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 Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14)

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Renata Holloway
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MensagemAssunto: Re: Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14)   Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14) Icon_minitimeSáb Jul 10, 2010 2:53 pm

Capítulo 4- A porta trancada

Ela estava magoada com ele de novo. James sabia. Mas como ele poderia explicar o que acontecera na noite passada enquanto faziam amor? Era muito estranho, James tinha certeza de que não estava ficando louco. Nunca fora de acreditar em coisas como fantasmas e assombrações, considerava tudo isso ridículo, mas o que mais poderia ser a visão que tinha tido? Aquela mulher desfigurada que não era sua esposa, lhe exigindo prazer, querendo sugar sua alma. James ficara apavorado, mas não contaria nada disso à Ana-Lucia. Então, sua única saída era pedir desculpas, mais uma vez.

- Amor?- ele a chamou logo depois que o despertador tocou, mas ela não respondeu. Mas James sabia, porém, que Ana-Lucia estava acordada.

Ele então se aproximou dela, querendo aconchego, mas Ana-Lucia se afastou dele, se levantando da cama.

- Ana?

- È melhor levantar ou as crianças vão se atrasar para a escola. Hoje não é o seu dia de levá-las?- ela indagou indo verificar o bebê no berço que acordara com o barulho do despertador. Definitivamente manter o bebê no mesmo quarto que eles não era nada bom.

James suspirou. Era difícil conversar com Ana-Lucia quando ela estava muito zangada. Ele resolveu deixar a poeira baixar e levantou-se da cama se preparando para tomar banho enquanto Ana ia acordar as crianças.

Algum tempo depois, Jordan e Michelle estavam prontos. Mas o menino não parecia muito bem. Estava com o rosto pálido e olheiras debaixo dos olhos como se não tivesse dormido direito.

- Querido, você está bem?- indagou Ana, tocando a testa do filho buscando sinais de febre.

- Aham.- respondeu ele balançando a cabeça.

- Mas você está tão pálido! Acho que vai pegar um resfriado. Talvez seja melhor que você não vá pra escola hoje e fique descansando...

- Não, mãe!- o menino retrucou. – Por favor, eu quero ir pra escola! Vai ter atividade no laboratório de ciências hoje.

- Você e a sua ciência!- Ana resmungou. – Está bem, você vai pra escola. Mas se não se sentir bem peça para fazer um telefonema para o seu pai.

O garoto assentiu. James observou a cena sem dizer nada enquanto tomava seu café da manhã e brincava com Liam. Michelle remexia a colher na tigela de cereal de um lado para o outro.

- Michelle, pare de brincar com a comida!- disse Ana e a menina levou uma grande quantidade de leite com cereal à boca antes de indagar:

- Por que estava gritando ontem, papai?

- Eu?- James retrucou. – Quando foi que eu gritei?- ele tentou disfarçar.

- Ontem à noite.- acrescentou Jordan. – Você gritou como se estivesse com muito medo.

- E ele estava.- disse Ana-Lucia. – Apareceu uma barata em cima da cama e o seu pai começou a gritar como louco... – gracejou Ana, disfarçando o assunto.

As crianças começaram a rir.

- Mas não contem a ninguém que o pai de vocês tem medo de barata.

James riu também, era uma boa forma de esquecer a visão horrível que ele tivera. Quando todos terminaram o café da manhã e foram para fora se dirigindo à picape da família, Ana-Lucia notou que Michelle estava levando o coelhinho encardido para a escola outra vez.

- Hey, Michelle, hoje você não vai levar esse coelho para a escola.

- Por que não, mamãe?

- Porque está sujo e o olho precisa ser costurado.- disse Ana se abaixando à altura da filha com Liam no colo. – Mas a mamãe vai cuidar disso hoje mesmo para você e amanhã vai poder levá-lo para a escola.

- Humm, a Daphne diz que está tudo bem.

- Que bom que ela concorda!- disse Ana beijando a bochecha da filha e tirando o brinquedo sujo das mãos dela.

- Te amo.- sussurrou James ao ouvido de Ana-Lucia antes de ir para o carro, ela nada disse, apenas o fitou com rancor nos olhos. – Vamos crianças- James chamou e as crianças correram para o carro.

xxxxxxxxxxxxxxx

Ana-Lucia colocou o filho no carrinho e em seguida olhou para o brinquedo feio que tinha nas mãos. Pensou seriamente em comprar um coelho de pelúcia novo e jogar aquele fora. Sim, faria isso, assim Michelle esqueceria daquela coisa.

Ana aproveitou que Liam estava adormecido e o levou para o quarto no carrinho. Queria arrumar algumas coisas no closet. Ela estava tão zangada com James. Não entendia por que ele se comportara de maneira tão estranha com ela. Na Noite anterior ele olhara para ela como se fosse a mulher mais pavorosa da face da terra. Aquilo a magoou e muito. Ana-Lucia sabia que uma gravidez modificava o corpo de uma mulher e ela já tinha tido três filhos, mas não estava tão mal assim afinal, ao ponto do marido enxergá-la como uma monstruosidade.

Pensando nisso, Ana se olhou no espelho e ergueu a camiseta. Sua barriga estava enxuta, assim como o resto do corpo. Ela fazia questão de malhar pelo menos uma hora por dia e manter a forma. James não tinha motivos para reclamar.

Ela voltou a olhar para seu lindo bebê adormecido. Sorriu extasiada. Ana-Lucia amava ser mãe, sua família era a coisa mais importante da sua vida. Mas naquele dia, James estava em segundo lugar para ela. Talvez quando a raiva passasse ela poderia devolvê-lo ao primeiro lugar junto com os filhos.

Ana pôs-se a remexer algumas coisas em seu armário e lembrou-se do coelho encardido. Mesmo que fosse comprar outro precisava deixar aquele apresentável por enquanto. Resolveu descer um minuto para colocar o brinquedo na máquina de lavar. Ela deixou o bebê no quarto, pois não pretendia demorar-se.

Desceu as escadas correndo e foi até a lavanderia com o coelho na mão. Colocou-o para lavar a velocidade média e já estava subindo a escada de novo quando ouviu o barulho da porta do quarto batendo. Devia ter sido o vento.

- Liam.- Ana murmurou subindo as escadas correndo direto para o quarto.

Porém, quando chegou à porta e girou a maçaneta, esta não se abriu. Ana-Lucia forçou a porta, mas continuou trancada. Liam começou a chorar, desesperado. Ana sentiu o coração apertar e gritou para o filho numa tentativa de acalmá-lo.

- Mamãe está aqui, querido. Vou entrar logo e pegar você!

Ana-Lucia continuou forçando a porta, mas não conseguia abri-la. Como podia ser aquilo? Não se lembrava da maçaneta estar com nenhum problema. O bebê chorava cada vez mais e mais , e Ana começou a entrar em pânico. E se não conseguisse abrir a porta até que James estivesse de volta? Ele só voltaria com as crianças na hora do almoço e ela não podia deixar o pequeno Liam trancado no quarto.

Ela resolveu buscar uma ferramenta para tentar abrir a fechadura. Desceu as escadas depressa quase tropeçando enquanto ouvia o filho berrar trancado no quarto. Ana vasculhou as ferramentas do marido no escritório dele e subiu com quatro tipos de ferramentas diferentes nas mãos.

- Calma, meu bebê. Mamãe já vai entrar!- ela falou com o bebê novamente e começou a usar as ferramentas.

Mas nada parecia servir. Ela gritou em desespero e arranhou a porta com as próprias unhas, ferindo os dedos, seu sangue manchando a tinta branca da porta.

- Abre!- Ana gritou histérica. – Abre, pelo amor de Deus!

Ana-Lucia sacudia a porta pensando no quanto seu bebê estaria assustado ao acordar sozinho dentro de um quarto trancado. Seu pânico aumentou quando ela viu por baixo do vão da porta um vulto passar. Como se Liam não estivesse sozinho.

- Quem está aí dentro? Quem trancou a porta? Liam!

Ana jogou o corpo contra a porta e socou até que lhe doessem os ossos. O bebê continuava chorando como se nunca mais fosse parar. Foi então que ela resolveu tomar uma medida drástica. Alguns anos antes de se casar com James ela havia sido policial antes de desistir de tudo para ter uma família e ser pintora, sua verdadeira vocação.

Ela lembrou-se da única arma que ainda guardava daquela época. Felizmente não a tinha posto em seu closet com medo de que as crianças pudessem pegá-la. Estava guardada no armário de produtos de limpeza embaixo da escada. Ana desceu correndo e logo trouxe a arma, carregada e pronta.

- Seja lá quem for que estiver com meu filho vai pagar por isso!- Ana gritou com medo de que o ladrão que provavelmente entrara em sua casa tivesse feito algum mal a Liam.

Respirando fundo, ela engatilhou a arma e soltou a trava. Um único tiro certeiro depois e a porta estava aberta. Ana-Lucia entrou no quarto devagar, mirando a arma como costumava fazer no passado ao invadir um local suspeito.

Mas estranhamente, tudo estava no mais completo silêncio após o tiro. Liam estava quieto no berço, os olhos castanhos abertos, mas não estava chorando. O rosto do bebê sequer estava vermelho por ter chorado.

Ana-Lucia checou cada canto do quarto quando viu que Liam estava bem e depois largou a arma sobre a cama, pegando o filho no colo antes de cair num pranto convulsivo que levou mais de uma hora para acabar. Ela de alívio por nada ter acontecido com seu bebê. Nunca mais o deixaria sozinho.

xxxxxxxxxxxxxxx

Quando James chegou em casa, encontrou Ana-Lucia sentada no sofá com Liam no colo, os olhos marcados de tanto chorar. Vincent aos seus pés ainda que a casa continuasse fedendo terrivelmente.

- Querida, o que houve?- ele perguntou vendo que os dedos dela estavam enfaixados com gaze.

- Eu...não sei...o bebê ficou preso no quarto...a culpa foi minha...

Jordan e Michelle olharam para a mãe com olhares desconfiados. James voltou-se para os filhos e disse:

- Crianças, por que não sobem, tomam um banho, trocam de roupa para almoçarmos?

Os filhos concordaram e já se dirigiam para a escada quando Ana disse, a voz um pouco alterada:

- Não tranquem a porta do quarto. Por favor!

- Façam o que sua mãe está dizendo.- disse James e as crianças se foram para seus quartos.

Quando se viu sozinho com Ana, ele tentou tirar o bebê dos braços dela, mas ela não permitiu.

- Não! Eu quero segurá-lo.

Liam choramingou e James acariciou o cabelo do bebê.

- Ana, me diga por favor, o que aconteceu? Deus, você está tremendo! E o que houve com seus dedos?

- Eu já disse. Eu deixei o bebê sozinho por um minuto no quarto e quando eu estava voltando a porta bateu e ele ficou trancado. Liam começou a chorar e eu não conseguia abrir a porta, machuquei os dedos tentando abrir a porta. Eu vi que tinha alguém lá dentro com ele...

- Alguém?- James indagou, incrédulo.

- Eu pensei que fosse um ladrão. Fui buscar a minha arma e atirei na porta. Mas quando eu entrei o Liam tava quietinho e não tinha ninguém lá, James! Ninguém! Como pode ser isso?- ela abraçou o filho com força entre seus braços.

James a abraçou e beijou-lhe a testa, dizendo:

- Amor, não tinha ninguém lá. Você pensou isso porque ficou desesperada.

- E por que ele não continuou chorando depois que eu atirei? Por que ele não se assustou com o barulho do tiro?

- Eu não sei, baby. Mas ele está bem agora. Não fique assim...

- Essa casa...

- Não!- ele a segurou pelos ombros. – Isso não tem nada a ver com a casa. Essa casa é o nosso sonho se lembra?

- Mas coisas ruins tem acontecido desde que chegamos. E esse fedor...

- Coisas ruins? Ora, Ana, um fogão com defeito não pode ser considerado um motivo para desistirmos da casa. Se você vai ficar mais tranqüila, eu posso procurar um técnico para ver o fogão ainda esta tarde e a fechadura da porta, podemos pôr travas de segurança, ninguém mais ficará trancado. Quanto ao fedor, eu mesmo vou checar os canos amanhã e tudo vai ficar bem. Falei com o Jack hoje e eles virão nos visitar no fim de semana. Vai ser divertido! Ana, meu amor, esta é a nossa casa!

Ele a abraçou novamente e Ana sorriu.

- Você está certo.

- Sim, eu estou querida. Estamos bem. Esta noite nós podemos levar as crianças pro quarto , assistirmos um vídeo e depois dormirmos todos juntos, o que acha?

- Sim.- Ana concordou, sentindo-se mais tranqüila.

E naquela noite, depois de assistirem a um filme infantil todos juntos, James, Ana e seus filhos dormiram apertados e aconchegados na cama de casal do quarto deles. Mas tranqüilos e felizes esperando que agora as coisas ficassem bem.


Continua...
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MensagemAssunto: Re: Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14)   Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14) Icon_minitimeSex Abr 23, 2010 5:53 pm

Capítulo 3- O que deu em você?

O sino preso à porta de vidro na loja de conveniências soou quando Ana-Lucia entrou. Esfregando as mãos uma na outra por causa do frio, ela sorriu para a balconista, uma senhora negra de meia idade. A mulher sorriu de volta para ela.

- Bom dia.

- Bom dia.- respondeu Ana.

- Fique à vontade.- disse a mulher indicando a variedade de produtos nas prateleiras.

Ana então pegou um carrinho e começou a fazer suas compras. Tinha que levar bastante coisa por causa da distância que separava sua nova casa da cidade mais próxima, Marietta. Quando o corretor imobiliário fizera a oferta da casa para eles, dissera que a antiga mansão se localizava em um pequeno distrito muito próximo á Atlanta, mas ela e James logo descobriram que a cidade mais próxima do distrito Dharma onde ficava a nova casa deles, era Marietta. Uma pequena cidade rural, exatos trinta quilômetros do distrito onde agora viviam. Mas isso não os impediu de comprar a casa, estavam mesmo muito interessados em mudar de vida, tornar a família mais unida.

Atravessando os estreitos corredores da loja, Ana-Lucia foi pondo no carrinho, além dos mantimentos básicos, biscoitos e doces para as crianças. Ela queria compensar a manhã atribulada que tiveram depois da discussão deles na casa sobre o fogão e o pequeno acidente na estrada por causa da neblina.

Quando terminou as compras, Ana-Lucia levou o carrinho ao caixa e a balconista começou a passar os produtos pela máquina registradora.

- Fraldas?- ela indagou, na bisbilhotice típica interiorana.

- Sim.- respondeu Ana. – Eu tenho um bebê de seis meses.

- Meus parabéns, adoro crianças.- disse a mulher. – A propósito, meu nome é Rose.

- Ana-Lucia- ela apresentou-se, trocando um aperto de mão com a outra mulher. – Também tenho mais dois filhos, um menino de dez e uma menina de cinco anos.

- Crianças são uma benção, é o que eu sempre digo! Eu só tenho uma filha, ela se chama Adrienne, tem 17 anos. Aliás, quando precisar de uma baby sitter, Adrienne é ótima com crianças. Onde vive?- indagou Rose, ainda passando as compras de Ana pela caixa registradora.

- Nos mudamos ontem para o distrito Dharma. Hoje é o primeiro dia dos meus filhos na nova escola.

- No distrito Dharma?- estranhamente o olhar de Rose adquiriu um brilho sombrio.

- È, naquela antiga casa que fica à beira do lago.

- Oh, sim, eu sei. A casa dos Hiltons.

- Sim, acho que esse era o nome dos antigos proprietários.- Ana comentou. – A casa é maravilhosa, estamos muito empolgados com a mudança.

- E já tiveram algum problema lá?

- Problema?- Ana não entendeu a pergunta.

- Sim, sabe como é, casas antigas dão muitos problemas com encanamento, infiltração, esse tipo de coisa.

- Bom, na verdade, tivemos problemas com o fogão esta manhã. Mas o fogão não pertencia à mobília antiga da casa, nós o trouxemos de Los Angeles.

- O fogão?- repetiu Rose.

- Sim.- confirmou Ana, estranhando um pouco o jeito da outra mulher. – Aliás, eu gostaria de saber se conhece algum técnico na cidade que possa ir dar uma olhada?

- Não que eu me lembre agora.- ela respondeu, passando o último item das compras de Ana na máquina registradora. – São U$17, 25.

Ana retirou o dinheiro da bolsa e pagou à mulher, dizendo:

- Bem, obrigada.

- Por nada.- respondeu ela.

Ana-Lucia recolheu as sacolas de compras e resolveu procurar um café para esperar os filhos saírem da escola.

xxxxxxxxxxxxxxx

Naquela noite, James preparou o jantar como tinha pensado pela manhã. Queria agradar à esposa e fazer as pazes com ela. Quando ela chegou por volta de uma da tarde com as crianças, ele se trancou em seu escritório para trabalhar e só saiu de lá para preparar o jantar.

Preparou o prato preferido da família e sua especialidade: espaguete com molho de tomate e queijo derretido regado à azeite e orégano. As crianças comeram avidamente, já estavam mais relaxadas depois do incidente com o carro que ocorrera de manhã cedo. O fogão também não deu mais problemas e o assunto foi esquecido.

Após o jantar, a família jogou monopólio. Michelle não gostava desse jogo porque não o compreendia muito bem ainda. Jordan ficava zangado que o pai ficasse ajudando a irmã o tempo todo.

- Ok, meu bem, papai vai te emprestar 500 dólares e pode pagar sua hipoteca.- disse James a Michelle. Jordan revoltou-se.

- Pai, não pode emprestar o dinheiro para ela, só o banco pode emprestar dinheiro!

Michelle colocou a língua para fora e provocou o irmão.

- Ela só tem cinco anos, querido.- disse Ana-Lucia.

- Por isso mesmo.- retrucou Jordan. – Vocês a estão corrompendo!

- Corrompendo?- repetiu Ana-Lucia. – Onde foi que aprendeu essa palavra?

- Ah, eu não quero mais jogar desse jeito.- queixou-se Jordan, chateado.

Liam começou a chorar dentro do carrinho e Ana-Lucia levantou-se da cadeira.

- Bem, eu não posso mais jogar por enquanto...

- Então eu vou ficar com todo o dinheiro da mamãe!- disse Michelle, sorrindo feliz.

- Vai nada!- protestou Jordan.

Vendo que ia começar uma briga, James reuniu as peças do jogo e disse:

- Hey, já é muito tarde. Por que não vão se preparar para dormir, hã? Tem escola amanhã!

Os dois correram para as escadas. Jordan chamou Vincent para acompanhá-lo.

- Eu sou muito mais rica do que você!- disse Michelle, pulando.

- Crianças!- Jordan comentou revirando os olhos.

Michelle cutucou Jordan, dizendo:

- A Daphne disse que você é criança também.

- Diz pra Daphne calar a boca!- respondeu Jordan, mas mal ele disse essas palavras, o bico de seu tênis prendeu no vão da escada e ele escorregou caindo cerca de quatro degraus antes que rolasse até o chão.

- Jordan!- chamou Ana, preocupada, correndo até a escada com Liam no colo.

James correu para lá também e examinou o tornozelo do filho de imediato.

- Se machucou campeão?

- Não, eu só escorreguei.- respondeu ele.

Michelle estava parada olhando para o final da escada, se segurando no corrimão. Parecia não acreditar no que tinha visto.

- Vamos, eu subo com vocês dois.- disse James acompanhando os filhos.

Ana-Lucia ficou no andar de baixo e foi sentar-se no sofá para alimentar o filho. Vincent desceu as escadas e veio se postar perto dela. Ela franziu o nariz sentindo um estranho fedor.

- Oh, que horror! Vincent, acho melhor você ir pra fora!

O cachorro ficou parado olhando para ela. O cheiro se tornou mais insuportável.

- Já disse Vincent! Vai!

O cão finalmente a obedeceu. Mas o cheiro não passava. Ana-Lucia começou a pensar que teria de lavar a casa inteira no dia seguinte para se livrar daquele cheiro estranho.

xxxxxxxxxxxxxxx

- Eu já volto, querida, vou dar uma olhada no seu irmão.- avisou James a Michelle quando a menina estava se deitando embaixo das cobertas.

- Ele vai ficar bem, papai?- ela perguntou quando ele colocou o pé fora da porta.

- È claro que vai, anjo. Ele não se machucou lá na escada.

- È tudo culpa minha.- ela disse, abaixando a cabeça.

- Por que culpa sua, baby?

- Porque eu estava provocando ele, e o Jordan acabou se zangando com a Daphne e a Daphne se zangou com ele...

- Não querida, você não é culpada, nem você, nem a Daphne, tá bom?- ele foi até a cama e a beijou na testa. – Eu já volto, se embrulha e fica bem quentinha.

A menina assentiu e ele deixou o quarto. Ele foi até o quarto de Jordan e encontrou o menino sentado na cama, já com o pijama, pensativo.

- Hey! Você está bem, filho?- ele perguntou, entrando no quarto.

O menino fez que sim com a cabeça. James sentou na cama, ao lado dele.

- Sua mãe me contou o que aconteceu hoje de manhã.

Jordan nada disse. Ele continuou:

- Saiba que está tudo bem, meu filho. Essas coisas podem acontecer a qualquer um, não quero que se sinta um fraco porque ficou assustado, está bem? Pode confiar nos seus pais sempre que precisar. Estarei sempre aqui por você, filho.

Ele abraçou Jordan que o abraçou de volta, enterrando a cabeça em seu peito por alguns segundos. James beijou-lhe o topo da cabeça num gesto paternal e disse:

- Boa noite. Durma bem, meu filho.

- Papai!- chamou Michelle do outro quarto.

- Já estou, princesa.- disse James deixando o quarto de Jordan.

xxxxxxxxxxxxxxx

Algum tempo depois, quando Michelle finalmente adormeceu, depois que ele leu três histórias seguidas para ela, James pousou o livro de conto de fadas na cômoda e ajeitou o cobertor sobre a filha. Viu o feio coelho de pelúcia, encardido e com o olho descosturado nos braços dela.

- Credo! Que brinquedo feio!- ele exclamou, mas não tirou o coelho dos braços dela hesitando acordá-la.

Em vez disso, ele saiu do quarto deixando apenas a luz fraca do abajur acesa. Chegando ao seu quarto, ele encontrou Ana-Lucia de pé, usando sua camisola, com uma perna apoiada na cama enquanto passava creme hidratante nela.

- O bebê está dormindo?- ele indagou, apontando para o berço.

- Aham.- ela respondeu com voz sensual.

Ele sorriu e disse:

- Deixa que eu passo creme pra você.

Ana entregou a ele o tubo de hidratante e James besuntou as mãos, passando-as em seguida pela perna dela.

- Será que pode me perdoar por hoje de manhã?- ele perguntou.

- Eu já perdoei.- ela respondeu quando sentiu que as mãos dele acariciavam a perna dela, subindo para a coxa.

James então a puxou pela cintura e caiu na cama com ela, beijando-a.

- Não gosto de brigar com você, amor...

- Nem eu com você... – disse ela, acariciando o peito dele por cima da camisa.

- Mas eu vou te recompensar por isso...

- Ah vai é? Me diz como!- ela provocou erguendo ligeiramente a camisola e mostrando a ele que não usava nada por baixo.

James suspirou e abriu o zíper da calça jeans. Ana-Lucia mexeu nos cabelos, jogando-os para o lado e sentou-se sobre o quadril dele, buscando o encaixe dos corpos. James a pegou pela cintura, acompanhando o movimento dela. Ambos gemeram quando a fusão foi completa.

Ana-Lucia dançou sobre os quadris dele, elevando os braços e jogando os cabelos. Uma das alças da fina camisola de seda deslizaram pelo ombro moreno e um dos seios ficou exposto para o delírio de James.

- Você é linda demais... – ele murmurou.

Ela sorriu, se movendo com vontade contra o corpo dele. James saboreou aquele contato e fitou a expressão de prazer no rosto dela até que tudo mudou de repente. Ele começou a sentir uma estranha pressão no peito e os movimentos antes prazerosos dos quadris dela sob os dele tornaram-se incômodos, agressivos.

Assustado, ele fitou o rosto de sua esposa e conteve um grito de horror. Não era sua doce Ana quem fazia amor com ele, mas sim alguém que ele não reconhecia. Era uma mulher podia ter certeza, mas não possuía a beleza de sua esposa. Ao invés de aquecê-lo, o corpo daquela mulher emanava frieza que o fazia tremer inteiro. O rosto dela era distorcido e o fitava como se tivesse total poder sobre ele. Apavorado, James gritou:

- Nãoooo! Nãooo!

Ana-Lucia estranhou o comportamento do marido e parou de se mexer.

- Não! Não! Não!

O bebê começou a chorar devido aos gritos que seu pai fazia. Ana saiu de cima dele e sem entender nada, indagou:

- Mas o que deu em você?

Continua...
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MensagemAssunto: Re: Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14)   Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14) Icon_minitimeQua Jan 27, 2010 1:45 pm

Capítulo 2

Quem foi?


O dia amanheceu nublado. Uma espessa névoa branca cobria o lago em frente à casa e se espalhava por todo o jardim deixando o ambiente sombrio e lúgubre. Bem diferente do tempo claro que fizera no dia anterior.

Ana-Lucia ingeriu um longo gole de café morno e suspirou preguiçosa. Usava uma das camisas do marido por cima da camisola e meias grossas também dele, de jogador de futebol, numa tentativa de aplacar o frio. Checou o relógio de parede da cozinha, eram quase sete da manhã e ainda parecia noite por causa da neblina. Ela precisava acordar as crianças e levá-las para a nova escola na cidade. Só de pensar que teria de dirigir por cerca de uma hora ou mais por causa da neblina, Ana sentia vontade de voltar correndo para a cama, fazer amor com o marido e dormir o dia inteiro.

Criando coragem para começar o dia depois de uma xícara de café, ela desligou o botão do fogão que mantinha o café aquecido, serviu uma caneca para James e subiu as escadas. Encontrou-o no quarto trocando a fralda de Liam.

- Bom dia, amor.- ela disse se aproximando dele com a caneca de café fumegante nas mãos.

- Bom dia, baby.- ele respondeu. – Levantou tão cedo. Não sei como percebeu que já era dia com toda essa neblina.

- Pois é, deixei o despertador ligado, as crianças precisam ir pra escola.

- Eu não escutei o despertador.- retrucou ele.

- Isso é porque você é um dorminhoco.- ela o beijou carinhosamente na face e estendeu-lhe o café. – Tome, está muito frio, o café vai te aquecer. Deixa que eu termino de trocá-lo.

- Eu sei de um jeito melhor pra me aquecer do que café!

Ana sorriu e debruçou-se sobre o bebê fofinho, beijando a barriguinha dele.

- Nenê fofo da mamãe!

- Isso foi pra mim?- James gracejou e Ana o empurrou com os quadris, brincando.

- Vá acordar as crianças, James, ou então eles irão se atrasar. As aulas não começam às nove?

James saiu do quarto e foi direto para o quarto de Jordan. Encontrou o garoto adormecido, mas com os fones do mp3 nos ouvidos.

- Soldado!- ele disparou e o menino se remexeu assustado na cama, fitando-o com os olhos arregalados.

- Pai?- Jordan indagou, ainda tentando se situar no tempo e no espaço.

- O que foi que eu e sua mãe dissemos sobre dormir com os fones de ouvido?

Jordan tirou os fones e disse:

- Desculpa pai, eu tava ouvindo música ontem à noite e acabei dormindo. È que ouvi uns barulhos esquisitos vindos lá de fora.

- Que tipos de barulhos?- perguntou James. – Algum esquilo gigante tentou escalar a sua janela?

- Ah pai, não vem com essa história, eu não sou mais criança.

- Certo, meu pequeno adulto.- respondeu James, divertido. - Então me diga, que tipo de barulho ouviu?

- Não sei, parecia o som de uma corrente arrastando contra o chão.

- Correntes contra a grama? E você escutou?- James balançou a cabeça negativamente.

Jordan ficou chateado porque o pai estava brincando com ele e sentou-se na cama, de braços cruzados.

- Hey, desculpe por estar brincando com você, filho.- disse ele passando a mão na cabeça do garoto. – Acho que vamos ter que proibir os filmes de terror que você gosta tanto de assistir não é? Anda, vá tomar um banho quente e vista-se para a escola. Escola nova...

O menino assentiu mais animado e James foi até o quarto da filha para acordá-la. Porém, encontrou-a sentada na cama, com o coelhinho de pelúcia desbotado nos braços, muito desperta e falando sem parar, sozinha.

- Mi?- ele a chamou e a menina sorriu para ele com espontaneidade.

- Oi, papai.

- Com quem está falando, princesa?- ele indagou, curioso.

- Com a Daphne, papai.

- Daphne?

- È, ela é minha nova amiga.- Michelle respondeu. – Foi ela quem me deu o coelhinho.

- Oh, mas que gentil da parte dela.- James concordou. Sua filha tinha apenas cinco anos e ele ouvira falar em algum lugar que era comum as crianças terem amigos imaginários nessa idade, embora Jordan, apesar de ter dez anos, ainda parecia conviver com todos os seus amigos imaginários, especialmente quando se trancava em seu precioso laboratório de invenções.

- È pai, ela é muito legal.- acrescentou Michelle, realmente empolgada com a nova “amizade”.

- Tudo bem, querida. Mas diga à Daphne que você precisa tomar banho e se aprontar para ir à escola agora, está bem?

- Sim.- a menina asssentiu e levantou-se da cama começando a despir o pijama quente de flanela, se queixando do frio quando tirou a parte de cima. – Está frio, papai!

- Então não vamos demorar no banho.- disse ele, abrindo o closet e procurando roupas quentes para a menina.

Vinte minutos mais tarde, estavam todos prontos para tomar o café da manhã e enfrentar o frio. Porém, quando desciam a escada, James sentiu um cheiro forte de gás vindo da cozinha.

- Está sentindo isso?- indagou a Ana.

Ela apurou o nariz e também sentiu.

- È gás!

- Fiquem aqui!- ele pediu e desceu correndo as escadas em direção à cozinha, de onde vinha uma estranha fumaça cinza.

- James!- Ana gritou, com medo de que ele entrasse naquela fumaça.

Mas cinco minutos depois ele voltou com uma expressão séria e preocupada no rosto.

- O que houve?- Ana indagou.

- O fogão.- respondeu ele. – Todas as bocas estavam ligadas sem cozinhar nada e o controle do gás estava acionado no máximo. Ana-Lucia, você fez isso quando preparou o café?

- O quê?- ela retrucou. – È claro que não. Por que eu acenderia todas as bocas do fogão para preparar café? E por que ligaria o gás no máximo?

- Está muito frio...

- Ora James, me poupe! Me lembro perfeitamente de ter desligado o fogão antes de subir para falar com você.

James balançou a cabeça negativamente.

- Se não quer admitir, tudo bem! Mas sinceramente tem que ter mais cuidado com o fogão, colocou em risco a vida de nossos filhos.

Ana-Lucia ficou irritada e desceu as escadas acompanhada pelas crianças que fitavam os pais com receio. Nunca os tinham visto brigar daquele jeito, pelo menos não na frente deles e agora os dois estavam gritando.

- Não venha me dizer como devo cuidar dos meus filhos.- Ana gritou.

Liam chorou no colo da mãe e James o tirou dos braços dela.

- Vou levar o bebê para pegar um pouco de ar lá fora, esse cheiro de gás não está fazendo bem a ele. E vê se não liga o fogão agora, é melhor dar leite em temperatura ambiente para as crianças.

Ana o fuzilou com os olhos, mas nada disse a ele. Em vez disso, chamou as crianças:

- Venham, vamos comer ou então chegarão atrasados à escola.

xxxxxxxxxxxxxxx

Ana-Lucia ainda estava irritada quando pegou a estrada com os filhos para a cidade. Mas tentou esquecer a discussão com o marido para se concentrar na estrada à sua frente. A neblina tornava difícil dirigir e ela tinha que estar atenta para não capotar e enterrar o carro no pântano.

Era tão estranho. Tinha certeza de que desligara o fogão. Era muito cuidadosa com essas coisas, até demais. Percebeu que os filhos estavam muito quietos no banco de trás e sentiu-se culpada pela discussão com James. Não deviam ter brigado daquela maneira na frente dos filhos.

- Hey, crianças. Perdoem o papai e a mamãe pelos gritos hoje cedo. O papai apenas estava preocupado com a nossa segurança.

- Mas por que todas as bocas do fogão estavam ligadas, mamãe?- Jordan perguntou curioso, sua mente de pequeno cientista já maquinando a respeito do ocorrido.

- Eu não sei, querido. Talvez o fogão esteja com defeito.

- Mas não estava com defeito na nossa antiga casa.- o menino lembrou.

- È, mas pode ter danificado durante a mudança. Acho que devemos chamar um técnico para dar uma olhada.

- A Daphne me disse que não foi ela.- disse Michelle com seriedade.

- Daphne?- indagou Ana.

- Sim, minha nova amiga. Ela mora lá na nossa nova casa.

- Que bom!- disse Ana, pensando consigo, ok, fase dos amigos imaginários! Mas a do Jordan ainda não passou.

- Vou dar uma olhada no fogão, mamãe.- disse ele.

- Nem pensar!- falou Ana. – Fiquei longe daquele fogão.

A neblina começou a se tornar mais e mais densa, e Ana-Lucia estava encontrando cada vez mais dificuldade para dirigir. Seu celular começou a tocar dentro do porta-luvas. Ana deixou uma das mãos no volante e com a outra atendeu ao celular pensando ser James. Mas não era. Era sua melhor amiga, Kate, ligando de Los Angeles.

- Sua vaca!- soou a voz animada de Kate do outro lado da linha. – Quando é que pretendia me ligar para falar sobre como foi a mudança?

- Desculpe, amiga. Realmente não tive tempo. A casa é enorme. Passamos o dia inteiro para pôr as coisas no lugar e agora estou dirigindo, levando as crianças para a nova escola. Você acredita que são 30 quilômetros até a cidade?

- Você é louca, Ana! Não sei como James e você resolveram se mudar para um lugar tão longe!

- Ah, morar no campo pode ter suas vantagens.- Ana acrescentou um tom malicioso à voz. – Além disso, a casa tem muito espaço para as crianças brincarem e correrem, o Vincent também está feliz.

- A casa deve ser linda!- disse Kate.

- È sim. Você e o Jack precisam vir passar um final de semana conosco, trazer as meninas. A Billie ia adorar construir uma casa na árvore com o Jordan. Você sabe, qualquer coisa para tirá-lo daquele laboratório.

- Sim, vamos combinar. Iríamos adorar.

- Kate, amiga, preciso desligar agora, o tempo está terrível hoje, nublado, mal enxergo a estrada.

- Tudo bem. Cuide-se. Amo você.- falou Kate e dizendo o mesmo, Ana desligou o telefone.

Agora a neblina parecia que engoliria a picape. Ana já estava quase parando o carro na estrada até que a névoa se dissipasse mais quando de repente, ela viu um homem muito alto parado no meio da estrada, acenando os braços para o carro.

- Oh!- ela exclamou, sentindo os pedais duros, não conseguia parar e o carro derrapou na estrada quando ela virou o volante para não atropelar o homem. – Meu Deus!- ela gritou, junto com as crianças no banco de trás.

Ana pisou no pedal com muita força para parar o carro até sentir seus ossos estalarem. Foi quando viu no espelho retrovisor o mesmo homem. Mas dessa vez ele parecia estar tão próximo que Ana pôde ver seus olhos, estranhamente vermelhos. Sentiu um desconforto no peito, e girou a chave do carro para o lado contrário na ignição, querendo que o veículo parasse.

O carro finalmente parou e os olhos vermelhos e medonhos do homem desapareceram. Ana enterrou a cabeça no volante, a respiração entrecortada. Michelle chorava alto no banco de trás e Jordan parecia estranhamente quieto.

Ana-Lucia respirou fundo e soltou o cinto segurança, descendo do carro para ir ver os filhos no banco de trás.

- Crianças! Vocês estão bem?- quando ela abriu a porta, Michelle jogou-se no colo dela, soluçando, muito assustada.

Ana enxugou o suor frio da testa e abraçou a filha, dizendo que ia ficar tudo bem. Olhou para Jordan, recostado ao vidro do carro com olhar assustado. Aos seus pés estava todo o café da manhã que ele tinha vomitado.

- Mi, baby, mamãe tem que olhar o seu irmão agora, tá?- disse Ana para a filha, acariciando seus lisos cabelos negros. – Vai ficar tudo bem.

A menina assentiu e soltou o casaco da mão que estivera agarrando nos últimos minutos.

- Jordan, querido, você está bem?

O menino balançou a cabeça, assentindo, tentando limpar as lágrimas que lhe escorriam dos olhos.

- Não precisa ser tão durão, querido. Tudo bem se vomitou, o carro estava indo muito depressa. A neblina atrapalhou e fez com que eu perdesse o controle. Mas já está se dissipando, olha só!

Jordan olhou pela janela do carro e finalmente pôde enxergar o céu azul. A neblina estava se dissipando.

- E aquele homem, mamãe?

Ana-Lucia sentiu o sangue congelar nas veias ao ouvir o menino falar do homem que ela também vira. Mas preferiu negar a informação. A neblina podia pregar peças nas pessoas.

- Não tem homem nenhum, querido. Está tudo bem. Mamãe vai limpá-lo.

Ela pegou a caixa de lenços no porta-luvas, limpou o filho e depois foi checar o carro. Tudo parecia em ordem. Sem mais nada a fazer, ela entrou no carro e continuou seu caminho em direção à cidade.

xxxxxxxxxxxxxx

- O Liam é o bebê do papai... – James cantarolava uma música que tinha inventado para o filho que o fazia sorrir enquanto dava banho nele.

O menino batia as mãozinhas na água, dando gritinhos, feliz por estar tomando banho na água morna.

- Isso, agora o papai vai te enxugar.

James pegou a toalha com estampas de cachorrinho que estava pendurada atrás da porta do banheiro e tirou o filho da banheirinha azul, envolvendo-o com o tecido felpudo. Pensou em Ana e sentiu-se culpado por ter gritado com ela. Mas a distração com o fogão tinha sido muito perigosa, ou talvez ela estivesse dizendo a verdade e o fogão estava mesmocom defeito. Tinha que averiguar isso.

Levou Liam para o quarto, o enxugou e vestiu. Dando o mingau a ele na mamadeira em seguida. O menino ficou bem quietinho no colo do pai até que terminasse todo o mingau. Aproveitando que Liam estava sonolento, James o embalou até que ele adormecesse e depois o colocou no berço.

Tinha que pedir desculpas a Ana, pensou. Esta noite faria um delicioso jantar e depois eles poderiam dar uma volta de barco à beira do lago. Ficou feliz ao olhar pela janela e ver que a neblina já tinha se dissipado dando lugar à luz do sol, ainda que um pouco fraca por causa do inverno.

Como Liam estava dormindo, James aproveitou para trabalhar um pouco no novo software para empresas de supermercado que estava criando. Deixou a babá eletrônica ligada e desceu a escada com Vincent em seus calcanhares rumo ao seu escritório onde estava seu computador e todo o seu aparato de informática. Colocou o aparelho de recepção da babá eletrônica ao seu lado e pôs-se a trabalhar no laptop.

O software que estava criando se tratava de um programa que aumentaria o nível de segurança dos computadores das empresas, impedindo que espiões de empresas concorrentes tivessem acesso a informações secretas. Trabalhou por cerca de meia hora sem interrupções, respondeu alguns e-mails, entre eles, um de Jack, seu melhor amigo que perguntava como estavam indo as coisas na Geórgia quando a luz vermelha da babá eletrônica piscou e o choro de Liam se fez ouvir. Alto e claro.

- Certo. Já estou indo.- ele disse, colocando o laptop no modo “dormir”.

Subiu as escadas e Vincent o seguiu mais uma vez. Andou apressado até seu quarto onde o bebê dormia, mas estranhamente, Liam não chorava. James se aproximou do berço e viu o filho dormindo tranqüilo. Olhou para a babá eletrônica e a luz vermelha não estava acionada. Mas tinha certeza que o ouvira chorar.

Checou a fralda para ver se estava molhada, mas o bebê estava seco. Talvez tivesse choramingado e voltado a dormir, dizia sua mente lógica e racional. O problema é que o choro que ele ouvira na babá eletrônica tinha sido um choro angustiado e desesperado.

James então resolveu que o melhor a fazer era buscar o laptop e trabalhar no quarto, perto do filho. Estava voltando pelo corredor em direção às escadas quando sentiu um cheiro fétido vindo da central de ventilação da casa. Vincent começou a latir na direção da onde vinha o cheiro.

Intrigado, James abaixou-se em frente ao buraco coberto com uma grade e sentiu o estômago revirar. Será que havia um gato morto ou até mesmo um guaxinim nos encanamentos? Estava pensando sobre isso quando seu celular tocou no bolso da calça jeans. Era Ana.

- Hey, baby.- ele disse, um pouco inseguro por causa da discussão que tiveram pela manhã.

- Oi, meu amor. – ela respondeu carinhosa e James relaxou. – Tive um pequeno acidente na estrada por causa da neblina. – ele voltou a ficar tenso.

- Acidente?

- Sim, mas nenhum de nós se machucou. Eu perdi o controle na estrada e tive que parar de súbito. As crianças ficaram muito assustadas. Principalmente o Jordan, ele vomitou no carro e você sabe como ele é, não gosta de parecer frágil...

- Onde as crianças estão agora?

- Na escola. Resolvi que seria melhor elas irem, agir normalmente apesar do acidente.

- Fez bem.

- Eu queria que você conversasse com o Jordan hoje à noite.

- Sim, eu vou falar com ele, não precisa ficar preocupada.

Ambos ficaram em silêncio ao telefone por alguns momentos, até que falaram ao mesmo tempo:

- Sinto muito!

James sorriu.

- Baby, me desculpe por ter gritado hoje de manhã, é que fiquei muito preocupado...

- Eu sei! Me perdoa por ter gritado também.

- Eu te amo!- ele disse.

- Eu te amo também, James. O Liam está bem?

- Está sim, está dormindo e já tomou o mingau.

- Te vejo mais tarde.

- Um beijo na sua boca linda.

Ana riu e fez barulho de beijo ao telefone, desligando em seguida. Com o celular nas mãos, James olhou para Vincent:

- È isso aí, amigo! Vamos jogar um detergente nesse buraco. Operação limpeza!

O cão latiu como se estivesse concordando com ele.

- Acho que amanhã vou dar uma olhada nesses canos!

James virou de costas e não viu quando uma pequena quantidade de fumaça negra e espessa, cheirando a enxofre escapou da abertura da central de ventilação.

Continua...
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MensagemAssunto: Re: Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14)   Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14) Icon_minitimeSeg Jan 25, 2010 12:33 pm

melhor trhiller de terror... minha fic que arrepia... amo re!!!
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MensagemAssunto: Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14)   Thriller-UA/Lost- Sana (NC-14) Icon_minitimeSáb Jan 23, 2010 10:47 am

Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens não me pertencem. Esta fanfiction não possui fins lucrativos.

Gênero: Terror/ Sobrenatural

Censura: NC-14 (Contém violência, sexo e alguma linguagem imprópria.)

Sinopse: James Ford muda-se com sua família para a casa dos seus sonhos. Mas poucos dias depois habitando aquela casa que conseguiram comprar por um preço irrisório, os Ford começam a se perguntar, se aquela não seria a casa de seus pesadelos.

Nota: Baseado nos filmes “Horror em Amityville” (The Amityville Horror) e “O Iluminado” (The Shining).

Thriller

Capítulo 1

O Presente

Distrito Dharma, 30 km de Marietta, Geórgia

James Ford enlaçou os braços ao redor da cintura da esposa e ambos contemplaram a mansão à frente deles. Era um imóvel maravilhoso, de arquitetura colonial de origem holandesa. Havia sido reformada e suas paredes brancas construídas com a melhor madeira que existia no Estado da Geórgia brilhavam ao sol.

A casa se localizava em toda sua imponência em um enorme terreno, cujo jardim resplandecia verde e florido naquela época do ano. Um lago de água transparente se localizava quase de frente com a mansão, com uma lancha amarrada providencialmente em uma pequena casa de barco, equipada com material de pesca. James gostava muito de barcos e de pescar. Esse fora um dos motivos pelos quais quis adquirir aquela residência para sua família. No entanto, o motivo principal tinha sido o preço, cerca de 300 mil dólares para uma casa que valia pelo menos 1 milhão e meio.

Ana-Lucia, sua esposa, não acreditara quando ele contou sobre o preço da casa, dissera que ele estava louco por sugerir que se mudassem para um lugar assim.

- Essa casa deve ter problemas, James.- ela dissera. – Provavelmente infiltrações, cupins, tábuas quebradas, encanamento ruim...

- Cem porcento perfeita!- garantira Michael Dawson, o consultor imobiliário quando fez a oferta a eles.

- Você terá um quarto só para pintar, querida. – dissera James e os olhos de Ana brilharam. Seu próprio ateliê! Nunca mais teria que pintar na apertada garagem da casa em que moravam em Los Angeles. – Além disso, as crianças terão muito mais espaço para brincar e correr. – ele completara, o que quebrou toda e qualquer resistência que Ana tivesse para se mudar para aquela casa com os três filhos pequenos. Jordan de dez anos, Michelle de cinco e o pequeno Liam de cinco meses.

- Vamos nos mudar!- foram as últimas palavras dela sobre o assunto.

Juntaram todas as suas economias e pagaram a casa, à vista. Ficariam apertados por um tempo, mas as coisas melhorariam logo. James era projetista de softwares, e suas esposa artista plástica, ambos trabalhavam em casa e não teriam problemas em morar em um lugar que ficava a cerca de trinta quilômetros da área urbana da cidade e pelo menos uns cinco quilômetros até o vizinho mais próximo. Tinham uma picape bem equipada e isso bastava para as emergências.

- Pai, olha! Tem uma torre igual à do castelo da Branca de Neve!- disse Michelle, pulando ao redor dos pais.

James soltou a esposa e sorriu para a filha, antes de pegá-la no colo.

- Sim, uma torre para uma princesa.

- Eu quero ficar na torre!- protestou Jordan. – Sou um cientista e preciso de um laboratório.

- Mas eu sou uma princesa! - retrucou Michelle, rodopiando no colo do pai e rindo.

- Não quero nenhum dos dois na torre.- disse Ana-Lucia pondo fim à discussão das crianças enquanto tirava o adormecido bebê Liam de sua cadeirinha estofada dentro do carro. – Quero meus filhos perto de mim!

- Mãe, eu não sou mais bebê!- queixou-se Jordan e Ana-Lucia beliscou-lhe as bochechas rosadas, deixando-o mais zangado.

- Hey, o caminhão com a mudança chegou!- anunciou James pondo Michelle no chão. Vincent, o cachorro da família latiu correndo atrás de seu dono e se posicionou ameaçadoramente contra o caminhão. – Fica calmo garotão, é só a nossa mobília. – Querida!- ele chamou Ana e ela voltou-se para ele. – Você vai ter que dizer aos carregadores onde quer que ponham as coisas.

Ela franziu uma sobrancelha:

- Duvido que tenhamos mobília suficiente para enchermos essa casa, James.

- Vamos comprar mais então! Podemos comprar uma jacuzzi, colocar espelhos no teto do nosso quarto, uma cama redonda...

- James, você quer transformar nosso quarto num motel?- ela indagou, divertida.

Os carregadores começaram a descarregar a mobília e James indicou a porta de entrada. Ana os seguiu com as crianças. Por dentro a casa era ainda mais majestosa. A sala de estar inteira era acarpetada. A sala de jantar parecia mais um salão de festas com um enorme lustre de cristal ao centro e uma mesa com lugar para doze pessoas.

- Você não me disse que a casa já possuía alguma mobília, James.- disse Ana

- Mas eu não sabia, baby. O corretor não me falou nada.

- Hum, você acha que ele esqueceu esse detalhe? Será que vai mandar buscar essa mesa?

- Não sei, Analulu, posso telefonar para ele e perguntar.

- Não, não precisa. Se ele tiver que vir buscar, com certeza vai telefonar. Enquanto isso vamos ficar com a mesa e jantar como reis.

James deu uma risada.

- Cuidado, meu bem, morar numa mansão já está lhe subindo à cabeça.

Ana deu língua para ele e James a beliscou na cintura. As crianças passaram por eles, correndo para as escadas.

- Hey, crianças! Tomem cuidado!- advertiu Ana indo atrás deles.

- Onde quer que eu ponha essa poltrona, Sr. Ford?- indagou um dos carregadores trazendo uma enorme poltrona estofada. A preferida de James para trabalhar com suas criações. Ele costumava pôr o laptop no colo e sentar naquela poltrona por horas a fio, totalmente concentrado.

- Vamos descobrir uma sala que eu possa usar como escritório.- disse ele, acompanhando o carregador.

No andar de cima, Ana-Lucia acompanhava a algazarra das crianças enquanto ninava seu bebê que tinha acabado de acordar. Vincent os havia seguido também e acompanhava as crianças de perto.

- Eu quero esse quarto aqui!- gritou Jordan, empolgado abrindo a porta de um dos quartos. – È perfeito para o meu laboratório, e então eu vou conquistar o mundo!!!!

- Vai conquistar o mundo sim, mas sob supervisão.- disse Ana, fingindo seriedade.

Jordan entrou no quarto e foi olhar a paisagem através da janela de vidro. Michelle parecia triste e Ana perguntou:

- O que foi, meu amor? Por que essa cara?

- Acho que não tem um quarto pra mim.

- E quanto a todas essas portas?- Ana apontou ao seu redor e a garotinha sorriu.

- Anda querida, vamos procurar um quarto pra você, digno de uma princesa.

Elas andaram juntas pelo corredor e abriram a porta seguinte ao quarto que Jordan tinha escolhido como seu.

- Uau!- exclamou Michelle, impressionada.

- È, uau!- concordou Ana-Lucia.

O quarto era exatamente tudo o que uma menina poderia desejar. Era todo forrado com papel de parede cor de rosa, o forro branco combinando, uma linda penteadeira com um espelho grande e um closet também branco com várias portas e gavetas.

- Mãe, eu quero ficar com esse quarto. Ele pode ser meu?- indagou Michelle, balançando a perna de leve com um brilho no olhar. Aquela era sua melhor expressão para convencer um adulto quando queria alguma coisa.

- Sim, querida, é claro que pode.- Ana concordou e as duas começaram a andar pelo quarto, olhando tudo.

Michelle viu um coelho de pelúcia cor de rosa caído próximo à penteadeira.

- Olha, mãe!- gritou, correndo para pegar o coelhinho. O brinquedo parecia encardido e o nariz do coelho estava descosturado.

- O que foi?

- È um coelhinho! Posso ficar com ele?

- Mas está tão sujo, querida.

- Mas eu quero, mamãe, por favor. È um presente da casa pra mim.

Ana olhou para o brinquedo desgastado, provavelmente tinha pertencido à outra criança que morava ali. Podia dar uma boa lavada no brinquedo e costurar o nariz do coelho. Ficaria como novo.

- Está bem, princesa.- pode ficar com ele.

A menina deu um gritinho de alegria. Ana sorriu e ajeitou Liam sobre os ombros, o menino começava a ficar inquieto. Ela resolveu dar uma olhada no closet para ver se não estava muito cheio de mofo e poeira. Michelle sofria de asma e não convinha facilitar.

Ana-Lucia abriu a porta do closet e entrou, checando as cruzetas vazias e gavetas. O armário não tinha um cheiro ruim, na verdade exalava até um tipo de perfume infantil como tutti-fruti. Talvez os antigos donos da casa usassem essência perfumada dentro dos armários. Ela já estava quase deixando o closet quando uma mancha estranha na parede lhe chamou a atenção.

Era disforme, de cor marrom desbotada e manchava a parede branca do closet. Ana chegou mais perto e roçou levemente a mancha com os dedos. Era estranho, parecia algo pegajoso que tinha grudado na parede. Estava tentando compreender o que significava aquilo quando seu bebê arregalou os olhos castanhos e fez uma expressão chorosa e assustada.

- O que foi meu amor?- ela indagou, doce. – O que você tem?

O menino desabou num choro alto, parecia olhar fixamente para a mancha na parede. Mas Ana-Lucia concluiu que o ambiente estava abafado para ele. Saiu do closet de imediato e chamou Michelle.

- Vamos ver o seu irmão, querida.

Agarrada ao novo brinquedo, Michelle a seguiu. Vincent apareceu à porta do quarto e latiu para um ponto invisível com os pêlos visivelmente eriçados.

- Vamos Vincent!- Ana-Lucia o chamou e o cachorro retrocedeu para segui-la, mas ainda latindo.

xxxxxxxxxxxxx

O trabalho de carregar a mobília durou praticamente a manhã inteira e mais a tarde inteira para conseguirem colocar a casa um pouco em ordem. Ao final do dia James e Ana estavam exaustos.

James telefonou para a cidade e pediu pizza para o jantar. O entregou levou cerca de duas horas e meia para trazer a comida. Quando ele chegou as crianças já estavam ameaçando chorar de fome. Ana-Lucia advertiu que deveriam sempre estar com a despensa cheia já que a cidade era tão longe.

Depois que as crianças comeram, Ana-Lucia subiu com elas para os quartos. James alimentou Vincent e o prendeu na varanda antes de se recolher. Quando chegou ao quarto que tinham escolhido, perto do das crianças, encontrou Ana embalando o bebê nos braços, amamentando-o para fazê-lo dormir.

James sorriu com aquela cena tão bonita. Estava na casa de seus sonhos, com sua linda esposa e filhos. O que mais poderia querer da vida? Ana-Lucia voltou os olhos para ele e fez sinal de silêncio com o dedo indicador. O bebê já tinha dormido e ela iria colocá-lo no berço. Não quis colocá-lo no quarto dele ainda, que ficava interligado com o deles através de uma porta contígua. Não se sentiu segura para deixá-lo sozinho na casa nova àquela primeira noite. Por isso o berço foi colocado no quarto deles.

Antes de pô-lo no berço, Ana-Lucia ajeitou o seio de volta na camisola. James lhe deu um olhar malicioso antes de dizer:

- Sobrou alguma coisa pra mim?

Ana-Lucia olhou feio para ele e xingou baixinho:

- Pervertido!

James deu uma risadinha e ela se segurou para não rir também e acordar o bebê. Colocou-o no berço e ajeitou-o direitinho. James a agarrou por trás e cheirou seus cabelos.

- Sabe, eu acho que devemos estrear o nosso quarto novo em grande estilo...

- Hummm, por que essa sugestão não me espanta?

- Por que? Não está excitada?- ele gracejou. – Eu posso deixá-la excitada, meu bem, em um segundo.

Ana riu baixinho e se deitou na cama. James fez uma expressão sedutora e começou a cantar, rebolando e começando a tirar a camisa:

“I’m tôo sexy for my love...too sexy for my love…love is going to live me…I’m too sexy for my shirt…too sexy for my shirt…so sexy it hurts…

- Gostoso, tira a camisa!- Ana entrou na brincadeira, sendo seduzida.

James tirou a camisa e a rodopiou no ar, passando entre as coxas. Ana gemeu e passou a língua nos lábios, se divertindo.

- Vem aqui, vem...

“I’m too sexy for your party...to sexy for your party…no way I’m disco dancing…”

Ele tirou as calças e pulou na cama em cima dela, Ana abriu os braços e eles se beijaram com paixão. Mas um barulho estranho no quarto fez com que eles parassem. A janela tinha se aberto completamente a brisa fria noturna entrou no quarto arrepiando-os. Ana envolveu os braços ao redor do corpo, tremendo ligeiramente.

- Que estranho!- ela exclamou.

James se levantou da cama e foi verificar as janelas.

- Acho que você não trancou direito, querida.

- Tranquei sim.- ela discordou sentindo um ligeiro desconforto.

- Pronto, agora estão bem trancadas.- ele disse, fechando-as novamente.

- Eu vou ver as crianças.- Ana falou e levantou-se da cama pegando seu robe. Alguns minutos depois ela voltou para o quarto e encontrou James dormindo. Balançando a cabeça negativamente, ela deitou-se ao lado dele, só para ser atacada porque ele fingia dormir.

- James!- ela quase gritou de susto.- estava tensa.

- Oh, desculpe, meu bem. O que houve?

- Não sei, estou sentindo uma coisa estranha.

- Ah, vem cá com o seu amorzinho, meu bebê, está tudo bem, eu estou aqui, não vou deixar nada acontecer...

Ele sussurrou no ouvido dela e a beijou trazendo-lhe conforto. Aos poucos, a sensação ruim foi diminuindo e Ana adormeceu nos braços do marido.

Continua...
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