, nós temos mais bolas.

- Será que dá pra ficar quieta e deixar eu me concentrar?- ele indagou, divertido. Imaginando que depois que terminasse aquela tacada, ele poderia exigir um prêmio extra que Kate parecia disposta a dar a ele há muito tempo.

Pensando nisso, ele ergueu o rosto e sorriu para ela. Vendo que ela ainda estava parada no lugar, ele disse:

- Kate, se você vai ficar aí parada...

Mas ela tinha uma expressão de horror no rosto quando apontou para algo diante deles que Jack ainda não tinha notado. Jack seguiu o olhar dela e viu um homem enorme, de pele retinta e barba quase cerrada carregando um Sawyer ferido e desacordado nas costas.

- Onde está o médico?- ele indagou?

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Na selva, depois de muita insistência de Libby, Ana-Lucia deixou que Michael e Jin partissem, embora o coreano estivesse muito hesitante em fazê-lo, pois Ana ordenara a Bernard e Libby que amarrassem Sayid a uma árvore depois que ele tentou matar Ana por ter atirado em Shannon. Eko já tinha partido com Sawyer em suas costas, queria levá-lo ao médico do acampamento antes que o homem morresse por negligência deles.

Desesperada e com medo, Ana-Lucia ordenou a Michael que lhe trouxesse armas, jeans e meias para que ela pudesse se esconder na selva antes que o outro grupo de sobreviventes a matassem pelo assassinato que tinha cometido, ainda que acidental.

Michael anuiu e foi embora com Jin para o acampamento. Mais algum tempo se passou e Libby disse a Ana que iria com Bernard para o acampamento, que ela não era boa em julgar as pessoas. Ouvir aquilo doeu mais que levar um tiro de pistola, mas ela precisava se manter de pé, ao menos por hora.

Bernard e Libby também partiram. Depois disso, ela conversou com Sayid, soltou-o e lhe ofereceu o próprio pescoço. Mas Sayid disse: - De que adiantaria morrermos se estamos no inferno?

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Sawyer foi levado para a escotilha e lá Jack e Kate cuidaram dele. O médico sentiu uma certa dose de ciúmes ao ver Kate cuidando dele com tanto zelo, mas aquela não era uma hora muito apropriada para esse tipo de sentimento. Ele precisava saber o que acontecera, onde estavam os outros membros da jangada e quem era aquele homem que trouxera Sawyer desacordado.

Mas antes que eles pudessem conversar, Michael apareceu na escotilha e contou a eles o que estava acontecendo na floresta, que Sayid estava sob a mira de uma arma e que Shannon havia sido morta. Jack quis armar-se também para resolver o assunto, mas tudo mudou quando o homem que se chamava Eko disse a ele:

- Ana-Lucia cometeu um erro.

- O que você disse?- Jack indagou com firmeza, mas estava tremendo por dentro.

- Eu disse que Ana-Lucia cometeu um erro.

- Quem é Ana-Lucia?- Kate indagou, mas todos pareceram ignorá-la.

- Eu levarei você, só você, mas sem as armas. – Eko advertiu.

Jack aceitou as condições de Eko deixando os outros surpresos. Ele seguiu o homem para dentro da floresta, seu coração batendo a mil por hora. Ele precisava vê-la, desesperadamente, mal podia acreditar que ela estava viva. No bolso ainda trazia o colar em forma de meia lua que pertencera a ela, nos lábios ainda podia sentir o gosto dos lábios dela. Faria qualquer coisa para abraçá-la outra vez, para vê-la sorrir e pediria perdão por tê-la deixado. Mas ela tinha acabado de matar Shannon, dizia uma voz em sua mente, mesmo assim ela ainda era a mulher com quem tinha feito amor uma noite antes do Oceanic 815, e outra vez no avião. Ela era especial e ele ainda a queria muito.

Não foi preciso caminhar muito tempo dentro da selva para ver Sayid caminhando com Shannon desfalecida nos braços, os olhos do iraquiano tomados por grossas lágrimas. Ana-Lucia vinha logo atrás dele e ao ver Jack, ela estacou no lugar.

Sua mente pronunciou o nome dele e ela sentiu vontade de se atirar em seus braços, mas se conteve. O olhar dele era triste. Ela havia matado uma pessoa do grupo dele e ele a odiaria por isso. Ana-Lucia não sabia se poderia suportar.

Continua...


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MensagemAssunto: Re: Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeSex Abr 23, 2010 5:39 pm

Capítulo 4- Outros

Nota: Os acontecimentos omitidos neste capítulo dentre as cenas ocorreram exatamente como em Lost.

- O que faremos agora, Ana?- a voz grave de Eko se destacou no silêncio da floresta. Ele havia passado quarenta dias sem falar, se auto-penitenciando por ter matado aquelas pessoas desconhecidas na praia e só voltara a falar quando vira Ana, escondida perto do lago, chorando por ter chegado ao extremo de matar Goodwin poucos dias atrás.

- Vamos mantê-los separados.- respondeu ela se referindo aos prisioneiros que tinham feito na praia. Mais desconhecidos que poderiam ameaçá-los. – Se os deixarmos juntos, fica mais fácil para eles combinarem suas histórias. Deixemos o estrangeiro com Bernard, o outro pode ser colocado no buraco onde esteve Nathan.

- E quanto ao loiro?- ele indagou.

- Vamos colocá-lo no abrigo e eu vou descobrir tudo o que puder sobre ele.

- E como pretende fazer isso?

Ela o olhou com seriedade e soltou os cabelos da tira de couro que os prendia, dizendo:

- Me soque! Bem forte!

- O quê?- ele retrucou sem entender.

- Isso o que você ouviu, Eko. Me soque! Se quero descobrir quem são essas pessoas, tenho que fingir que não sou uma de vocês. Ele não vai me reconhecer da praia, você o acertou em cheio e ele desmaiou muito rápido.

- Como queira.- respondeu Eko preparando o punho e socando o rosto delicado de Ana sem nenhum cuidado.

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O lugar tinha cheiro de bolor e era muito quente. Sawyer sentiu sua cabeça latejar, enquanto um fio de suor viscoso escorria por seu pescoço. Mas o pior de tudo era o ombro que não parava de queimar devido ao ferimento provocado pelo tiro que ele levara ao tentar salvar o filho de Michael.

- Aquele bastardo!- resmungou, se lembrando do homem que tinha atirado nele sem motivo algum. Ele e Michael tinham passado uma noite e mais metade de um dia à deriva no mar depois que a jangada tinha sido incendiada e destruída. Sawyer fora capaz de arrancar a bala de seu ombro com as próprias mãos, mas isso não ajudou a impedir uma infecção, apenas aumentou seu sofrimento.

Sua mente estava confusa quando ele tentou se sentar no chão frio de pedra onde estava deitado. O lugar parecia levemente iluminado e aos poucos ele pode divisar sua própria sombra na parede de concreto acinzentada.

Foi nesse momento que lembrou-se dos momentos que antecederam seu duro despertar. Ele e Michael conseguiram boiar em um dos pedaços que restaram da jangada até à praia, de volta à ilha. Mal puseram os pés em terra firme e viram Jin vindo correndo na direção deles, gritando: Outros! Outros!

E do nada apareceu um homem, alto, medonho, feroz com um cajado nas mãos e golpeou os três deixando-os desacordados. O homem parecia ter saído do filme "Conan-O Bárbaro" e eles não tiveram nenhuma chance contra ele. Mas e agora? Onde estava?

Olhou ao seu redor e conseguiu por fim apoiar-se com o braço bom, sem pender para o lado. Estava em uma espécie de quarto fechado e por alguns segundos duvidou que ainda estivesse na ilha. Sua boca chegou a se mover para chamar o nome de seus amigos quando se deu conta de que não estava sozinho.

Havia uma pessoa, deitada próximo dele. Sawyer engatinhou cautelosamente até perto dela e pelo formato pequeno e delicado do corpo viu que se tratava de uma mulher. Seus cabelos negros e cacheados tomavam seu rosto e Sawyer os afastou para que pudesse vê-la melhor.

Sua face não lhe pareceu estranha, mas ele não conseguia se lembrar da onde a conhecia. Também não sabia dizer o que tinha acontecido com ela, por que estava desmaiada? O homem do cajado teria tido coragem de bater nela também? Como poderia ter sido capaz de machucar tão bela criatura? Sim, ela era bonita mesmo maltratada e suja.

Sawyer sentiu um desejo inexplicável de acariciar-lhe a maçãs do rosto. Estava fazendo isso quando a ouviu dar um pequeno gemido. Não sabia se era de dor ou era por que estava acordando.

- Hey, você está bem, moça?- ele sussurrou como se temesse causar-lhe uma grande dor de cabeça se alteasse o som de sua voz.

- Eu...onde estou?- ela indagou abrindo os olhos e Sawyer notou que eram muito escuros. Mas possuíam um brilho próprio que os destacariam até na mais intensa escuridão.

- Isso é o que estou me perguntando há alguns minutos.- ele esboçou um sorriso.

- Não entendo.- disse ela. – Sou sobrevivente do vôo 815...

Ele a cortou:

- Você disse vôo 815?

- Sim. Eu estava nesse avião quando houve uma turbulência e caímos na água. Eu consegui nadar até a beira e sobrevivi.

- Eu também sou sobrevivente do vôo 815!- ele alardeou.

A mulher franziu uma sobrancelha com ar desconfiado e disse:

- Mesmo?

- Yeah!- ele respondeu. – Mas me diga uma coisa, como conseguiu sobreviver sozinha todo esse tempo na floresta?

Ela deu de ombros:

- Fiquei vagando pela floresta em busca de comida, acendi uma fogueira na praia e esperei pelo resgate, até que Eles me pegaram.

- E quem são Eles?

- Como posso saber?- Sawyer retrucou. – Só sei que quando o Shaft vier nos procurar, ele vai ter uma surpresa!- ele tirou a arma que ainda trazia consigo na parte de trás das calças. Jack dera essa arma para ele em caso de problemas e agora definitivamente estava com um problema. Ele e a moça de olhos negros.

- Onde conseguiu essa arma?

- Peguei de um agente federal que morreu no acidente.- ele respondeu com tranqüilidade. – E é com ela que eu vou proteger você, não precisa ficar assustada.

- Não estou assustada.- ela respondeu.

- Eu sou o Sawyer, como é o seu nome?

- Ana-Lucia.- ela respondeu estendendo sua mão pequena para ele.

Sawyer a segurou com firmeza e observou o hematoma no rosto dela.

- Aquele homem com o cajado bateu em você também?

- Se é sobrevivente do vôo como eu, por que demorou tanto a aparecer?

Ele soltou a mão dela.

- Eu poderia perguntar o mesmo de você, doçura.

- Você surgiu da praia, de repente e está baleado...por que está baleado?

- Como sabe que eu surgi da praia? Você não estava lá!

Ela viu que o braço dele que segurava a arma estava relaxado, começou a pensar depressa em como faria para tomar a arma das mãos dele.

- Estou apenas supondo...

- Supondo?- ele questionou, achando tudo aquilo muito estranho.

Ela se aproveitou da distração dele e com o punho certeiro, atingiu-o no rosto deixando-o tonto. Foi assim que conseguiu tirar-lhe a arma.

- Para trás!- ela gritou.

- Mas o quê...- Sawyer não tinha entendido nada. O soco tinha sido dado com tanta força que seus lábios agora jorravam sangue.

- Fica longe!- ela disse entre dentes, apontando a arma que tinha roubado para ele. – Eu vou sair!

O estranho lugar se iluminou e o mesmo homem que o tinha golpeado com o cajado apareceu com o olhar ameaçador. A mulher o seguiu, deixando Sawyer para trás. Furioso, ele gritou:

- Mas quem diabos são vocês?


Continua...
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MensagemAssunto: Re: Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeSáb Fev 27, 2010 6:25 pm

Capítulo 5- Crash

O avião sacudiu e Ana-Lucia segurou com força nas pernas das calças do pai. Sua mãe olhou feio para ela e ralhou:

- Comporte-se, Ana!

Ana ergueu os expressivos olhos negros para a mãe que manteve o ar zangado, e em seguida fitou o pai que tinha um sorriso brando no rosto e batendo de leve em sua perna esquerda, convidou sua menina pequena para sentar-se em seu colo e a ninou quando ela encostou a cabeça em seu peito.

- Por que o avião balançou, papa?

- O vento está muito forte.- Manoel Cortez respondeu, paciente.

- E ainda falta muito para chegarmos à casa da abuela?

- Não muito, Anita.

Ele acariciou-lhe os cabelos, ternamente e sua esposa sussurrou para ele:

- Por que mima demais a menina? Ela precisa de disciplina!

- Ah, Raquel, ela é minha única filha, me deixe mimá-la.

A aeronave balançou novamente e dessa vez até Raquel Cortez se assustou, segurando com força no braço do marido. Então veio a sensação de vertigem e Ana-Lucia fechou os olhos, agarrada ao pai. Um barulho irritante soou no avião e alguns gritos foram ouvidos até que a aeronave se estabilizou.

No momento seguinte, Ana caiu num pranto incontrolável, estava com tanto medo que não conseguia pensar em mais nada.

- Quero sair daqui, papa, quero sair daqui!

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A água salgada ardia em seu nariz e garganta e ela sentia o corpo flutuar rumo ao desconhecido. Onde estaria seu pai que não vinha buscá-la? Sentiu vontade de gritar por ele, mas algo lhe dizia que se fizesse isso a sensação de queimação em sua garganta iria aumentar.

Podia ouvir gritos não muito longe, seu ouvido parecia abafado por outro som mais forte. Tentou erguer a cabeça e sentiu o sol queimar-lhe a pele. Os olhos se abriram e Ana-Lucia se viu envolta pela água espumante do mar.

O instinto lhe guiou para frente, para a faixa de terra branca não muito distante de onde estava. Com cuidado, nadou até lá, mergulhando e imergindo. Tudo ao seu redor era um grande caos, pessoas chorando, gritando, pedindo por socorro. Mas naquele momento, Ana-Lucia só conseguia olhar para os dois montes verdes que se erguiam majestosos diante dela.

Com dificuldade chegou à beira da praia. Tentou se erguer, mas caiu sentada na areia. Um ferimento em sua testa sangrava, mas ela não se importou. Não se lembrava de como tinha conseguido sair do avião e também não sabia onde estava a mulher que lhe dera em seu momento de pavor.

Os gritos de socorro e desespero eram cada vez mais altos e ela não podia ficar ali parada sem fazer nada. Tirou o pesado casaco de couro marrom e voltou para a água disposta a salvar alguém. Não muito longe da praia, a cauda do vôo 815 da Oceanic Airlines imergia como o Titanic nas águas profundas.

Ana começou a tirar as pessoas da água. Algumas estavam desacordadas, outras conscientes, mas muito feridas. Um homem negro, muito alto, vestido com um terno preto também estava ajudando as pessoas. Ele retirou de dentro da água um menino pequeno agarrado ao seu ursinho.

- Emma! A minha irmã! Emma!- o menino dizia com desespero apontando para uma outra criança maior do que ele, que boiava entre as ondas.

O homem abaixou o menino no chão e correu para buscar a irmã dele. Trouxe-a depressa, mas o rosto dela era pálido. Com toda a certeza havia ingerido muita água salgada. Ana, que ajudava um senhor idoso viu o homem resgatar a menina e seu coração se apertou. Amava crianças, não podia a deixar a pequena morrer.

- Eu já volto!- disse ao homem a quem ajudava tentando parecer segura.

Se aproximou do homem alto que tentava ressucitar a menina e o afastou delicadamente, dizendo:

- Me deixe tentar!- Ana se abaixou e fez pressão com os lábios sob a boca da criança, tentando lhe passar oxigênio.

O homem levou o garotinho consigo para que ele não presenciasse uma possível morte da irmã, embora tivesse garantido ao pequeno que ela ficaria bem. Ana-Lucia se esforçou muito, aquela criança precisava sobreviver e após várias tentativas, a menina tragou o ar e cuspiu água.

Um sorriso iluminou o rosto de Ana-Lucia. Nem tudo estava perdido então.

- Onde está a minha mãe?- a menina perguntou a ela assim que abriu os olhos.

- Eu não sei.- foi a única coisa que Ana conseguiu responder.

- Ela disse que nos encontraria em Los Angeles.

- Vai ficar tudo bem.- Ana quis garantir, embora não estivesse muito certa disso. – Eu prometo que logo iremos para casa, tá bom?

A menina assentiu. Ana-Lucia olhou ao seu redor. Estava em uma praia cercada de montes verdejantes. Olhou para o mar e a cauda do Oceanic 815 foi completamente coberta. Por que tudo aquilo estava acontecendo? Que lugar era esse em que estavam?

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Jack abriu os olhos de repente. Seu corpo inteiro estava dormente, mas sua mente funcionava depressa, como se estivesse sob o efeito de alguma droga muito forte. Nem teve tempo de piscar e viu a face peluda de um cachorro labrador, olhando para ele como se fosse a coisa mais natural do mundo estar deitado em uma cama de folhas.

O cachorro se afastou pisando macio e Jack se ergueu de súbito. Viu um sapato branco, com o cadarço desamarrado preso à uma árvore e correu sem direção até chegar à uma praia onde só havia fogo, gritos e morte.

A labareda de uma caldeira incendiada ardia no centro da praia de areias tão brancas. Pessoas gritavam e corriam de um lado para o outro. Uma mocinha magra e loira gritava histericamente em estado de choque. Um homem estava preso debaixo da caldeira e Jack pediu ajuda a outro homem para que o tirassem de lá, mas ao fazerem, metade de uma das pernas do infeliz ficou presa entre os escombros.

Jack quis aliviar a dor dele, mas havia tantas pessoas gritando e precisando de ajuda. Ele viu uma senhora negra desacordada, a mesma com quem conversara antes da queda do avião. Um rapaz jovem de faces muito coradas e olhos azuis faiscantes tentava ressucitá-la, mas aparentemente estava fazendo tudo do jeito errado. Correu para lá e tomou a dianteira, o jovem insistiu que sabia o que estava fazendo, afirmando que fizera o curso de primeiros-socorros. Jack argumentou que ele talvez devesse devolver o certificado.

- Poderíamos furar a garganta dela com alguma coisa.- o rapaz sugeriu.

- Sim, você está certo.- Jack respondeu com impaciência. – Por que não vê se acha uma caneta por aí?

Por um momento ele pensou que o garoto fosse dizer que ele era louco por mandá-lo procurar uma caneta naquele caos, mas obedientemente o rapaz se levantou e saiu perguntando a todos quem tinha uma caneta. Jack ficou tocado pela boa intenção do rapaz, mas concentrou-se em fazer a mulher reagir até que ela puxou o ar longamente.

Foi nesse momento que ele viu uma moça grávida respirando com dificuldade e caída no meio da praia. Se levantou correndo e foi ajudá-la indagando quantos meses ela estava. Um outro rapaz jovem apareceu, de físico muito robusto e cabelos encaracolados. Jack pediu que ele cuidasse da moça grávida enquanto ele ajudava outras pessoas, porém, ele mal virou as costas e um pedaço da asa do avião quase caiu em cima do rapaz e da moça. Desesperado, Jack gritou:

- Tira ela daí!

Felizmente, o rapaz conseguiu afastá-la de perto da explosão a tempo. Jack estava sentindo um ferimento arder com força em cima de suas costelas e sabia que precisaria de sutura. Procurou nas malas espalhadas por um kit de costura e ficou feliz ao encontrá-lo. Estava indo procurar um lugar mais tranqüilo para dar uma olhada no próprio ferimento, quando foi abordado novamente pelo rapaz de faces avermelhadas. Solícito, ele exibiu a coleção de canetas que tinha conseguido juntar e perguntou qual delas era a melhor. Jack respondeu:

- Todas são boas.

Não agüentando mais a própria dor, ele foi descansar à sombra de uma árvore e retirou a camisa branca ensangüentada. O ferimento estava muito feio, aberto de ponta a ponta em suas costelas.

Ouviu o barulho de alguém se aproximando e uma linda moça saiu detrás das árvores com os olhos lacrimejantes e o olhar angustiado. Ela parecia muito desnorteada, mas Jack precisava de ajuda.

- Por favor? Você sabe costurar?- indagou ele, ajoelhado no chão, sem camisa, fazendo gestos amplos com as mãos, uma expressão de dor em seus olhos castanhos.

- O quê?- perguntou ela, piscando os olhos verdes, um pouco aturdida, como se não tivesse entendido bem a pergunta dele.

- Você já costurou alguma coisa?- ele repetiu a pergunta, sendo um pouco mais específico.

- Eu costurei umas cortinas pra minha casa.- respondeu a moça, ainda com olhar perdido.

- Ah, perfeito!- exclamou ele com certo esforço. – Escuta, você tem um minuto? Eu preciso de ajuda.

- Ajuda em quê?- ela se aproximou um pouco mais dele.

- Olha só!- ele mostrou seu corte feio na linha das costelas e ela virou o rosto, sentida. – Eu mesmo faria, eu sou médico.- o homem explicou. – Mas eu não consigo...

- Você quer que eu costure...isso?- ela indagou, com medo da confirmação de que o homem estivesse lhe fazendo tal pedido.

- È como costurar uma cortina... – esclareceu ele.

- Não, eu usei máquina de costura.- explicou ela.

- Não, você vai conseguir, eu garanto.- o homem insistiu. – Por favor, me ajuda!- acrescentou numa voz de súplica a qual moça não pôde negar ajuda.

- Tá, tudo bem!- respondeu depois de alguns segundos.

- Obrigado!- o homem respondeu com sinceridade.

Ela se ajoelhou de frente para ele e Jack lhe entregou-lhe duas das garrafinhas de bebida que a aeromoça tinha lhe dado no avião.

- È para as suas mãos.- ele explicou.

A moça então usou quase tudo para esterilizar as próprias mãos e Jack advertiu, ante a inexperiência dela:

- Guarde um pouco para passar no corte.

Ela assentiu e pegou o kit de costura das mãos dele.

- Prefere alguma cor?- perguntou.

Jack sentiu vontade de rir. Ter bom-humor numa hora como aquela parecia um despropósito, mas ele achou adorável a pergunta dela e respondeu com um sorriso trêmulo devido à intensa dor que sentia.

- Preto tá bom!

Ela tirou a camisa fina branca de magas compridas e ficou apenas com a camiseta, prendendo os longos cabelos castanho-avermelhados em um coque para evitar que grudassem na pele devido ao calor e à transpiração causada pelo nervosismo.

- Acho que vou vomitar em você.- ela comentou quando começou a suturá-lo e Jack mordeu os lábios para conter a dor.

- Não vai não.- disse ele, tentando incentivá-la. – Sabe, meu primeiro caso como residente foi o de uma moça que teve a coluna esmagada. Os nervos dela pareciam com macarrão cabelo de anjo. Minha vontade foi de sair correndo.

- E o que você fez?- ela perguntou, interessada. Conversar ajudava a tornar sua difícil tarefa quase mecânica.

- Eu deixei o medo me dominar, mas apenas por alguns segundos. Daí eu contei, 1,2,3,4...5 e o medo foi embora.

- Se fosse eu, teria saído correndo.

- Não teria não.- Jack garantiu. – Não saiu correndo agora.

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1º noite

Anoitecer foi o ponto alto do dia. O tempo passava muito devagar naquela ilha, Ana-Lucia pensou. Nenhum sinal de resgate. Ela observava o ir e vir das ondas quando sua amiga Libby se aproximou dela, sentando-se ao seu lado.

Libby era uma excelente amiga e Ana era eternamente agradecida pelo que tinha feito por ela no avião durante a turbulência, mas ás vezes gostaria que a amiga deixasse sozinha com seus botões.

- Em que está pensando?- Libby perguntou, oferecendo-lhe uma fruta.

- Em quanto tempo mais teremos que ficar nesse lugar.

Libby ouviu a resposta dela em silêncio, até que comentou:

- Sinto muito pelo seu namorado. Ele não teve tempo de voltar para ficar com você.

Ana voltou seus olhos para ela e deu de ombros, dizendo:

- Ele não era meu namorado.

Ela não queria pensar sobre ele porque ainda doía muito. Tinha pedido para Jack que voltasse e ficasse com ela porque não gostava de voar, porque temia exatamente o que acontecera. Mas ele não voltou. Depois do sexo, ele a deixou para trás. Como Danny, como todos. Sentia raiva de si mesma por ter se mostrado tão vulnerável a Jack ao contar sobre seu medo de voar. Também, o que ela esperava? Que por ter transado com ela iria colocar uma aliança em seu dedo e lhe jurar amor eterno? Por mais confiável que ele fosse, certamente não faria isso. A simples idéia de que ele tivesse se apaixonado por ela naquele curto período de tempo era ridícula.

Mas por que isso importava agora se ele estava morto? Se sequer tivera tempo de saber-lhe o sobrenome ou qual era sua profissão? Morto. Era difícil aceitar aquela realidade, mas não havia nada a ser feito a não ser esperar pelo resgate e conformar-se com sua atual situação. Jack, um homem tão incrível que teve tão pouco para conhecer agora estava morto. Ana-Lucia sentiu um nó na garganta, mas não ia chorar. Chorar era perda de tempo, sobreviver era tudo o que lhe restava fazer.

Exausta e por mais que não admitisse, extremamente abalada emocionalmente, Ana-Lucia adormeceu no chão de areia da praia, com a cabeça apoiada em seu casaco de couro marrom, perto de Libby e das crianças, Emma e Zack. Goodwin, um dos sobreviventes também ficou perto dela. Ele era um homem alto, forte e de cabelos loiros, com uma aparência agradável e olhar confiável. Ana-Lucia sentiu-se mais segura com a presença dele ali.

Horas depois, a praia estava em total silêncio. Todos dormiam quando sussurros sinistros despertaram Ana-Lucia. Perto dela, Goodwin também se ergueu. Os sussurros tornaram-se mais altos, seguidos por um barulho estranho de madeira batendo contra uma superfície dura.

- Mas o que foi isso?- alguém indagou.

Ana-Lucia se ergueu depressa disposta a descobrir do que se tratava e Goodwin a acompanhou.

- Libby, fique com as crianças!- ela pediu a amiga.

A aeromoça Cindy também se aproximou para ficar junto de Libby e das crianças. Ana-Lucia e Goodwin seguiram na direção do barulho até que encontraram Mr. Eko, de pé segurando um cajado de madeira, coberto de sangue. Aos pés dele haviam duas ou três pessoas mortas a pauladas.

Ana alargou os olhos e se perguntou: o que tinha acabado de acontecer?

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Jack balançou suavemente uma folha no ar, como se fosse um avião planando e conversou com a garota que tinha lhe suturado o ferimento nas costelas. Já estava escuro e eles se aqueciam diante de uma enorme fogueira. Ele tentava descansar um pouco depois de ter passado o dia inteiro cuidando dos feridos no acidente.

- Estávamos a doze mil pés quando batemos em uma massa de ar. A turbulência foi...muito forte. Depois disso, eu desmaiei. – ele jogou a folha de lado.

- Você estava viajando com alguém?- ela perguntou.

Jack hesitou por alguns momentos, por fim respondeu:

- Não. – não poderia dizer que ele e Ana-Lucia estavam viajando juntos. Tê-la conhecido tinha sido um feliz acaso do destino, mas agora, depois do acidente, lembrar-se dela só o fazia sentir-se culpado. Ela dissera que tinha medo de voar e ele não voltara a tempo de protegê-la.

- Eu não desmaiei.- disse a moça de profundos olhos verdes e pequeninas sardas no rosto bem feito e delicado. – Eu vi tudo. Vi quando a cauda se foi e a parte da frente se partiu.

- È, o avião se partiu, mas as outras partes não estão aqui na praia.- Jack mais uma vez pensou em Ana-Lucia. Ela estava na parte traseira do avião. Se a encontrassem, veria o corpo sem vida dela estilhaçado em sua própria poltrona? A poltrona 42 F que ela tanto odiava? Por que não a chamara para sentar-se com ele junto à 23 B? Sentiu um embrulho no estômago e uma angústia no peito ao imaginar aquele corpo perfeito estraçalhado.

- Você está bem?- a garota perguntou tocando levemente sua testa. – Ficou pálido de repente.

- Eu estou bem.- Jack respondeu. – Só estou um pouco cansado. Acho que se conseguirmos encontrar a cabine do piloto podemos recuperar o transíver e tentar fazer contato com o resgate.

- Como sabe sobre isso?- ela indagou.

- Tive aulas de aviação.- ele respondeu com um sorriso. – Mas não era pra mim.

- Eu vi uma fumaça, nas colinas.- ela apontou para as colinas verdes ao longe que rodeavam a praia. – Se você quiser, posso ir com você amanhã até lá para encontrarmos a cabine do piloto.

"E possivelmente a parte traseira". Jack pensou. Não, não queria encontrar Ana morta. A única mulher que conseguira lhe transmitir um pouco de paz em tanto tempo.

- Eu nem sei seu nome.- ele disse de repente, tentando mudar de assunto.

- Eu sou a Kate.- ela respondeu com um sorriso doce.

- Jack.- ele sorriu de volta.

Ela tirou algo do bolso e começou a brincar com objeto, passando-o de uma mão para a outra. Jack sentiu a garganta seca porque reconheceu o objeto. Era o colar em formato de meia lua, de Ana-Lucia.

- Onde encontrou isso?- ele perguntou, mas exasperado do que pretendia.

- Eu achei na praia.- ela respondeu, um pouco surpresa com o jeito dele. – È seu?- ela estendeu para ele.

- Não.- Jack respondeu. – Mas...- ele quase gaguejou as palavras. - ...era de alguém que conheci.

- Quer ficar com ele?- Kate perguntou, ainda estendendo o colar para ele.

Jack nada disse, apenas pegou o colar e guardou no bolso. De repente, um barulho estranho chamou a atenção de todos. Algo como um rugido longo e ameaçador, seguido de um ligeiro tremor no chão. As palmeiras se agitaram e algumas foram caindo pelo caminho enquanto algo enorme e ameaçador parecia se aproximar deles.

- Viram isso?- indagou Claire, a moça grávida.

Assustadas, as pessoas se amontoaram e ficaram assistindo àquele estranho fenômeno até que o incômodo silêncio reinasse novamente.

- Mas era só o que faltava.- comentou Charlie, outro dos sobreviventes, tão assustado que mal se mexia do lugar.

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12º dia

Ana não agüentava mais enterrar pessoas naquela ilha. Fazer isso já estava virando rotina desde o acidente. Muitos morreram vítimas de ferimentos graves, má alimentação, alergias e até depressão. Ela sabia que a maioria dos sobreviventes a considerava uma pessoa insensível. Pôde ver isso nos olhos de Libby quando ela veio avisar-lhe que a infecção na perna de Donald, um dos sobreviventes gravemente feridos estava morrendo.

Ela se virou para Libby e simplesmente disse:

- E o que você quer que eu faça?

Não podia fazer nada, não era Deus. Sua preocupação maior era com as pessoas que estavam bem, pelo menos de saúde, principalmente as crianças. Ainda não tinham solucionado o mistério das duas pessoas que apareceram de repente na praia e foram mortas por Eko. Essas pessoas não tinham documentos consigo, nem etiquetas nas roupas. Era como se não existissem. Desde àquela noite, em que ela e Goodwin viram Eko coberto de sangue com aquelas pessoas mortas aos seus pés que o homem deixou de falar. Não pronunciava uma só palavra, ficava apenas quieto no seu canto.

Naquela tarde do décimo segundo dia na ilha, Ana preparava uma armadilha para pegar animais na floresta. Estava sonolenta porque não conseguira dormir bem à noite. Tivera pesadelos com o acidente de avião, com as pessoas que tivera que enterrar e com Jack.

Ela sonhara que ele tentara voltar para junto dela, mas o avião se partia antes que ele pudesse alcançá-la e ela podia vê-lo caindo do avião, gritando desesperado por socorro. Resolveu ocupar seu tempo com algo para esquecer aqueles sonhos terríveis.

Goodwin a viu preparando a armadilha e sorrindo se aproximou dela:

- Vamos caçar hoje?

Ela sorriu:

- Acho que sim. Ouvi algo grande no mato, como um porco. De repente a gente pode ter churrasco pro jantar hoje.

- Me parece muito bom.- disse ele. – A que horas partimos?

- Assim que eu terminar isso aqui e quem sabe você também pode pensar numa segunda opção de armadilha... – ela estava dizendo a ele quando viu Nathan sair do meio das árvores. Franziu o cenho, irritada. O que ele estava fazendo na floresta sozinho depois de terem sofrido um ataque por aquelas pessoas desconhecidas? – Onde você foi?- ela o interrogou, incisiva.

- Eu fui ao banheiro.- ele respondeu com tranqüilidade.

- E demorou duas horas pra isso? Temos regras pra ir ao banheiro, vamos em pares!

- Pois eu não me importo com essas suas regras. Eu gosto de privacidade.

Ela ia dizer mais alguma coisa, mas Goodwin interviu:

- Deixe-o Ana! Nathan está correndo perigo por conta própria. Vamos à nossa caçada?

Ana olhou para as crianças que brincavam. Sim, ela iria caçar e tentar encontrar um alimento decente para aquelas crianças. Protegê-las era o que a mantinha viva.

Depois de avisar aos outros que ela e Goodwin pretendiam caçar na floresta, eles se embrenharam na mata atrás do suposto porco que Ana ouvira. Passaram horas na floresta procurando pelo porco, mas tudo o que conseguiram foram duas galinhas. Já era alguma coisa.

Anoitecia quando eles estavam voltando para a praia e resolveram parar cinco minutos para descansar. Goodwin pousou as galinhas mortas que trazia amarradas e penduradas em um cabo de madeira improvisado no chão, depois recostou-se a uma árvore.

Ana ficou perto dele e bebeu de seu cantil de água, em seguida usando um pouco do líquido para aliviar o calor e o suor. Goodwin olhou para ela com um brilho estranho no olhar e ficou fitando-a por longos segundos.

- O que foi?- ela indagou, um tanto incomodada com a intensidade do olhar dele.

- Você é muito bonita, Ana.

Ela ergueu uma sobrancelha, sentindo-se embaraçada com aquele elogio fora de hora e disse, usando o sarcasmo como arma para sair da situação:

- Bem, acho que devo discordar de você porque não me depilo há dias.- gracejou.

Goodwin riu.

- E ainda por cima tem senso de humor. Eu a admiro muito. Se não fosse por você não estaríamos sobrevivendo, Ana.

Ela olhou para o céu, a escuridão se aproximava depressa.

- È melhor irmos. Está ficando de noite e o pessoal deve estar faminto.

Mas Goodwin não parecia ouvi-la. Ainda olhando-a de modo intenso, ele se aproximou dela e a encostou delicadamente contra uma árvore, antes de beijá-la com vontade. Ana, porém, ao sentir o gosto dos lábios dele, apertou os olhos e virou o rosto para o lado antes de empurrá-lo para longe dela.

- Não faça isso de novo!- foi tudo o que disse, muito zangada.

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17º dia

Se existia alguém que não faria falta nenhuma no acampamento, esse alguém era Sawyer, pensava Jack depois de tê-lo esmurrado na frente de todos. O homem era um parasita egoísta que não estava preocupado com ninguém e ainda por cima competia com ele pelas atenções de Kate.

Jack não gostava nem que ele olhasse para ela, mas nada podia fazer quanto a isso. Kate era a maior defensora de Sawyer, dizendo que o problema é que ele era mal compreendido pelas outras pessoas.

Naquele momento, Shannon, a irmã de Boone, o rapaz das canetas precisava desesperadamente de sua bombinha contra asma e segundo Boone, Sawyer a tinha roubado com o intuito de trocá-las por algo de valor. Porque com ele funcionava assim, nada era dado de graça, solidariedade era coisa de gente otária.

Cansado de obrigá-lo a devolver a bombinha, Jack o socou na primeira oportunidade, apenas para deixar seus dedos machucados. Pensou que Sawyer ia revidar, mas ele pareceu satisfeito em fazê-lo perder o controle na frente de todos.

Horas mais tarde, Jack chegou ao seu limite e partiu para medidas drásticas para obrigar Sawyer a falar. Sayid, seu braço direito no acampamento, disse que tinha o método certo para fazer Sawyer falar. Um método ortodoxo demais na opinião de Kate já que Sayid tinha sido torturador da Guarda Republicana do Iraque e no final das contas, o interrogatório seguido por tortura só conseguiu deixar um homem seriamente machucado. Sawyer confessou a Kate que nunca esteve com as bombinhas depois que ela o beijou em troca da informação.

Ela ficou muito zanga a princípio, mas depois que ele foi ferido pela faca de Sayid, Kate tornou-se ainda mais preocupada por ele. Tarde da noite, enquanto suturava a ferida aberta no braço de Sawyer, ele a ouviu repreendê-lo:

- Jack, como pôde permitir que o Sayid fizesse isso com o Sawyer?

- A culpa foi dele mesmo.- Jack respondeu, ainda engolindo sua raiva porque Sawyer confessara pouco antes de desmaiar em virtude do ferimento, que Kate o beijara. – Ele provoca as pessoas ao limite.

- Quer dizer então que considera certo fazer esse tipo de coisa com as pessoas?

- Kate, o Sawyer mesmo diz que estamos na selva.- ele começou a enfaixar o ferimento com uma tira de tecido grossa.

- Acha que sua garota aprovaria isso?

A expressão "sua garota" chamou-lhe a atenção. A quem Kate estava se referindo? Ela não tinha moral nenhuma para brigar com ele daquele jeito por ter cometido um erro. Ela mesma era uma fugitiva da justiça, ele sabia, pois o agente federal que a trazia no avião contou tudo a ele antes de morrer vitimado por ferimentos causados pela queda do avião e um tiro desferido em seu peito por Sawyer.

- De quem você está falando?

- Eu tô falando da dona do colar que você guarda com tanto cuidado. Ela estava no avião, não estava? Ela era sua namorada?

Jack pensou por alguns segundos enquanto terminava o curativo no braço de Sawyer que se mantinha desacordado. Uma artéria fora perfurada e o ferimento era grave.

- Não, ela não era minha namorada, mas eu queria que tivesse sido.- ele respondeu, recolhendo seu kit de primeiros socorros e dando às costas à Kate.

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27º dia

Uma lista com os nomes de todos. Era a única pista que Ana-Lucia tinha sobre aquelas pessoas que tinham roubado as crianças da praia, entre outros sobreviventes. Ela encontrara a lista no bolso de uma mulher que matou enquanto a praia estava sendo atacada.

Aquela era a pior investigação policial que já tinha feito. Seu único suspeito, Nathan, o homem que ela desconfiava estar infiltrado no grupo estava há dias presos em um buraco que ela tinha cavado com as próprias mãos e nada dele confessar uma palavra. Já não estava mais tão certa de que ele era o culpado e suas suspeitas se confirmaram quando acordou no mato na manhã do vigésimo sétimo dia naquela ilha, com os olhos de Goodwin sobre ela, deitado próximo demais.

Ana-Lucia já não se sentia tão segura com a presença dele ao lado dela desde o dia em que ele a beijara na floresta. Aquela atitude lhe pareceu muito estranha. Ele sorriu para ela e desejou-lhe bom dia. Ana respondeu ao cumprimento dele. Cindy apareceu de repente, bradando que Nathan tinha desaparecido. Ana ficou furiosa e indagou a Eko se ele o tinha soltado. Mas Eko ainda permanecia sem falar com ninguém, não pronunciava uma palavra há mais de vinte dias.

Sem mais saber o que fazer, Ana ordenou que seguissem em frente. Querendo ou não, ela era a líder do grupo e precisava manter a salvo os poucos sobreviventes que restavam. Durante a longa caminhada, eles encontraram uma espécie de depósito na selva. Ana ficou feliz por poder encontrar um abrigo. Lá dentro havia um rádio e como a freqüência não funcionava em baixa altitude, Goodwin sugeriu que deveriam levá-lo a um lugar mais alto.

Ana se ofereceu para ir com ele. Tinha sua própria desconfiança e necessitava saber mais sobre aquele homem. Durante o caminho, elas fez várias perguntas a ele sobre qual era o propósito daquelas pessoas e por que estavam sendo atacados. Goodwin respondeu que não sabia ao certo se estavam sendo mesmo atacados. As respostas evasivas dele deixaram Ana ainda mais alerta.

Eles começaram a subir o morro e pararam para descansar e comer uma fruta. Goodwin tinha uma manga e dividiu com ela. Trocaram algumas palavras sobre a origem da faca que Ana encontrara no mesmo bolso onde achara a lista com os nomes deles, nas roupas da desconhecida que ela matara e então tudo aconteceu muito rápido.

Goodwin sentou-se muito próxima dela e acariciou seus cabelos. Ana não o afastou.

- Naquela tarde, quando eu a beijei, espero que não tenha ficado zangada.

Ana ergueu uma sobrancelha:

- Não fiquei zangada, apenas surpresa.

Os dedos dele deslizaram dos cabelos para o rosto dela, acariciando os lábios carnudos com o polegar.

- Fico feliz que não tenha se zangado e embora tenha me dito para não fazer isso de novo, eu...não posso cumprir minha promessa silenciosa, Ana!

Ela o empurrou bruscamente, dizendo:

- Sei quem você é! Portanto, é melhor não tentar nada!

Ele riu suavemente:

- Não a estou atacando, Ana. Nós não estamos atacando.

- Onde estão as crianças? – ela bradou, com os olhos fixos nos dele.

- Estão muito bem. Melhor do que com a gente na praia.

- Eu não acredito em você!

- Pois seria melhor que acreditasse. Olha, se for boazinha, eu posso te levar até as crianças. – ele voltou a se aproximar dela e suas mãos a agarraram pela cintura, antes de soltar-lhe os cabelos e enterrar o rosto em seu pescoço.

- Eu disse pra não fazer isso de novo!- ela advertiu.

Mas Goodwin a puxou com mais força contra si e colocou a faca em seus pescoço, imobilizando-a.

- Não vou beijá-la, Ana! Já que me proibiu de fazer isso! Mas você tem outras delícias a me oferecer!

- O quê?- ela indagou e sentiu uma mão grande em seu seio, apalpando.

Seu coração se encheu de ódio e ela tentou empurrá-lo, mas com o movimento apressado, a faca acabou ferindo-a no pescoço e um filete de sangue escorreu da pequena ferida aberta.

- È melhor tomar cuidado, Ana, se não quiser morrer!- ele advertiu. – Só está viva porque eu implorei que a deixassem viva! Agora é hora de me agradecer por isso!

Ele avançou para cima dela e eles trocaram socos e pontapés. Ana pegou um galho pontudo que encontrou no chão e enterrou no corpo dele quando Goodwin se projetou novamente sobre ela. No segundo seguinte, ele estava morto e seu cadáver caiu sobre o corpo dela, sufocando-a.

Ana sentiu vontade de gritar, mas nenhum som saiu de sua garganta.

xxxxxxxxxxxxxxx

43º dia

Quando Michael decidiu fazer uma jangada, Jack não acreditou que fosse realmente possível com o pouco de material que contavam naquela ilha. Mas depois de dias intensos de trabalho, a jangada se materializou diante de todos, aumentando as esperanças dos sobreviventes quanto ao resgate.

Michael, Jin, Sawyer e Walt partiriam àquela manhã para enfrentar as águas turbulentas do oceano e trazer ajuda para os que ficavam na ilha. Eles estavam levando mensagens dentro de uma garrafa, que seriam entregues para os familiares dos sobreviventes do acidente, para que soubessem que seus entes queridos estavam vivos. Algumas pessoas tinham morrido naqueles quarenta e três dias, a maioria vitimada pelos inimigos quase invisíveis que eles possuíam naquela ilha. E esse era o maior problema de Jack no momento.

Desde que descobriram que havia um espião no grupo, que não estava na lista de passageiros do avião, todos começaram a ser mais cautelosos. Claire, a garota grávida foi uma das maiores vítimas dessas pessoas a quem todos se acostumaram a chamar de Outros. Assim como Charlie que por pouco não morreu enforcado, pendurado no galho de uma árvore.

Danielle Rosseau, a francesa que vivia presa naquela ilha há dezesseis anos, e que fora encontrada por Sayid na floresta viera até o acampamento deles naquela manhã avisar que os Outros estavam vindo e que a única saída que eles tinham era fugir e se esconderem. Um rápido plano foi bolado a partir da descoberta de John Locke sobre uma escotilha encravada na floresta. Descoberta essa que custou a vida de Boone Carlyle, meio irmão de Shannon.

O plano era arriscado. A escotilha parecia ser grande o bastante para esconder todo mundo, mas sua porta estava lacrada com muitas camadas de aço. A única maneira de entrar seria explodindo a porta. Rosseau ia levá-los para onde estava a dinamite e em poucos minutos eles partiriam para a selva. Kate tinha vindo dizer a ele que os acompanharia nessa difícil missão e Jack sentiu um imenso alívio ao saber que ela estaria perto dele.

Kate se mostrara bastante interessada em partir na jangada, mas Sawyer conseguira definitivamente ficar com o lugar que seria dela, então lá estava ela, se preparando para partir com Jack para a selva. Por isso se sentia aliviado, porque estava apegado a ela e queria protegê-la, não queria cometer o mesmo erro que cometera com Ana. Queria cuidar de Kate.

- Jack, tem alguma mensagem para mandar?- indagou Charlie, segurando a garrafa cheia de pequenos papéis.

- Sim.- ele respondeu e entregou a Charlie um pedaço de papel cuidadosamente dobrado. Era estranho, deveria estar mandando uma mensagem para a mãe, mas tudo o que conseguiu escrever foi uma mensagem para Ana, como se ela pudesse ler onde quer que estivesse.

"Me perdoe por não ter voltado a tempo, queria ter segurado sua mão até o fim. Com amor, Jack."

Charlie se afastou levando o papel e Jack chamou Kate e os outros para que eles seguissem logo seu caminho, não teriam tempo de ver a jangada partir.

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45º dia

Ana-Lucia não sabia de quem se tratavam aquelas pessoas que surgiram da água para vir atormentá-la, e ela já estava atormentada o bastante. Não entendeu porque o homem coreano que não falava a língua deles correra como um desesperado para a praia, ainda com o tronco da árvore onde estivera amarrado, preso nas costas, gritando como um degenerado:

- Outros! Outros! Outros!

Dois outros homens também surgiram da água, ambos com expressões cansadas e corpos machucados. Quando viram o coreano, pareceram reconhecê-lo. Mas Ana não podia arriscar, não depois de tudo o que tinha passado.

- Peguem eles!- sua voz foi quase um sussurro para seu amigo Eko, que se aproximou dos homens e os fez desmaiarem com seu poderoso cajado.

Continua...
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MensagemAssunto: Re: Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeDom Fev 07, 2010 8:51 pm

Capítulo 4- Voo 815

Ana-Lucia apertou o botão do caixa eletrônico e recebeu o dinheiro que sua mãe tinha lhe mandado. Checou o relógio. Faltava uma hora e meia para a partida do vôo. Mas ela estava com uma sensação estranha no peito. Teve pesadelos durante a noite, mesmo depois do sexo excelente que teve com Jack.

Acordou assustada pouco antes do amanhecer e resolveu ir embora, comprar alguma lembrança da Austrália para a mãe e ir para o aeroporto. Mesmo assim, antes de deixar o hotel, ela escreveu um pequeno bilhete para Jack e colocou no paletó dele. Se ele ainda estivesse interessado nela a procuraria para um drink no avião.

Ela terminou de guardar o dinheiro na carteira e caminhou até o balcão de uma lanchonete perto da área de embarque para comprar um café. Um casal de coreanos estava comendo próximo, em uma das mesas distribuídas pelo salão. A mulher, muito bonita, dividia o sanduíche ao meio com o marido. Ana-Lucia achou aquele gesto adorável. Será que um dia ela conheceria alguém com quem se casaria e faria coisas como aquela? Não fora assim com Danny. Que bom que não tinha se casado com ele.

Aproximou-se da lanchonete e pediu um café. A garçonete avisou que ainda ia preparar e enquanto isso Ana foi ao toalete. Quando estava quase chegando à porta, passou perto de um homem loiro, alto, com jeitão de cowboy que a devorou com os olhos e disse:

- Yo, mama, você é gostosa!

Ana-Lucia revirou os olhos e fechou a cara para ele, mas o homem sorriu e continuou com o flerte:

- Gosto de mulheres zangadas. Dão um pouco mais de trabalho, mas no fim vale a pena.

Ana seguiu seu caminho, mas um sorriso escapou de seus lábios, embora o atraente cowboy não tivesse visto.

xxxxxxxxxxxxxxxx

Jack não a encontrou no saguão do aeroporto, nem durante o embarque. Ele ficou muito frustrado com isso, mas esperou pela oportunidade perfeita de ir tomar um drink com ela no avião. Pensar nisso diminuiu um pouco a frustração.

Jack tirou o bilhete que ela escreveu do bolso e releu, sorrindo. Me encontre, ela dizia. Sim, ele iria encontrá-la.

xxxxxxxxxxxxxxx

Ana-Lucia detestava voar. Talvez fosse um medo irracional, mas o fato é que não conseguia se livrar daquilo. Quando criança, estava viajando com os pais de Los Angeles para Nova Jersey para passar o natal com os avós quando houve uma turbulência no avião. Ela tinha apenas sete anos e chorou o resto da viagem, com medo. Isso lhe deixara um trauma profundo.

Em seu trabalho como policial, ela passou muito tempo lidando com todo tipo de bandidos, traficantes, assassinos, a escória da sociedade, mesmo assim, o trauma da turbulência do avião em que esteve há tanto tempo atrás foi o mais perto do pânico que ela já tinha chegado. Agora, aquele terror generalizado se repetia naquela viagem de Sidney para Los Angeles. Mas ela não tinha mais sete anos e não podia mais chorar no colo do pai o resto da viagem. Por isso, ela limitou-se a fechar os olhos e pensar em coisas boas até que conseguisse relaxar.

- 42 F?

O timbre de voz masculino agradável que tinha acabado de pronunciar aquelas palavras fez com que ela abrisse os olhos de imediato. Ele estava lá. O homem misterioso e gentil com quem ela passara a noite inteira fazendo amor. Tudo o que sabia sobre ele era que se chamava Jack e que era maravilhoso na cama. Mas agora também sabia que ele era um homem de palavra, pois viera até ela cumprir sua promessa de tomarem um drink no avião.

- Hey, 23 B!- ela cumprimentou, bem humorada, dissipando um pouco a tensão que lhe absorvia momentos antes dele chegar.

- Duvidou que eu viesse?- ele indagou.

- Nem por um segundo.- ela respondeu com um sorriso.

Jack sentou-se em uma das poltronas vazias ao lado da dela.

- Você não é uma pessoa muito popular né?- ele gracejou, porque todas as poltronas ao lado dela estavam vazias.

Ela riu:

- Pois é, não fui escolhida a rainha do baile, então sofro as conseqüências disso ainda hoje.

Jack chegou bem perto dela e pegou uma de suas mãos, levando-a aos lábios e beijando-lhe os dedos.

- Por que você foi embora hoje de manhã? A cama ficou tão vazia sem você.

- Bem, eu não costumo estar na cama no primeiro encontro.- ela brincou. – Sabe como é, gosto de deixar um ar de mistério.

- Por isso escreve bilhetinhos?

- Não gostou do bilhetinho?

- Eu adorei o bilhetinho.- ele respondeu com voz sedutora. – Me deixou desesperado pra ver você outra vez. – ele lambeu os lábios instintivamente quando disse isso e sem perceber, Ana-Lucia fez o mesmo quando eles ficaram frente a frente, olhos grudados.

Os rostos se aproximaram e no instante seguinte estavam aos beijos, sem se importarem com os outros passageiros que estavam por perto. Uma mulher loira de olhos verdes, que lia uma revista na poltrona 42 H sorriu e exclamou quando viu os dois passageiros que se beijavam freneticamente:

- Uau!- e voltou a se concentrar em sua revista.

O beijo deles durou até que uma aeromoça os interrompesse com um pigarrear da garganta. Ela trazia o carrinho de bebidas.

- Desculpem interromper.- ela disse, um pouco embaraçada. – Mas desejam beber alguma coisa?

Ana ficou um pouco tímida com a interrupção da aeromoça, mas Jack estava bastante tranqüilo quando respondeu:

- Pra mim uísque com uma pedra de gelo e para a senhorita, uma dose de tequila.

Ela sorriu porque Jack se lembrou da bebida dela. A aeromoça os serviu e se afastou logo com o carrinho. Ana começou a tomar sua bebida em pequenos goles e Jack passou um braço ao redor dos ombros dela antes de fazer o mesmo.

- Você está melhor hoje? Sobre o seu pai?- ela indagou, gentil.

- Sim, porque uma morena linda me ajudou a espairecer ontem à noite. – ele respondeu, acariciando o rosto dela. Os olhos castanho-esverdeados brilhavam de desejo.

A mão dele passou por debaixo dos cabelos soltos dela e a segurou pela nuca trazendo-a para mais um beijo que Ana não negou. O beijo daquela mulher era quente e Jack sentiu seu corpo aquecer-se inteiro quando sentiu a língua dela provocando a sua.

- Eu quero você!- ele sussurrou quando eles se afastaram para retomar o fôlego.

- Mas como... – ela indagou quando sentiu a mão quente dele em sua coxa.

- Eu ouvi dizer que tem um banheiro interditado.- disse ele, baixinho para que ninguém o ouvisse.

Ana olhou ao redor, ponderando se era uma boa idéia, mas um aperto mais forte de Jack em sua coxa fez com que ela tivesse que decidir mais depressa. Jack beijou o pescoço dela e disse em seu ouvido:

- Faria qualquer coisa pra te tocar de novo...

Ela gemeu baixo e suavemente com aquelas palavras provocativas, e respondeu:

- Sim.

Jack não disse mais nada, apenas ficou segurando a mão dela e degustando seu drink, como se sua mente estivesse maquinando a melhor maneira deles saírem dali desapercebidos.

Em dado momento, quando um rapaz jovem e muito gordo saiu de um dos banheiros que funcionava e tropeçou em algo que estava no chão do corredor do avião e quase caiu tentando voltar à suas duas poltronas que ficavam muitas cadeiras à frente, Jack aproveitou a confusão e se levantou da poltrona ao lado de Ana, piscando para ela como um menino travesso. Ana-Lucia mordeu o lábio inferior, sorrindo porque tinha entendido o recado.

Cerca de dois minutos depois, ela terminou sua bebida e levantou-se de sua poltrona para ir encontrar Jack no banheiro interditado. A mulher loira na poltrona 42 H sorriu novamente porque tinha compreendido o plano dos dois. Não que eles não estivessem sendo discretos, mas sim porque ela era psicóloga e conseguia ler nas entrelinhas. Adorava observar o comportamento humano, um de seus passatempos preferidos.

Enquanto caminhava pelo corredor apertado rumo ao banheiro, Ana-Lucia estava nervosa. Seu estômago dava voltas e voltas denunciando sua ansiedade. Seu medo de voar era tanto que quando estava em um avião nem gostava de se levantar de sua poltrona e caminhar pelos corredores. Mas ao mesmo tempo em que estava com medo, sentia uma forte excitação dominá-la frente à ousadia de Jack. Quando o conheceu no bar do aeroporto, ela poderia jurar que ele não era o tipo do cara capaz de transar em um avião em movimento.

Quando chegou à porta do banheiro, onde estava uma placa pendura com a palavra “interditado” escrita em letras vermelhas e garrafais, Ana-Lucia começou a pensar sobre o que sua mãe diria se soubesse o que ela estava prestes a fazer.

“A Capitã Cortez me colocaria numa solitária por três dias, tenho certeza”.- ela pensou consigo, sorrindo e deu três batidinhas na porta do banheiro, antes de dizer:

- Toc, toc!

Ouviu a fechadura do banheiro destrancar e encontrou Jack do outro lado da porta sem o paletó, com os botões da camisa branca semi-abertos, revelando os pêlos castanhos do peito. O olhar era predador.

- Não temos muito tempo... – ele disse com voz suave, puxando-a para dentro e fechando a porta em seguida.

Ana riu baixinho.

- Ok, então você tem experiência em fazer sexo em banheiros de avião?

- È a minha primeira vez, baby, então vou precisar de ajuda.

Ela sorriu e tirou o casaco marrom. Jack viu a blusa branca por baixo e lembrou-se da blusa preta. Dessa vez ela não usava o colar de meia lua no pescoço.

- Ok, o que foi que eu disse sobre usar duas blusas?

- Gosto de te torturar!

- Hum, então é essa sua profissão, torturadora?

- Oops, acho que falei demais!- ela respondeu, descartando a blusa branca.

Jack direcionou sua mão para o top preto dela, mas Ana colocou sua mão sobre a dele, dizendo:

- Você mesmo disse que não temos muito tempo...

Ele afastou a mão e Ana-Lucia soltou o botão da calça jeans, descendo-a depressa para baixo. Jack prendeu a respiração quando vislumbrou a peça íntima de algodão que ela usava, branca com pequenas estampas, como a lingerie de uma adolescente.

- O que foi?- ela indagou, se fazendo de inocente.

- Eu já disse que tenho fetiche por lingeries como essa?- ele espalmou as mãos em ambos os lados dos quadris dela e a trouxe para perto enquanto suas bocas se encontravam.

Ana desafivelou o cinto dele e soltou o botão da calça preta, descendo-a junto com a cueca boxer de seda, escura. Ele então puxou a calcinha dela para baixo e encostou seu corpo no dela, beijando e mordiscando-lhe o pescoço.

Mas o banheiro era muito estreito e a posição estava um pouco complicada para que ele pudesse ir em frente. Então ele a virou de costas para ele e a imprensou contra a parede.

- Jack... – ela gemeu.

- Shiii, não podemos fazer barulho dessa vez!- ele advertiu, encaixando-se entre as coxas dela.

Ana usou sua mão para guiá-lo para dentro de si e sufocou um grito agudo de prazer quando ele deslizou para dentro dela e enterrou o rosto em seus cabelos. O que estava acontecendo com ela? Começou a se perguntar. Ela não costumava ser assim tão descontrolada, gostava de fazer planos, de saber onde estava indo. Mas aquele homem a enlouquecia, fazia com que ela não tivesse medo de mostrar quem era. Jack era o único capaz de fazê-la sentir tanta vontade de gritar de prazer.

Jack por sua vez, sentia-se flutuar enquanto deslizava para frente e para trás naquele corpo macio e acolhedor. Ela era deliciosa e ele não se cansava dela.

- Você me deixa louco, ninfeta!- Jack confessou ao seu ouvido.

Ana apoiou as duas mãos na parede, completamente dominada e deixou-se levar.

- Sobe a blusa!- ele mais ordenou do que pediu. – Ana!

Com mãos trêmulas, ela ergueu a blusa, de modo que seus seios ficassem livres e sentiu que ele os agarrava, segurando-os com força.

- Como você pode ser tão gostosa? – ele murmurava, como se estivesse conversando consigo mesmo.

Ele se movimentou mais forte dentro dela atingindo um ponto em seu corpo que a enlouquecia e Ana gemeu mais alto. Jack foi obrigado a usar uma das mãos para conter o som da voz dela ou alguém poderia ouvi-los.

- Minha linda, adoraria ouvir você gritar, mas aqui não podemos...fica bem quietinha...

- Hummmmm... – ela respondeu com um gemido sufocado pela mão dele e Jack soltou-lhe os lábios.

Ele cheirou-lhe o pescoço e beijou suas costas, dizendo:

- Eu já lhe disse o quanto gosto dessas marquinhas de sol no seu corpo? São lindas...

- Não posso mais... – ela gemeu e Jack sentiu os músculos internos dela apertarem. Ela estava quase lá.

- Oh, sim, você pode...vem pra mim ninfeta linda...vem...- ele apertou os quadris dela com força e Ana atingiu um forte orgasmo, encostando o rosto na parede e mordendo os lábios para não gritar. Mas pequenos gemidos ainda lhe escaparam da garganta.

- Mmm...oh...humm...

- Oh, Deus!- Jack gemeu baixo quando sentiu o próprio gozo se desprendendo de seu corpo para preenchê-la, mas naquele momento uma idéia passou por sua cabeça, algo que em seus devaneios de prazer ainda não tinha pensado. E se ele a tivesse engravidado?

Ana sorria para ele, suada e satisfeita quando se afastaram e começaram a se vestir depressa. Não parecia nem um pouco preocupada com a possibilidade de ficar grávida.

- Quem sai primeiro?- ela indagou, terminando de abotoar as calças.

- Eu vou sair.- ele respondeu, você sai um ou dois minutos depois, ok? Eu te espero ao lado da sua poltrona.

Ana assentiu e Jack saiu depressa. Ela procurou pelo casaco marrom e o colocou, ajeitando os cabelos em frente ao espelho em um rabo de cavalo folgado. Usou duas folhas de papel toalha para enxugar o rosto e o suor que escorria incômodo entre os seios e saiu do banheiro, esquecendo a blusa branca que ficou jogada em um canto.

Ficou feliz ao perceber que ninguém tinha notado a travessura dos dois e voltou para sua poltrona onde Jack a esperava com novos drinks.

- Hey!- ele disse, carinhoso quando a viu.

- Hey!- ela respondeu, deitando a cabeça no ombro dele. – Estou cansada.

Ele beijou-lhe os cabelos e ela o surpreendeu com um pedido inesperado.

- Eu queria que você ficasse o resto da viagem aqui comigo. Eu te disse que não gosto de voar.

Jack acariciou o rosto dela com ternura e respondeu:

- È claro que eu fico. Vou ficar aqui e cuidar de você enquanto me quiser por perto.

Ela sorriu e entrelaçou os dedos com os dele. Alguns minutos depois, ela havia adormecido, relaxada. Jack lembrou-se que deixara a pasta com os documentos do óbito de seu pai enfiadas na poltrona 23 B, precisava voltar lá para buscar.

Ergueu-se com cuidado da poltrona para não acordá-la, mas ouvia-a dizer em seu sono, de olhos fechados:

- Não me deixe sozinha...

- Eu não vou deixá-la!- ele sussurrou no ouvido dela. – Volto em alguns minutos. Preciso buscar uma coisa que esqueci, certo baby?

Ana abriu os olhos, ainda sonolenta e assentiu, fechando os olhos novamente. Jack então, apressou-se pelo corredor de volta à sua poltrona. Quando lá chegou e começou a procurar pela pasta com os documentos de seu pai, a mesma aeromoça que o tinha atendido quando ele estava com Ana, se aproximou dele com o carrinho de bebidas:

- Que tal estava a bebida?- indagou com um olhar cheio de malícia.

Jack achou aquilo engraçado. A mulher tinha acabado de vê-lo com Ana e mesmo assim ainda flertava com ele. Era estranho como algumas pessoas consideravam atraente dar em cima de alguém aparentemente comprometido.

- Estava boa.- Jack respondeu com um sorriso educado. – Mas não forte o bastante.

A aeromoça sorriu e entregou a ele três garrafinhas de bebida. Jack pegou as bebidas das mãos dela e a aeromoça sussurrou:

- Não conta pra ninguém...

- Imagino que isso deva ser contra as regras da avião internacional... – ele gracejou pegando um copo descartável com gelo no carrinho de bebidas e se servindo.

A mulher sorriu mais uma vez para ele e afastou-se levando o carrinho consigo. Jack sentou-se por alguns instantes em sua poltrona e serviu-se das bebidas que a aeromoça lhe entregara. Viu a pasta que procurava enfiada na capa da poltrona e pegou-a, colocando-a sobre o colo. Tomou sua bebida em grandes goles e já estava se levantando para voltar para junto de Ana quando um homem passou rapidamente por ele no corredor em direção ao banheiro. Fez isso tão rápido que Jack teve que recuar para não trombar com ele.

- Desculpe...licença... – foi tudo o que o homem de aparência muito jovem e baixa estatura disse a ele, sem nem ao menos olhá-lo.

- Ele deve estar muito apertado.- comentou uma senhora negra, sentada na poltrona perto da de Jack, observando o olhar dele para o baderneiro.

Jack sorriu.

- Sabe, eu não gosto muito de viajar de avião.- a simpática mulher puxou conversa. – Mas meu marido diz que aviões foram feitos para voar.

- O seu marido é um homem inteligente.- disse Jack, ainda de pé, ansioso para voltar para junto de Ana.

- Ele é sim.- a senhora concordou. – Mas pode dizer a ele quando voltar do banheiro.

Nesse momento, o avião inteiro tremeu rapidamente. Jack teve que se sentar de volta em sua poltrona. Ele reparou que a senhora ficara assustada e resolveu confortá-la por alguns momentos antes de retornar à poltrona de Ana-Lucia.

- Não se preocupe, não deve ser nada. Faço companhia a você até seu marido voltar. Vai dar tudo certo... – ele começou a dizer, mas houve um novo solavanco, seguido de mais um e de repente as máscaras de oxigênio saíram do teto.

xxxxxxxxxxxxx

Ana-Lucia acordou alguns minutos depois de Jack ter saído do lado dela. Aquela sensação ruim que tivera antes de pegar o vôo voltou a atormentá-la e ela quis levantar-se para ir atrás de Jack, mas quando tentou fazer isso, o avião balançou de um jeito estranho e ela caiu sentada em sua poltrona.

O pânico a atingiu e ela começou a tremer visivelmente. A mulher que estava sentada próximo a ela percebeu seu mal estar e levantou-se de sua própria poltrona para ajudá-la.

- Não se sente bem?- ela perguntou com simpatia e Ana tentou sorrir, mas seu coração estava acelerado. Ela se perguntava por que Jack não voltara ainda?

- Hey, escute. Vai ficar tudo. Turbulências como essa acontecem o tempo todo em viagens longas. – tentou tranqüilizar a mulher, sentando-se ao seu lado e segurando suas mãos antes que ela dissesse qualquer coisa. – Eu sou a Libby, qual o seu nome?

Ana-Lucia tentou responder mas o avião voltou a balançar, dessa vez mais forte e não parou mais. Os olhos dela se encheram de lágrimas e ela gritou sem perceber:

- Jack!!

Suas mãos seguraram com força as mãos da desconhecida que lhe ajudava e máscaras de oxigênio saltaram à sua frente.

- Precisamos colocar as máscaras.- disse Libby, puxando uma para si e outra para ela, mas Ana não parecia escutar de tão atormentada que estava. Só sentiu que a mulher lhe punha uma máscara.

De repente havia muito vento e o avião estava claro demais. Ouviam-se gritos agudos e o barulho de peças de metal se partindo, se desmanchando. Ana sentiu a vista escurecer e não viu mais nada desde então.

Continua...
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Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Empty
MensagemAssunto: Re: Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeQua Jan 27, 2010 1:21 pm

Citação :
amo demais essa fic!!!

Valeu, Mah! flower

Capítulo 3- Ainda quero aquele drink!

Ana-Lucia despertou com o roçar de uma barba mal feita em seu pescoço. Sorriu e deu um pequeno gemido rouco.

- Jack?

- O seu macarrão já chegou e se não comer agora vai esfriar.

Ela esfregou os olhos e sentou-se na cama, puxando a coberta consigo.

- Macarrão com muito molho de tomate e pimenta?

- Eu estava em dúvida se você gostava ou não de pimenta, então eu mandei o serviço de quarto acrescentar ao pedido mesmo assim...

Ana levantou-se da cama e caminhou pelo quarto ainda segurando as cobertas ao redor de seu corpo. Jack achou aquele gesto adorável, pois apesar de terem acabado de fazer amor no chão acarpetado do hotel, ela não se mantinha completamente disponível para ele apesar da intimidade que desfrutaram.

Jack foi sentar-se com ela à pequena mesa posta para dois, enquanto Ana-Lucia destampava as apetitosas e fumegantes travessas de comida.

- Filé à parmegiana e macarrão com molho de tomate apimentado!- ela exclamou. – Oh, Jack você é deliciosamente mau!

Ele riu:

- Preocupada com a silhueta?

- Não, homem.- ela respondeu, servindo-se de uma porção generosa de macarrão. – Uma das coisas que você precisa aprender sobre mim, é que eu penso que a vida é muito curta para ser desperdiçada com dietas. Eu gosto muito de comer bem!

- Não precisa se preocupar mesmo, seu corpo é muito em forma.- ele elogiou, incapaz de tirar seus olhos dela, ficando excitado de novo sabendo que ela estava nua debaixo das cobertas.

- Gosto de exercícios físicos.- ela respondeu vagamente, levando o garfo de macarrão à boca e saboreando com prazer o molho picante.

- Hummm...que delícia!- ela gemeu, deixando escapar um pouco de molho de tomate no cantinho da boca.

Jack pegou um lencinho e limpou no lugar exato, num gesto cuidadoso. Ela sorriu em agradecimento.

- O que faz em Sidney?- ele perguntou de repente, enquanto servia um pedaço de filé em seu prato.

- Eu viajei pra cá a trabalho.- ela respondeu, sem acrescentar mais nada enquanto se servia de uma taça do vinho que Jack escolhera. – Muito bom o vinho!- elogiou. – Você tem bom gosto pra muitas coisas, Jack.

Ele beijou-lhe a mão e disse:

- Você é linda demais!

Eles beijaram-se profundamente e Ana-Lucia ergueu-se da cadeira, segurando a coberta ao redor de si.

- Será que posso vestir a sua camisa para terminar de jantar? Não consigo mexer meus braços direito sem deixar as cobertas escorregarem...

Jack a fitou dos pés à cabeça. Ela exalava sensualidade e sabia disso, seduzindo-o daquele jeito.

- Claro. Pode pegar o quiser, baby.

- Quanta generosidade!- ela exclamou, caminhando pelo quarto. Juntou a camisa branca de Jack que estava jogada no chão, junto com sua calcinha e entrou no banheiro.

Jack ouviu o barulho do chuveiro e ela saiu poucos minutos depois, com o cabelo úmido, cheirando a sabonete de lavanda, usando a camisa dele, com dois botões abertos, expondo um delicioso decote.

Ele ergueu-se da cadeira e não resistiu abraçá-la.

- Hum, você está cheirosa...

- O jantar esfriou?

Jack balançou a cabeça negativamente e Ana voltou para seu lugar, voltando a comer também.

- Eu precisava tomar um banho.- explicou. – Estava muito suada...

- Tudo bem.- ele respondeu.

- E excitada.- ela continuou. – Você e suas tatuagens, estão mexendo comigo, homem!- ela fitou o peito nu de Jack, cheia de desejo.

A virilha voltou a incomodá-lo, mas ele não se mexeu do lugar, esperou que ela tomasse a iniciativa. Ana-Lucia levantou-se da cadeira e indagou, sedutora:

- Quer dançar, Jack?

- Dançar?- ele indagou, surpreso. – Mas não temos música.

- A música está aqui.- ela colocou um dedo em sua têmpora, indicando que a música estava na mente.

Ana o puxou delicadamente pela mão e com um gesto sensual o convidou a acompanhá-la.

- Você é o quê? Bailarina?

Ela riu gostoso e rodopiou pelo quarto com ele. Mais uma vez, Jack esquecia um pouco a tensão que estava sentindo. Ana-Lucia o fazia sentir-se leve, livre de qualquer pecado e isso era muito bom, embora estivesse acontecendo muito rápido, tudo em uma única noite.

Eles dançaram juntos ao som da música imaginária que lhes aquecia os corações e rodopiaram pelo quarto até ficarem tontos, quando então Jack levou Ana-Lucia para a cama novamente.

Jack não soube explicar o porquê, mas junto dela sentia uma paz de espírito que pensou jamais poderia experimentar aqueles dias. Na cama, ele recomeçou a beijá-la devagar, com ternura. Ela mostrou-se receptiva e o beijava de volta, ainda que não se movesse do lugar.

Ele desabotoou a blusa dele que ela vestia e mais uma vez desnudou-lhe o corpo para ele aquela noite.

- Não sei nada sobre você... – ele murmurou. – Só sei que é linda, gostosa, tem uma voz deliciosa... – ele beijou o pescoço dela com delicadeza, causando-lhe arrepios na pele.

- Sabe o suficiente.- ela respondeu, erguendo um pouco o tronco para que ele saboreasse os seios, que se empinavam na direção dele. – Sabe que eu gosto de macarrão e molho de tomate, que tenho medo de voar e que estou gostando muito de estar com você, Jack!

Ele roçou o rosto pelos seios dela, lambeu um mamilo e o mordiscou. Ouviu a respiração dela acelerar.

- Sim, eu sei de tudo isso sobre você, é verdade. Mas sei de mais uma coisa...

- O quê?- ela indagou, fitando os olhos bonitos dele.

- Que você é uma mulher que eu não posso deixar escapar dos meus braços...

- Mas eu não quero escapar dos seus braços.- ela respondeu, puxando-o para um beijo.

As mãos de Jack tocaram todo o corpo dela, experimentando os lugares onde a sensibilidade dela era maior e fez grandes descobertas. Ana-Lucia se arrepiava inteira quando ele lhe soprava a nuca ou mordia levemente os bicos dos seios. Descobriu também que ela se deliciava quando ele beijava a parte interna das coxas e atrás do joelho, passando a língua levemente e sentindo-a estremecer em seus braços.

- Vem aqui, vem... – ela pediu quando ele se colocou entre as coxas dela e passou as mãos com vagar pela pele dela, apalpando de leve.

- Hum, acho que vou ficar por aqui mesmo...

Ela riu e deixou que ele ficasse onde estava, por enquanto. Jack deslizou a calcinha dela para baixo e cada pedaço que ficava descoberto, ele beijava com carinho. Ainda estava maravilhado com o lindo contraste que a pele bronzeada dela fazia com a parte escondida, destacando os ralos pêlos escuros e macios de sua intimidade.

Jack passou o dedo sobre eles e se abaixou, beijando a barriga dela. Ana sentiu uma pequena palpitação em sua vagina, porque ele estava perto demais e mal a tocava. Por causa disso, ela esfregou as coxas nervosamente. Jack sorriu e segurou-lhe as coxas, afastando-as e expondo-a para ele.

A visão erótica o deixou sem fôlego. A excitação dela era completamente perceptível e Jack não hesitou em saboreá-la com seus lábios, beijando-a intimamente. Mais uma vez Ana gemeu aquela noite, deixando que o prazer falasse mais alto ao invés de guardar suas emoções para si mesma.

Jack sentiu que ela lhe segurava pelos ombros, acariciando-lhe a nuca, incentivando-o a continuar. E ele provou dela até deixá-la lânguida de prazer, implorando para ser preenchida por ele.

- Me possui, agora!- ela sussurrou, convidando-o com um gesto sensual dos dedos a deitar-se sobre ela e ele procurou o calor do corpo feminino, se estreitando entre as coxas bem torneadas. Mais um beijo foi trocado enquanto ela o sentia invadindo seu corpo, com menos cuidado que da última vez porque agora seus corpos pareciam habituados um ao outro.

Jack gostou de sentir-se profundamente dentro dela, porque a sensação que tinha era a de total completude. Não se lembrava de ter sentido isso com outra mulher desde Sarah.

“Sarah”. Sua mente pronunciou o nome dela, mas pareceu tão sem importância diante do amor gostoso que estava fazendo com aquela morena misteriosa, que o estava levando ao delírio.

- Hummm...você faz tão gostoso, Jack. – ela elogiou o desempenho dele, acariciando-lhe as costas e passando as unhas levemente para deixá-lo mais excitado.

- È você que faz eu me sentir assim... – ele respondeu, beijando-lhe o pescoço antes de buscar-lhe a boca para novos beijos selvagens.

Eles rolaram na cama e Jack colocou-a de lado, buscando o apoio na cama com o próprio corpo, mantendo-se dentro do corpo dela. A mudança súbita de posição a fez dar um gemido bem alto de satisfação que fez Jack colar-se ainda mais ao corpo dela, gemendo e segurando-lhe um dos seios com força.

Ana recostou sua cabeça ao ombro dele, puxando ar e gemendo palavras desconhecidas para Jack. Mas no tom em que estavam sendo ditas, era óbvio que se referia ao intenso prazer que ela sentia.

- No quiero que pare...oh no...tomame cariño...así...cerca de mi...tocame...

Jack deslizou uma das mãos pelas coxas dela e tocou-lhe o clitóris, exposto pela posição em que sem encontravam. Pressionou-o com delicadeza até senti-la se contorcer em seus braços e gritar seu nome. O ápice da noite foi ouvir seu nome sendo dito daquela maneira por aquela voz rouca e gostosa.

- Jackkk...

O orgasmo intenso dela liberou seu próprio gozo e ele fechou os olhos, imerso em puro prazer, pronunciando suavemente o nome dela:

- Ana-Lucia...

xxxxxxxxxxxxxx

Jack acordou de repente de um sonho ruim, como se tivesse saído de seu corpo e entrado tão depressa de volta que os pensamentos ficaram confusos. Instintivamente, suas mãos tatearam o acolchoado da enorme cama procurando pela sua companhia da noite, mas ela não estava lá.

Ele sentiu um vazio estranho e sentou-se na cama. Os travesseiros e as cobertas estavam impregnados com o delicioso perfume dela. Jack procurou-a com os olhos pelo quarto e a chamou suavemente:

- Hey, Ana, cadê você?

Mas não obteve resposta. Levantou-se da cama completamente nu e andou pelo quarto em busca de sua ninfeta misteriosa. Porém não a encontrou e embora não quisesse admitir, ficou bastante decepcionado. Tinha sido tão bom fazer amor com ela e dormir com a cabeça recostada aos seios macios. Será que tinha sido alguma coisa que ele tinha feito?

Não, não era possível que fosse. Era perfeitamente capaz de manter uma mulher interessada por mais de uma noite. Mas aquela bela morena não era igual outras mulheres que já tinha conhecido. Ela era diferente, segura de si, como se soubesse exatamente o que estava fazendo. Fora assim quando ela o abordara no bar.

De repente, uma idéia esdrúxula lhe veio à cabeça. E se ela não fosse quem dizia ser? E se tivesse se aproximado dele no bar esperando tirar vantagem? Isso seria horrível se tivesse acontecido. Jack não suportaria ter sido feito de estúpido.

Com esse pensamento, ele correu a procurar seus pertences, especialmente a carteira e sim estava tudo lá, no mesmo lugar. Dinheiro, cheques e cartões de crédito. Um alívio percorreu o corpo dele, ao mesmo tempo sentiu-se culpado por ter pensado tal coisa dela.

Ela era linda, sexy, fogosa e carinhosa e a noite havia sido maravilhosa. Então por que ela partira? Olhou o relógio. Tinha que ir para o aeroporto. O avião partiria antes do almoço. Tomou um banho, pediu um café da manhã pelo telefone e começou a se arrumar imaginando se encontraria a garota no avião. Ao vestir seu paletó preto, um pedaço de papel caiu no chão. Jack apressou-se em pegá-lo. Um sorriso brincou em seus lábios quando leu o que estava escrito:

- Bom dia, 23 B. A noite foi maravilhosa, mas ainda quero tomar aquele drink. Me encontre no vôo. Assinado: 42 F.

Continua...
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MensagemAssunto: eeeeeeeeeeeeee   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeSeg Jan 25, 2010 12:29 pm

minha fic linda!!! amo demais essa fic!!! cat
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MensagemAssunto: Re: Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeSeg Jan 18, 2010 7:46 pm

Capítulo 2- Debaixo das suas roupas


Jack ergueu uma sobrancelha.

- Eu não sei ao certo pra onde ir esta noite... – ela confessou. – Por que não vem comigo?

Pronto, o convite estava feito e Jack estava mais do que inclinado a aceitar. Por que não desfrutar daquela doce companhia se tinha que ficar mais uma noite em Sidney remoendo a culpa que sentia pela morte de seu pai?

Jack colocou sua bagagem no porta-malas do táxi e entrou no carro, sentando-se no banco de trás, ao lado dela. Havia bastante espaço para que cada um se recostasse a uma janela, mas o frio e a estranha atração que se apoderara de ambos fez com que eles ficassem muito próximos um do outro, as coxas se tocando.

- Pra onde vamos?- ela indagou, de repente.

- Gostaria de ir a um hotel?- ele perguntou e o taxista deu uma olhada maliciosa para o banco de trás. Ana-Lucia ergueu uma sobrancelha e Jack percebeu sua gafe. – Eu digo, para deixar suas coisas, trocar de roupa...vai precisar de um lugar para passar a noite.

- Sim, eu quero ir a um hotel.- ela respondeu e o restante das palavras foram sussurrados, para que só Jack pudesse ouvir: - O mesmo hotel que você for.

- Para o Hilton.- Jack disse de imediato ao motorista, tentando controlar as sensações que se apoderaram dele quando ela disse que queria ir para o mesmo hotel que ele. “Mesmo hotel, mas não mesmo quarto”.- Jack pensou por fim, mas estava esperançoso de conseguir mais que um drink aquela noite com ela.

O táxi seguiu o itinerário pedido por Jack. O hotel Hilton em Sidney não era muito longe do aeroporto, mas naquele final de tarde, Jack achou a distância entre ambos muito mais longa que a habitual. A verdade é que estava nervoso, aceitara a proposta de dividirem o mesmo táxi, o mesmo hotel e agora surgia a possibilidade de dividirem a mesma cama. Ora, ele estava em Sidney para levar seu pai de volta para LA, morenas sensuais não faziam parte da missão, mas ele não podia resistir.

Ela voltou-se para ele, como se fosse dizer alguma coisa, mas nada disse, apenas o fitou com aqueles enormes olhos negros que tanto o impressionaram. Jack reparou no colar em forma de meia-lua que ela trazia ao pescoço. Antes que pudesse parar a si mesmo, seus dedos brincaram com a jóia.

- È bonito!

- Foi presente do meu pai. Mas ele já morreu. – ela comentou, com a mesma naturalidade com que perguntara a Jack sobre o pai dele.

- Ele morreu de quê?

- Em serviço. Ele era policial.- dessa vez a resposta dela foi evasiva e ela pareceu um tanto incomodada em tocar naquele assunto, Jack pensou em mudar o rumo da conversa, mas simplesmente não sabia o que dizer. Seus olhos agora estavam focados na suavidade dos lábios rubros e carnudos dela que pediam beijos.

A mão dele parou de brincar com o colar e tocou levemente a dela que estava repousada sobre um de seus joelhos. Os rostos ficaram muito próximos e o roçar dos lábios foi inevitável. Mais uma vez o motorista lançou um olhar para o banco de trás, mas nada disse, seguindo seu caminho.

Jack pegou-se surpreso quando beijou a boca de Ana-Lucia. Os lábios dela eram de uma maciez que ele não se lembrava de já ter experimentado antes, quentes e saborosos. Não queria mais parar de beijá-la e eles não se separaram, ficaram beijando por muito tempo. Os lábios se encontrado, as línguas duelando. Paravam apenas de vem em quando para retomar o fôlego, mas aí voltavam a uni-los, inebriados pela doçura daqueles beijos.

Quando o motorista parou o carro à frente do hotel Hilton, teve que pigarrear para afastar o casal. Embaraçado, Jack sorriu e procurou pela carteira no paletó enquanto Ana-Lucia puxava sua própria carteira dentro da bolsa. Jack notou o gesto dela e disse:

- Não, deixa que eu pago!

- Não, eu ainda tenho algum dinheiro.- ela contestou, mas Jack tocou-lhe o joelho, suavemente.

- Pode deixa, Ana!

Ele pagou ao motorista e quando eles desceram do carro, a chuva forte ainda caía e eles tiveram que correr para dentro do saguão do hotel.

- Sabe, eu não faço isso... – ela disse, quando eles pararam diante da recepção. – Você não me deixou pagar e...

- Sei que não faz!- ele respondeu com convicção, acreditava nela. Sabia que o fato de estarem ali juntos naquele hotel decorrera da atração instantânea que ambos sentiram no bar do aeroporto, nada tinha a ver com “facilidades” ou interesses financeiros. E ele também não estava procurando uma “acompanhante” para passar o tempo, ele queria apenas passar alguns momentos com aquela morena de sorriso fácil capaz de confrontá-lo e fazê-lo esquecer de suas próprias agruras.

Jack aproximou-se dão balcão da recepção seguido por Ana-Lucia e a simpática atendente sorriu para eles.

- Gostariam de um quarto?

Ele olhou para ela e tentou descobrir se haveria alguma hesitação caso ele solicitasse apenas um quarto, mas surpreendeu-se quando ela concordou de pronto, dizendo:

- Sim, queremos um quarto.

A atendente voltou a sorrir, de maneira afetada devido à natureza de seu trabalho e começou a checar a disponibilidade dos quartos no computador. Jack olhou para Ana-Lucia e a viu sorrir de maneira sedutora, envolvente. Os beijos trocados no táxi ainda queimavam em seus lábios, e a perspectiva de fazer amor com ela assim que chegassem ao quarto enviava calor por todo seu corpo, concentrando-se naquele lugarzinho especial.

Alguns minutos depois, a atendente cedia à eles o quarto 42 no quarto andar e um empregado se prontificou a levar a bagagem deles, mas Jack assegurou que não seria preciso, pois ele trazia consigo uma única valise e Ana-Lucia carregava apenas uma pequena mochila.

Dentro do elevador, rumo ao quarto andar, Jack segurou a mão pequena de Ana-Lucia e ficou acariciando-a com os dedos. O coração batendo forte, na expectativa de chegarem logo ao quarto.

Assim que adentraram o luxuoso quarto do hotel, Jack não pôde esperar mais. Ana-Lucia deu alguns passos dentro do quarto, estava muito escuro.

- Jack, você encontrou o interruptor?- Ana-Lucia perguntou, colocando sua bolsa no chão e tentando enxergar no escuro.

Mas a resposta dele foi silenciosa. A luz de um abajur foi acesa e o quarto foi parcialmente iluminado. Ela sentiu a presença de Jack atrás de si e seu corpo foi invadido por uma onda de ansiedade e excitação.

Jack a agarrou por trás, beijando seu pescoço delicadamente. Ana-Lucia suspirou e sentiu as mãos dele tocando seus seios por cima do casaco de couro. Ela então, tirou o casaco depressa e voltou-se para ele, buscando seus lábios.

A tensão no quarto era palpável. Jack a encostou na parede e suspendeu sua blusa branca encontrando um top preto por baixo.

- Duas blusas?- ele retrucou. – Um homem da minha idade não tem paciência para tanta roupa.

- Oh, pobre ancião!- Ana gracejou. – Está ansioso para ver meu corpo?

- Eu quero você toda nua!- ele sussurrou, voltando a beijá-la.

Ana-Lucia tirou a blusa branca com a ajuda dele e pôs-se a tirar-lhe o paletó e a camisa, passando as mãos pelos pêlos castanhos do peito dele.

Jack beijou-lhe a boca com paixão, sugando o lábio inferior dela antes de erguer o top preto e libertar os seios, cujos mamilos já estavam marcando a roupa de tão excitados que estavam.

- Você é gostosa, garota! Muito gostosa!- ele comentou, encantado com a delicadeza do corpo dela. – Linda!

- Vai ficar só olhando?- ela provocou, puxando-o para mais um beijo.

Jack deixou cair completamente sua camisa ao chão e colou seu corpo ao dela, roçando seu peito nos seios dela. Ana-Lucia estava arrepiada com as sensações que ele causava nela, jamais pensou que faria amor com um desconhecido antes de voltar à LA e que desfrutaria tanto disso. Mas aquele homem lhe inspirara confiança desde que o vira implorando à atendente do check-in que o deixasse embarcar o corpo do pai.

Ele a ouviu gemer baixinho quando se afastou dos lábios dela para explorar novos horizontes. Jack gostava de fazer amor com calma, bem devagar, explorando o corpo inteiro da parceira, encontrando os pontos secretos que mais lhe dariam prazer. Mas Ana-Lucia estava afoita e ondulava seu corpo contra o dele desejando que tudo acontecesse logo.

Mas Jack realmente não estava com pressa, queria mais era provar cada pedacinho que pudesse daquele corpo delicioso. Beijou os seios dela quase que com uma reverência de tão gentil que a carícia foi e desceu os beijos para a barriga dela, demorando-se no umbigo, arrancando um gemido um pouco mais alto dela.

- Quero ouvir você... – ele pediu, abrindo o botão metálico da calça jeans dela e vislumbrando o elástico da calcinha.

Ana mordeu o lábio inferior quando ele passou os dedos de forma provocante pela linha invisível entre o umbigo e sua feminilidade, apenas provocando, sem tocar no ponto que estava queimando de excitação entre as coxas dela.

- Ana! Preciso ouvir você!- ele insistiu quando ela permaneceu em silêncio, deixando que ele ouvisse apenas o som de sua respiração entrecortada. Ela não costumava ser muito vocal no sexo, pelo menos não com qualquer parceiro, mas Jack estava lhe provocando de tal forma que ela estava se contendo para não começar a gemer sem parar em alto e bom som, e ele mal a tinha tocado ainda.

- Hummm...hummmm... – ela deixou escapar quando ele mordiscou ao redor do umbigo dela e enfiou a língua no botão redondo e escondido, tentando chegar ao fundo.

- Isso, pequena...assim... – ele aprovou o som que ela fez e a recompensou por isso, deslizando a calça jeans dela para baixo até o meio das coxas e beijando bem em cima de seu sexo através do tecido da calcinha.

Ana gemeu novamente e procurou apoio na parede onde estava encostada, mas seus dedos deslizaram pela superfície lisa. Ela ainda usava suas botas e Jack ergueu a bainha da calça jeans até que tivesse acesso ao zíper delas e pudesse deslizá-la para fora dos pés dela, beijando cada tornozelo.

A luz reincidia sob o corpo moreno dela causando um interessante contraste. Jack estava ansioso por ver mais e uma vez que a tinha livrado das calças e das botas, deu pequenas mordidas na cintura fina dela, tocando os quadris largos e puxou o elástico fino da calcinha com os dentes. Um pouco mais de pele foi revelado e dessa vez foi Jack quem não conteve um gemido. Debaixo do elástico da calcinha o tom da pele dela era algumas nuances mais claras, revelando que ela gostava de se bronzear.

- Ah, as praias da Califórnia.- ele comentou, fazendo-a sorrir.

Jack entremeou os dedos em ambos os lados da calcinha dela e deslizou a peça para baixo, só de uma vez, deixando-a completamente nua. Nesse momento, ele ficou de pé para admirá-la à luz do abajur.

Ana-Lucia sorriu, ainda recostada à parede. Não havia nenhum embaraço em seu semblante. Ela estava muito à vontade com sua nudez e Jack adorou isso, admirando os cachos negros dos cabelos dela que lhe caíam por sob os ombros, os seios perfeitos, os quadris largos e a penugem escura entre suas coxas que recobria seus segredos mais íntimos.

Voltou a se encostar no corpo dela e ergueu-lhe o queixo com doçura.

- Você é linda demais! O que uma ninfeta gostosa como você pode querer comigo?- ele indagou, fascinado, com ambas as mãos nos seios dela, apalpando-os, os dedos brincando com os mamilos escuros e eretos.

- Bem, eu não conheço nenhum ancião que use tatuagens.- ela provocou, passando os dedos sob as tatuagens em um dos braços musculosos de Jack. – E também não conheço nenhum ancião com um físico como esse...agora só me resta saber se... – Ana não continuou a falar, sua mão foi certeira ao tocar a ereção dele e acariciá-lo.

- Saber se... – ele continuou, querendo que ela completasse a frase enquanto enterrava seu rosto nos cabelos negros, sentindo o cheiro bom deles.

- Saber até onde você pode me levar.- ela completou, passando suas mãos ao redor do pescoço dele.

Jack a abraçou com força, sentindo-lhe o corpo quente e macio e uma de suas mãos deslizou desde o seio, passou pela barriga e repousou na vagina dela, acariciando. Ana gemeu baixinho no ouvido dele e Jack apressou-se em tirar as calças. Em poucos segundos estava nu diante dela, sentindo um indescritível prazer por ter seu sexo livre para possuí-la agora.

Em outros momentos, o bom senso o faria lembrar-se de que estando com uma desconhecida, deveria se preocupar com preservativos e coisas do tipo, mas ali, de pé junto a ela, nu, com um desejo impossível de ser refreado, Jack apenas roçou seu corpo no dela e a levantou do chão, como se ela não pesasse mais que uma pluma.

As bocas voltaram a se unir num beijo selvagem. Os lábios se tocavam e se separavam. Ana tinha a boca aberta contra a dele, fazendo com que Jack sentisse seu hálito gostoso e sua respiração. De repente, ela fez um som tão diferente, como uma tigresa ronronando enquanto se preparava para devorar sua presa que Jack quase perdeu o equilíbrio de tanto tesão. Ela queria ser tomada com força e bem depressa, e ele, Jack Shephard não a decepcionaria.

Caminhou com ela pelo quarto, beijando-a, enquanto ela se mantinha grudada a ele, as pernas apertadas em torno de seus quadris. Mas onde estava a cama? Ela se esfregou nele, com força, gemendo, pedindo para ser tomada e ele não podia perder tempo procurando a cama. Puxando-a mais forte contra ele, Jack abaixou-se e a deitou no chão de carpete do quarto, deitando-se em cima dela.

Ana-Lucia olhou para ele com olhos de tigresa faminta e abriu as pernas num convite explícito à união dos corpos. Jack a segurou pelos quadris, que dançavam impacientes debaixo dele e sondou a abertura convidativa dela, macia e úmida, esfregando levemente o pênis ereto antes de inseri-lo bem devagar.

Ela ergueu o quadril e acompanhou a penetração com pequenos movimentos até que ele estivesse inteiro dentro dela.

- Nada mal para um homem velho... – ela gracejou com a respiração presa na garganta, sentindo-se cheia com aquele encaixe tão apertado.

Jack suspirou, começando a se mover com cuidado. Ele estava sendo gentil, ela sabia, mas Ana queria mesmo era que ele perdesse o controle e invadisse seu corpo sem nenhuma preocupação dando todo o prazer que ela necessitava, por isso, o instigou a isso, dizendo:

- Mais forte...mais forte, Jack!

Ele beijou-lhe os lábios com delicadeza, retirou-se de dentro dela apenas até a metade de seu membro e a penetrou de novo, dessa vez com mais força.

- Assim?

- Ohhh!- ela gemeu, rouca. – Assim, mais forte! Quero mais forte!

Jack repetiu o movimento e passou a aplicar ainda mais força, se movendo com fúria dentro dela, sem mais se preocupar em machucá-la. Ela gemia alto, estava gostando daquilo.

- È assim que você gosta, ninfeta? Bem forte...

- Sim...sim...- ela repetia, se movendo contra ele no mesmo ritmo.

De repente, ela surpreendeu Jack, trocando de posição com ele e ficando por cima. Seus cabelos roçando-lhe o peito. Jack enlouqueceu com a forma que ela se impulsionava sobre ele, com a paixão com que se movia.

A vagina apertada dela segurando seu pênis, mantendo-o dentro do corpo dela, exatamente onde ela o queria. Tentando retomar o controle, Jack a segurou pela cintura e a penetrou mais fundo, fazendo com que ela respirasse forte, buscando ar.

Ana-Lucia jogou a cabeça para trás e murmurou várias palavras em um idioma que Jack não pôde discernir naquele momento de prazer e luxúria até que o mundo pareceu explodir ao seu redor quando ele a sentiu gozar em ondas de calor que arrepiaram todo o corpo masculino fazendo com que ele atingisse a própria liberação e a enchesse com seu gozo.

Suada, ela deixou-se cair sobre o peito dele e lá ficou até que sua respiração começasse a normalizar. Os corpos, porém, permaneciam intimamente unidos.

xxxxxxxxxxxx

- Gosto de cabelos do peito.- ela disse espontânea, saindo de cima dele e rolando para o lado antes de acariciar-lhe os pêlos do peito, puxando-os levemente, causando uma pequena dor.

Jack deu uma risada.

- Você é incrível!- ele elogiou, virando de lado e acariciando as curvas do corpo dela.

- Só porque eu consegui “despertar” um homem velho?- ela sorria, livremente e Jack quis beijá-la outra vez.

Quando se afastaram novamente, Jack disse:

- Me desculpe por não ter conseguido chegar à cama!

Ela riu:

- Ok, a sua pressa derruba toda e qualquer teoria de que você seja velho.

Jack sentou-se no chão e com cuidado a puxou para si, erguendo-a nos braços quando se levantou.

- Vou te levar pra cama, nenê, já passou da hora de garotinhas estarem acordadas.

- Só as bem comportadas dormem tão cedo, e eu não sou uma garota bem comportada.

Jack a deitou sob os lençóis e a cobriu, gentilmente. Ana recostou a cabeça nos travesseiros e bocejou, perguntando com a voz pesada de sono:

- Você não vai deitar comigo?

- Eu tenho que fazer uma coisa antes, mas vou deitar logo. Está com fome?- ele beijou-lhe a têmpora.

- Uhum.- ela assentiu, de olhos fechados.

- Vou pedir algo gostoso pra gente comer. Do que você gosta?

- Hummm, macarrão, com muito molho de tomate...

Jack sorriu, porque ela mal tinha terminado a frase e ele a ouviu ressonar suavemente em seu sono. Quisera ele pudesse dormir também. Enquanto faziam amor, ele sentiu-se feliz e relaxado, mas depois do prazer, aquela incômoda sensação sobre ter que voltar para Los Angeles com o corpo do pai o tomava outra vez. Seu pai estava morto há quase dois dias e ele não tinha conseguido chorar o suficiente ainda. Mas não decepcionaria a bela morena que dormia em sua cama, com lágrimas e histórias tristes sobre seu pai. Resolveu que pediria o jantar pra dois e que depois a amaria na cama, bem devagar, para compensar a pressa que ele tivera quando chegaram ao quarto.

Continua...
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Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Empty
MensagemAssunto: Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO)   Uma noite antes do Oceanic 815/ Lost-Jana, Sana- Smut (CONTEÚDO ADULTO) Icon_minitimeSex Jan 15, 2010 10:39 pm

Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens não me pertencem. Esta fanfiction não possui fins lucrativos.

Categoria: Smut/Romance.

Censura: Smut (Conteúdo adulto/ Sexo, Linguagem imprópria)


Sinopse: Um aeroporto em Sidney e uma noite inesquecível. 48 dias, após um traumático acidente de avião, Jack e Ana-Lucia se reencontram em uma ilha. Mas as coisas mudaram, outras pessoas estão envolvidas, as coisas ainda seriam possíveis como idealizadas muitas noites atrás?

Uma noite antes do Oceanic 815

Capítulo 1- Primeiro Encontro

A claridade invadia o ambiente através do excesso de janelas de vidro que formavam um semicírculo ao longo de toda a extensão do bar. Jack Shephard não gostava de toda essa luz interferindo em seus pensamentos, porque naquela tarde sentia-se sombrio. Desejava a escuridão.

Estava há apenas um dia e meio em Sidney, Austrália e já vira e ouvira o suficiente para querer ardentemente seu regresso à LA. Não que tivesse alguma coisa contra o país, pelo contrário, era um lugar muito bonito e agradável que merecia ser visitado com calma, na companhia de alguém interessante, no entanto, o motivo que o levara à Sidney não era dos melhores.

Há cerca de uma semana, seu pai, o ex-renomado cirurgião Christian Shephard havia deixado Los Angeles, aparentemente sozinho, para se aventurar pela Austrália sem nenhum motivo iminente. Sua mãe, Margot, exigira que Jack fosse buscá-lo, pois segundo ela, ele era o motivo pelo qual Christian deixara LA.

Jack não estava muito certo de ter sido ele o motivo, não gostava de pensar que o pai era um covarde. Sua relação com ele tinha desmoronado depois que o alcoolismo de Christian começou a interferir em seu trabalho como cirurgião. Uma mulher grávida morreu por causa da irresponsabilidade do pai, e Jack não podia permitir que isso acontecesse de novo. Achou que estivesse fazendo a coisa certa quando entregou o pai às autoridades, porém agora, ali, sentado naquele bar, irritantemente iluminado e cheio de gente, ele se perguntava se confrontar o pai daquele jeito tinha sido a coisa certa.

Em sua consciência, ele sabia que sim, mas em seu coração a dúvida o assombrava. Não esperava encontrar o pai morto em Sidney, tinha esperanças de conversar com ele e resolver tudo, mas agora estava acabado. O Dr. Christian Shephard jazia em um caixão, que estava sendo guardado naquele momento pela companhia aérea que o levaria de volta à LA para o enterro.

Jack estava cumprindo a promessa que fizera à mãe, estava levando o pai de volta para os Estados Unidos, mas dentro de um mausoléu.

Ele estava cabisbaixo, sentado diante do balcão do bar com uma dose de vodka que já havia amargado devido ao tempo em que estava bebendo do mesmo copo, enquanto aguardava a chamada para o vôo 712 com destino à Los Angeles, quando viu uma morena estonteante adentrar o bar.

Embora tivesse olhado para ela apenas de soslaio, Jack não pôde deixar de notar a beleza e o jeito seguro dela. Aparentava ser muito jovem, cerca de vinte e poucos anos, com a vivacidade própria de pessoas dessa idade. Vivacidade essa que ele não se lembrava de sentir há muito tempo, do alto de seus quarenta anos. Sim, ainda era jovem, mas sentia-se um velho de espírito com todos os problemas que vinha enfrentando ultimamente, como os desentendimentos freqüentes com o pai e o divórcio recente.

A morena sentou-se em um banquinho, não muito afastada dele e exibindo um timbre de voz rouco e melódico, ela pediu ao bartender:

- Tequila e tônica com um pouco de limão.

Apesar da distração que a mulher ao lado representava, Jack continuou de cabeça baixa, mexendo em sua vodka amarga com um palito de misturar bebida. Estava tão absorto naquela atividade, que surpreendeu-se quando a morena se dirigiu a ele:

- Por que estava gritando?

Ele olhou para ela, mas sua mente cansada, de uma noite inteira sem dormir tendo que providenciar os preparativos para o transporte do corpo do pai não foi capaz de formular resposta. Ela insistiu, apesar do aparente descaso dele com a pergunta dela, acrescentando com um sorriso amistoso:

- Com a garota do check-in, você estava gritando com ela.

- Desculpe...eu te conheço?- ele retrucou, não zangado, mas curioso com o início daquele interrogatório.

- Estou no seu vôo para LA.- ela respondeu com segurança, como se aquilo explicasse tudo e justificasse o teor de sua pergunta. Somando-se à resposta, ela chupou os dedos sujos de limão, um por um, parecendo muito à vontade. – Então seu pai morreu, uh?- ela tomou um gole de sua bebida.

- Pensei que não tinha ouvido porque eu estava gritando.- Jack respondeu.

- Estava sendo educada.

Ele finalmente sorriu, parecendo mais à vontade. A moça era impertinente, atrevida, mas ele sabia apreciar o tipo.

- È, meu pai morreu.- respondeu com resignação por fim.

- Como?- ela perguntou visivelmente apenas para dar continuidade à conversa.

- Ataque do coração.- ele respondeu no mesmo tom, sem lágrimas, sem tristeza, nem pesar, embora fosse exatamente isso o que estava sentindo.

Ela beliscou um salgadinho de batata em um pratinho no balcão e olhou para o copo de vodka dele, que ainda possuía dois ou três dedos de bebida que parecia não acabar nunca, enquanto a tequila e tônica dela estava no fim.

- Você não bebe, né?

- Não, não muito.- ele respondeu.

O rosto dela assumiu uma expressão sedutora e ela indagou:

- Sem aliança por que é solteiro ou por que não gosta de usar?

- Está perguntando se eu sou casado?- ele indagou, surpreso com a pergunta, mas tão interessado quanto ela naquela conversa.

- È casado?- ela repetiu a pergunta, de maneira mais objetiva dessa vez e Jack notou que os olhos dela eram tão negros que era quase impossível ver-lhes o fundo. Isso dava a ela uma aura misteriosa.

Ele sorriu, obviamente flertando com ela e respondeu:

- Não, não mais. – em seguida, ele pediu outro drink para ela ao bartender. – Outra tequila e tônica por favor.

Ela chupou os dedos de novo, como se o estivesse provocando e foi sentar-se mais próximo dele.

- Não achei que estivesse prestando atenção.- disse a ele.

- Então, qual é o seu nome?- oh, sim, ele estava muito interessado em saber o nome dela.

- Ana-Lucia.- ela respondeu e apertou a mão dele com camaradagem, de igual para igual, não como outras mulheres teriam feito, puxando-o para pegajosos beijinhos cheios de futilidade em seu rosto.

- Então me conta, Ana-Lucia, por que está tomando tequilas com tônica antes do meio-dia?- ele olhou para o próprio relógio de pulso.

- Odeio voar!- ela confessou. – E me puseram lá atrás no avião. Onde as rodas encostam no chão bem debaixo dos seus pés.

Jack agora era só sorrisos.

- E você, onde está sentado?

- 23 B!- Jack respondeu.

- 42 F! Quer trocar?- ela gracejou.

Ele deu um sorriso inspirador e fez menção de dizer algo importante, mas ela se virou para atender o celular que tocava no bolso de seu casaco de couro marrom.

- Oi, È, estou em Sidney. Espere.- ela pediu à pessoa que estava do outro lado da linha e voltou-se novamente para Jack. – Desculpe...

- Jack!

- Jack. Tenho que atender. Tomaremos o próximo drink no avião, ok?

- 42 F!- ele repetiu.

- 42 F! Certo.- ela concordou.

Ana-Lucia levantou-se do banco e postou-se em direção à saída do bar, porém, antes de ir ela disse a ele:

- Jack, o pior já passou.

Ela sorria de forma meiga e Jack lhe retribuiu o sorriso, acompanhando a saída dela do bar até que chegou até a porta, falando ao celular:

- Me puseram lá atrás no avião!

Os olhos castanho-esverdeados de Jack ficaram concentrados alguns segundos na forma curvilínea dela e no traseiro modelado pela calça apertada. Foi quando ela se afastou que percebeu que durante seu breve diálogo com Ana-Lucia, foi capaz de esquecer toda a tristeza que sentia e tudo o que lhe preocupava. Sim, decididamente tomaria outro drink com ela no avião.

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Não, isso absolutamente não estava nos seus planos. Ana-Lucia não queria ficar mais uma noite sequer em Sidney. Já estava cansada depois de passar quase duas semanas andando de carro de um lado para outro da cidade com um lunático que só conseguia beber os dias e as noites, enquanto ela ficava a maior parte do tempo trancada em um quarto de hotel chique esperando a próxima ordem.

“Vamos ser patéticos juntos”, fora a última estúpida proposta que o homem tinha lhe feito e ela fora sensata o bastante para dizer não. Quisera ter sido sensata assim no aeroporto de LA onde o conhecera e ele a convidara para ir à Austrália com ele como sua guarda-costas. A principio lhe parecera loucura, mas logo em seguida pensou, por que não? “Minha vida está uma droga mesmo! O homem que eu amava me deixou, perdi meu bebê, matei um cara, minha mãe descobriu, deixei a polícia e fui trabalhar como revistadora de passageiros no aeroporto.” Nisso, Tom tinha razão, ambos eram mesmo patéticos, mas ela não precisava ser patética pelo resto da vida.

Por isso, resolveu deixar Tom para trás, pedir perdão à sua mãe, ainda que pelo telefone e retornar à Los Angeles, onde com a ajuda dela começaria do zero. Mas o destino parecia querer dificultar-lhe as coisas quando depois de uma longa espera de duas horas no aeroporto pelo vôo 712, o sistema de embarque comunicara, através dos alto-falantes que o vôo 712 tinha sido cancelado por problemas técnicos no avião e que todos os passageiros desse vôo deveriam retornar na manhã seguinte para embarcar no vôo 815 da mesma empresa, a Oceanic Airlines.

Ana-Lucia estava bufando de ódio. No banheiro feminino, ela checou sua carteira e viu que não tinha muito dinheiro para pagar um hotel onde passaria mais uma noite em Sidney. Nesse momento, arrependeu-se de não ter aceitado por orgulho a generosa gratificação que Tom lhe oferecera quando ela o informou que voltaria à LA, porém, mesmo assim não recorreria ao homem. Daria seu jeito, nem que tivesse de passar a noite dormindo em uma das cadeiras desconfortáveis do aeroporto.

Resolveu usar o restante do crédito que ainda possuía em seu cartão, talvez sua mãe pudesse lhe mandar algum dinheiro pela manhã e ela sacaria pelo caixa eletrônico. Agora usaria o cartão de crédito e o dinheiro que tinha na carteira para encontrar um hotel modesto onde pudesse jantar e dormir.

Pensando nisso, ela dirigiu-se à saída do aeroporto para tomar um táxi. As nuvens estavam carregadas de chuva no céu e um vento frio cortante fez o corpo dela se arrepiar. Os chuviscos começaram e Ana-Lucia correu pela calçada com sua bolsa pesada nos ombros, gritando:

- Táxi!

Mas aparentemente, todos os passageiros do vôo 712 desejavam um táxi também, para irem embora antes que a tempestade desabasse. Ela esbarrou mais de uma vez em um sujeito muito gordo que reclamava que por causa da Oceanic perderia o aniversário de sua mãe.

Ana tentou pegar um táxi que estava parado diante das portas de vidro, mas desistiu da idéia quando viu uma moça jovem e loira, com uma barriga enorme de gravidez fazendo sinal ao mesmo tempo que ela.

- Oh, desculpe, você viu o táxi primeiro né?- a garota indagou, com uma mão sobre a barriga e a outra arrastando uma pesada mala de rodinhas.

- Não, pode ir! Eu pego outro!- Ana assegurou, abrindo a porta do táxi pra ela.

- Obrigada, mas nós podíamos dividir o táxi, assim você não pega essa chuva.- a moça ofereceu.

- Ah, não, obrigada.- Ana-Lucia recusou, educadamente e a garota partiu no táxi.

Respingos pesados de chuva começaram a cair e Ana-Lucia franziu o cenho se preparando para gritar táxi novamente quando sentiu uma mão firme em seu ombro direito. Voltou-se para ver quem era e seus lábios abriram-se em um lindo sorriso.

- Oi de novo, 23 B!

- Olá, 42 F!- Jack respondeu, correspondendo ao sorriso dela. – O vôo foi cancelado, mas você sabia que vão manter os números das poltronas para o próximo vôo amanhã?

- È, infelizmente.- ela respondeu com pesar. – Parece que não vou escapar de viajar sob as rodas do avião.

- A chuva está aumentando.- ele disse. – Precisamos de um táxi.

- È o que parece.- Ana respondeu, se perguntando porque ele usara o verbo no plural.

Jack então colocou um braço ao redor dela de forma protetora e assoviou, parando um táxi de imediato. Geralmente, Ana-Lucia não gostava dessas demonstrações de superioridade masculina, mas dessa vez não se importou que um homem fizesse algo por ela. Do jeito que o aeroporto estava uma confusão era capaz dela conseguir um táxi só depois da meia noite.

A chuva aumentou o suficiente para começar a ensopá-los. Jack abriu a porta do táxi pra ela, de forma cavalheiresca e esperou que ela entrasse. Uma vez que ela estava acomodada lá dentro, Jack disse a ela:

- Não se esqueça de nosso drink amanhã!

Ele fez menção de fechar a porta do táxi e o coração dela bateu forte.

- Hey!- ela o chamou, antes que ele fechasse a porta do carro. – Por que esperar até amanhã pelo drink?


Continua...
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